Na esteira da CFE 2010, para a formação paroquial, escrevi este pequeno texto que desejo agora partilhar com todos vocês. Espero que, apesar de lacônico, seja de ajuda para refletir sobre o verdadeiro sentido da Economia na família proposto pela Doutrina Social da Igreja.
A Igreja, enquanto é mãe e mestra, tem uma palavra a Dar sobre todas as relações que envolvem o homem exatamente por ser perita em humanidade e se interessar pelo que diz respeito ao ser humano. Em matéria de economia, uma vez que, via de regra, sua teoria transcende seu próprio campo, a Igreja vê-se respaldada em apontar caminhos para que nunca a economia seja superior ao homem, mas esteja a serviço dele.
Economia a serviço da Família
A família ocupa preocupação central na reflexão da Igreja por ser o núcleo de formação e ambiente perfeito para a pessoa humana e seu desenvolvimento natural. "A importância e a centralidade da família, em vista da pessoa e da sociedade é repetidamente sublinhada na Sagrada Escritura" (Compêndio da Doutrina Social da Igreja - CDSI, n. 209).
Como a economia nasceu na vida doméstica, a família é a "protagonista essencial da vida econômica, orientada não pela lógica de mercado, mas segundo a lógica da partilha e da solidariedade entre as gerações" (CDSI 248). Se a família necessita de meios de subsistência o trabalho é essencial a medida que possibilita a realização plena de suas finalidades. Daí a tragédia social que o desemprego causa.
São necessários, portanto, além de um trabalho digno, um salário que seja condizente com a família e a segurança de poder realizar uma poupança que favoreça a aquisição de certa propriedade (cf. CDSI, 251).
Uma atenção especial deve ser reservada ao trabalho feminino com remuneração equânime, sem tolher os esposos de sua mútua companhia e sem subtrair deles o papel primordial e inalienável da geração e educação dos filhos e do cuidado amoroso dos filhos.
Também o direito à manutenção na velhice deve ser assegurada à família por meio de digna assistência social e humano e atencioso tratamento quer no que tange o âmbito da saúde quer no sadio e justo lazer à que têm direito.
Concluindo
A família deve ver garantidos os meios para sua subsistência segura e moral de modo que sendo ela o eixo da vida social não passe por privações essenciais e vejam assegurados os direitos mais básicos do ser humano a fim de manter a vida em todas as suas etapas.
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