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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A Conversão Da Princesa


O Senhor havia dito que é mais fácil um camelo passar no fundo de uma agulha que um rico entrar no céu (cf. Mt 19,24) e, como sempre, não estava errado! Muitas vezes, junto com a riqueza matéria, social e até cultural, vem um sentimento de auto-suficiência que leva-nos ao fechamento. Por este motivo um rico não entra no reino do céu!

O reino do céu é participação em Deus, no Cristo, por meio do Espírito Santo – o que é fruto do amor, uma vez que é a abertura para o bem, quer contemplado, quer experimentado, quer feito. O fechamento a isso (a auto-suficiência, portanto) é o que chamamos de egoísmo.
Não raro vemos também tais atitudes nas pessoas financeiramente menos abastadas e esse fato põe a claro que a “riqueza” de que Jesus fala não está relativa à quantidade de bens, mas à quantidade de apego a nós mesmos e a nossas coisas, de ordem material, emocional ou espiritual.

A Princesa Dona Alessandra Romana dei Principi Borghese, em seu livro “Com Olhos Novos, a história da minha conversão” [Publicado em português pela editora portuguesa DIEL em outubro de 2006], põe diante de nós, nas linhas que testemunham seu encontro com Cristo, o “NOVO de Deus” a que sua gradual experiência a conduziu: a compreensão de que era necessário abandonar-se nas mãos de Deus reconhecendo que “... todos nós não passamos de filhos necessitados de perdão, de compreensão, de amor, de esperança. Mas todos sob um olhar onde convivem misericórdia e justiça.” (BORGHESE, A. Com Olhos Novos, a história da minha conversão. Lisboa. DIEL, 2006 p. 16).


Uma profunda vivência que ultrapassa, com o amor, a mera teoria e, gerando uma mudança no coração fez sua vida ser vista com olhos novos. Ao concluir seu livro, a autora declara sonoramente aos homens e mulheres de hoje:

“Seja o que Deus quiser. Digo-o com firmeza, pois doravante sei que minha fé não é cega nem sentimental. É antes um acto de libérrima obediência Àquele que, como vim finalmente a descobrir, estava apaixonado por mim (Ibid. p.190).

Certamente um testemunho de conversão que também nos levará a considerar a nossa vida com olhos novos.


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