tag:blogger.com,1999:blog-76989042037603462362024-03-14T00:09:51.535-03:00Ascendat ad TeA expressão que dá nome a nosso blog vem da Forma Extraordinária do Rito Latino. A oração se refere ao momento quando o sacerdote incensa as oblatas e literalmente diz: “Incensum istud, a te benedictum, ascendat ad te, Domine: et descendat super nos misericordia tua.” (Que este incenso, por Vós abençoado, se eleve até Vós, Senhor, e sobre nós desça a vossa misericórdia).Ascendat ad Tehttp://www.blogger.com/profile/10726554442159722427noreply@blogger.comBlogger33125tag:blogger.com,1999:blog-7698904203760346236.post-40139402391956927872014-04-14T00:24:00.000-03:002014-04-14T00:26:22.976-03:00Verdadeiros Ícones de Cristo, Portadores da VitóriaSábado passado, 12 de abril, tivemos em nossa paróquia um recolhimento em preparação para a Semana Santa. Gostaria de partilhar com os amigos as reflexões que fizemos juntos. Nos ciceroneou neste caminho de reflexão foi Santa Verônica, uma personagem interessante na Via-Sacra. Espero que gostem e boa Semana Santa.<br />
<br />
Parte 1: <a href="http://www.4shared.com/music/IQtAwjkpba/retiro_paroquial_semana_santa_.html?">http://www.4shared.com/music/IQtAwjkpba/retiro_paroquial_semana_santa_.html?</a><br />
<br />
Parte 2: <a href="http://www.4shared.com/music/EANxtmx-ba/Retiro_paroquial_Semana_Santa_.html?">http://www.4shared.com/music/EANxtmx-ba/Retiro_paroquial_Semana_Santa_.html?</a>Ascendat ad Tehttp://www.blogger.com/profile/10726554442159722427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7698904203760346236.post-73996528247959149672014-04-11T10:42:00.001-03:002014-04-11T10:42:03.951-03:00Uma pequena história:<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i>Uma pequena
história:<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Perto da igreja morava uma senhora cujo marido havia
morrido e que passava, com seus três filhos, por grande dificuldade financeira.
A vida não estava fácil para a senhora. À bem da verdade, a vida é difícil para
muitas pessoas que necessitam do auxílio de outras. Aquela senhora, de modo
especial, não conseguia um emprego, pois tinha o cuidado dos filhos pequenos e,
o máximo que ela conseguia eram faxinas esporádicas em casas de família no
horário em que os filhos estavam na escola.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Uma dos adolescentes do grupo da paróquia percebeu a
dificuldade daquela senhora. De fato era uma senhora conhecida do bairro,
daquelas batalhadoras que faz o que pode por seus filhos muitas vezes deixando
faltar para si, como é próprio das mães que se abnegam em função de seus
filhos. A adolescente sentiu-se condoída com a situação e comentou entre o
grupinho de amigos que frequentavam à paróquia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Os animadores do grupo viram uma ótima oportunidade para
falar da partilha dos bens e da solidariedade. Usando o texto de Mt 25, 32- 46,
mostram às crianças que todas as vezes que dermos de comer a um dos irmãos mais
pequeninos de Jesus, é a ele mesmo que o fazemos. Para estimular a dinâmica da
partilha dos bens, fizeram uma atividade em que cada um dos adolescentes
deveria arrecadar com seus familiares e amigos uma determinada quantia em
dinheiro para ajudar aquela senhora, mas deveria ser feito em sigilo para ser
uma surpresa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Os adolescentes se empolgaram, saíram com listas nas
redondezas do bairro, pedindo ajuda e superaram as suas expectativas. Junto com
os organizadores, foram ao mercado com uma lista de compras e fizeram uma
grande compra que seria suficiente para dois meses para aquela família.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Uma das meninas, ao passar por entre as prateleiras,
viu num setor de jardinagem do mercado uma linda orquídea. Foi até os
animadores e sugeriu que comprassem aquela orquídea de presente para a viúva.
Eles ficaram um pouco sem jeito de dizer não, mas também não quiseram assentir
com a compra porque lhes parecia um pouco inútil já que os mantimentos eram a
prioridade. Então logo se juntaram os adolescentes ali, no meio do mercado,
para uma “reunião extraoficial”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Com o modo peculiar de os adolescentes resolverem as
coisas, muitos foram os argumentos tanto em favor quanto contra. As pessoas que
observavam aquele monte de adolescentes no meio do mercado discutindo a compra
da orquídea, a princípio olharam assustadas, mas depois acabaram se envolvendo
também no debate e até o gerente do mercado veio saber o que estava
acontecendo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Em fim, depois de uns longos minutos de debate, o
gerente do mercado resolveu fazer uma gentileza e deu como cortesia a tão
discutida orquídea para que a viúva fosse presenteada. E os adolescentes saíram
felizes com o debate, com as compras e com a orquídea.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Preparam tudo, colocaram um celofane e um laço azul
no vaso da orquídea e escreveram um cartão que foi assinado por todos os
membros do grupo. No dia marcado se encontraram na Igreja e, de surpresa, foram
à casa da viúva. Os adolescentes estavam exaltados quando chamaram no portão da
casa e a viúva, meio desconfiada olhou pela fresta da janela e só veio até a
porta porque reconheceu alguns rostos entre os adolescentes. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Eles entraram, rezaram e contaram o que tinham feito
para conseguir aqueles alimentos. A viúva e as crianças ficaram muito contentes
com a variedade de gêneros que os adolescentes haviam comprado para eles. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Foi quando um dos animadores pediu que a adolescente
entrasse com a orquídea que havia insistido em trazer. E quando a viúva viu a
flor em seu vaso enfeitado com celofane e fitas azuis o ar da sala tornou-se
outro e todos os adolescentes estavam com os olhos vidrados no rosto enrugado
dos cansaços pela vida estafantemente sofrida da viúva, viram aqueles olhos
mareados finalmente deixarem cair as lágrimas que se juntaram desde a chegada
daquele grupo.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Todos estavam chorando quando o silêncio foi rompido
por um rouco obrigado, embargado entre as lágrimas derramadas pela viúva que
continuou dizendo: “a ultima vez que recebi flores de presente foi num
aniversário de casamento quando meu marido fez uma bela surpresa ao chegar em
casa do trabalho”. E concluiu dizendo: “Obrigado, hoje vocês foram verdadeiros
amigos para mim!”.<o:p></o:p></div>
Ascendat ad Tehttp://www.blogger.com/profile/10726554442159722427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7698904203760346236.post-37441613864054391292013-10-06T23:37:00.002-03:002013-10-06T23:38:28.428-03:00Seis passos para viver a féHomilia da missa de 06/10/2013 que gostaria de partilhar com os amigos.<br />
<br />
<a href="http://www.4shared.com/mp3/TitjxE2Q/seis_passos_para_viver_a_fe.html?">http://www.4shared.com/mp3/TitjxE2Q/seis_passos_para_viver_a_fe.html?</a><br />
<br />
Deus seja bendito nos seus dons!<br />
<br />
Padre Fabiano de Carvalho SilvaAscendat ad Tehttp://www.blogger.com/profile/10726554442159722427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7698904203760346236.post-27944151063572474252013-05-21T17:05:00.004-03:002013-05-21T17:05:53.543-03:00HomiliaAmigos,<br />
<br />
Achei essa homilia nos arquivos do meu antigo computador. Não ouvi toda e não lembro de quando é (provavelmente é de páscoa ou pentecostes, mas não sei muito bem). Espero que gostem!<br />
<br />
Pe. Fabiano de Carvalho<br />
<br />
<a href="http://www.4shared.com/mp3/mZfcQnTK/Pe_fabiano_2.html?">http://www.4shared.com/mp3/mZfcQnTK/Pe_fabiano_2.html?</a>Ascendat ad Tehttp://www.blogger.com/profile/10726554442159722427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7698904203760346236.post-47878754157997523142013-05-08T15:14:00.002-03:002013-05-08T15:14:48.089-03:00Mensagens aos Legionários de Boa Esperança<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Caríssimos oficiais da Cúria Imaculada Conceição,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Pelas numerosas atividades que nos ocupam os finais
de semana, nossa presença tem se tornado rara neste momento em que vós vos
reunis. Entretanto, a fim de não deixar passar esta ocasião decidi escrever-vos
estas reflexões com as quais comunico algum fruto espiritual ao mesmo tempo em
que reforço minha comunhão com a Cúria da Legião de Maria e os presidia de
nossa paróquia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
No dia primeiro de maio passado, celebramos o dia de
São José Operário, título com o qual se reconhece no, Esposo da Virgem, as
virtudes laboriosas que o impeliram no ofício de ser o chefe da Sagrada
Família. Bem se sabe pelas Sagradas Escrituras que São José era carpinteiro
(cf. Mt 13,55) e que ensinou a Jesus Cristo sua arte (cf. Mc 6,3). <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Se considerarmos bem, o trabalho que exercemos nos
aproxima de Deus. Pelo trabalho da Criação, Deus dá a vida a todas as coisas e,
pelo trabalho que exercemos, transformamos o mundo e as coisas criadas por Deus
para aperfeiçoar e cuidar de nossas vidas. Na experiência de amor por Deus e
pela sagrada família, São José se torna para nós um exemplo de quem, diante de
Deus, trabalha para o sustento da Sagrada Família, transformando, em sua
carpintaria, as horas de esforço em louvor ao Pai.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Contudo, o trabalho de São José não só estava em
ordem do sustento material da Sagrada Família, mas também estava em ordem do sustento
espiritual dela e de toda a Igreja. Um trabalho espiritual que poderíamos considerar
em três características: Escuta obediente, Zelo puríssimo e Comunhão amorosa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
I. Escuta obediente<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
“José, seu esposo,
que era homem de bem, não querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente.
Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe
disse: José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela
foi concebido vem do Espírito Santo... Despertando, José fez como o anjo do
Senhor lhe havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa”. (Mt 1,19-20.24)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Toda obediência procede de uma experiência de escuta
da Palavra de Deus que toca o coração do homem e o muda, convertendo-o para o
céu. O trabalho espiritual de São José partiu da escuda da Palavra de Deus
trazida pelo mensageiro do Senhor que lhe apareceu em sonho. Disposto a seguir seus próprios projetos,
teve seus planos mudados por aquela manifestação de Deus.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
A escuta obediente levou José a mudar seu interior para
adequar-se aos projetos de Deus. Poderíamos dizer, sem sombra de dúvidas, que o
mesmo Espírito que fecundou o puríssimo ventre de Maria também fecundou a
vontade puríssima de São José para que ele obedecesse à vontade de Deus.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Também o Legionário deve estar atento à Palavra de
Deus que se lhe dirige todos os dias para atingir a obediência. Muitas vezes
esta palavra vem mediada por mensageiros que Deus lhes provê para apontar o
caminho da obediência e fazer de sua própria vontade a vontade de Deus.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
II. Zelo Puríssimo<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
“Depois de sua
partida, um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse: Levanta-te, toma
o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise, porque
Herodes vai procurar o menino para o matar. José levantou-se durante a noite,
tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito” (Mt 2,13-14).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
São José é o guarda dos dois maiores presentes de
Deus para a Igreja e, por ela, para a humanidade: Jesus e Maria. E para cuidar
deles não mediu seus esforços. Durante a noite levantou-se para leva-los para
longe das ameaças do mal. O zelo que José tinha pela Sagrada Família o impedirá
de pensar em seu próprio conforto ou em horas cômodas ou incomodas para
executar aquilo que Deus lhe mandou. Sabia que era o melhor para os Tesouros de
que era guardião fazer como Deus mandara e por isso o fez! <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Se o Legionário não aprender com São José a não
medir seus esforços por zelar por Jesus e Maria não cumprirá seu papel de
cristão. Dia e noite deve cuidar para que tais santas presenças não se apaguem no
mundo e, por isso, deve trazer em seu coração o prestígio por Jesus e Maria
zelando para que suas ações não expulsem de seus corações tão doces presenças,
sob pena de terem sua missão frustrada. É necessário, pois, um zelo puríssimo
para proteger a presença de Cristo e da Virgem Maria em nossas vidas, pois o
mal, ainda hoje, deseja mata-los em nós.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
III. Homem de comunhão amorosa<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
“Despertando, José
fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa”.
(Mt 1,24)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
São José, ao receber a Virgem Maria em sua casa
também recebeu Jesus em sua vida e por isso estabeleceu uma verdadeira
comunidade de comunhão e amor. A comunhão é a mútua acolhida entre as pessoas e
o amor é o cuidado gerado quando a comunhão é real: acolhida e cuidado,
portanto, são duas características através das quais podemos reconhecer a
comunhão e o amor.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Não somos também chamados a essa dupla realidade de
comunhão e amor, acolhida e cuidado? Cada Legionário deve encontrar nestas
virtudes do <i>Santo Nutrício</i> a inspiração
para sua própria vida espiritual na qual não se pode abrir mão da acolhida de
Maria e, por ela, de Jesus em nossas almas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Assim, queridos
Legionários, vemos como São José nos é inspiração para que busquemos também nós
a experiência de <i>Escuta obediente, Zelo
puríssimo e Comunhão amorosa</i>. Não é sem motivos que o vosso manual
recomenda a estima a São José dizendo: “Para o seu amor se mostrar poderoso em
cada um de nós, é necessário que o nosso procedimento para com ele reflita a
compreensão do intenso afeto que nos consagra. Jesus e Maria, agradecidos a
José pelos seus carinhos e trabalhos, traziam-no sempre no coração. Procedam do
mesmo modo os legionários” (Manual, p. 178). <o:p></o:p></div>
Ascendat ad Tehttp://www.blogger.com/profile/10726554442159722427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7698904203760346236.post-6807153628225469142013-03-28T23:31:00.003-03:002013-03-28T23:31:47.265-03:00Sermão das Sete Palavras<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Sermão das Sete Palavras<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Introdução<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">As sete últimas
palavras de Cristo na cruz, para rasgar o véu do templo (cf. Mt 27,51), e nos
colocar diante do Pai, nos transmitem um testemunho que passa pelo caminho da
dor, do abandono, das impossibilidades, da misericórdia e do perdão. No alto da
cruz está um homem que sofre nossas dores e nelas – nas dores mais agudas da
alma humana – se faz amigo das horas de solidão, das dificuldades dos apertos e
sofrimentos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Muitas e
muitas vezes nos sentimos perdidos, solitários, abandonados dentro de nossa
própria casa, de nosso trabalho e de nossa vida. Um abandono que nos leva a
tristeza de não enxergar esperanças. Jesus, na solitária cruz, não deixa que a
amargura lhe tome o coração, mas, ao contrário, mesmo sentido as dores de sua
Paixão nos abre um caminho para fora de nosso isolamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Um caminho que
passa do interior para o outro, que passa da solidão para o encontro, da dor
para a alegria e nos ensina que toda a redenção começa no coração do homem e o
leva até o Pai. Jesus saiu de sua solidão para um encontro com seu Pai e neste
encontro nos conduziu consigo até o alto. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">E nós? Que
papel nos cabe neste caminho? Quais os passos que devemos dar? Se percebermos,
temos cada vez menos conseguido lidar com várias coisas que nos afligem: os
homens cada vez menos conseguem lidar com suas questões interiores, com suas
dores, com suas vidas; as mulheres cada vez mais audaciosas nos seu ambientes
de trabalho são cada vez menos donas de seu interior e vez por outra se
submetem a situações que as colocam num vale de solidão; os jovens, cada vez
mais ávidos de uma liberdade sempre acabam se entregando à ciranda da vida que
não os deixam senão com uma imensa culpa e, mergulhados na tristeza de seus
atos, vivem uma vida que carece de sentido e expectativas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Essa é a dor
da nossa cruz: a incompreensão, o abandono, a pobreza interior que amesquinha o
ser humano, a dolorosa cruz que nos marca a vida interior...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">É nesse
momento que Jesus, no alto da Cruz nos da sete passos para sair das agitações
interiores para uma liberdade que nos permite um encontro com Deus e nele
descobrirmos um amigo interior que nos faz sair da solidão para a Amizade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">1ª PALAVRA</span></i></b><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Não sabemos o
que fazemos? Será que poderíamos tomar para nós essa palavra? Quando nossos
atos não correspondem ao amor a que nos propusemos, quando nossa hipocrisia não
nos permite a auto crítica que nos tempera em nossos arrazoados, muitas vezes
cheios das melhores intenções, mas eivados de arrogância e tirania? À primeira vista o modo como nos
cobramos, rígidos e implacáveis, não nos permite ser receptores deste perdão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Mas ali no
cenário do calvário as palavras dirigidas aos algozes de Cristo ressoam por
toda a terra em todo tempo incluindo a cada um de nós na história, até hoje!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Se nossa
escola de vida nos permite a dureza, a radicalidade, a implacabilidade conosco
e com os outros, a escola da cruz oferece a lição do perdão. Não somos
perdoados pelo quanto merecemos – nós, por nós mesmos não o merecemos. Somos
perdoados pelo quanto Cristo nos amou e se é esse amor a medida do perdão,
Cristo, que ama sem limites oferece um perdão que é infinito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Por isso
também nós devemos nos perdoar. Quero dizer que cada um deve perdoar a si mesmo
antes de tentar perdoar aos outros. Você pode hoje olhar para dentro de si
mesmo, como quem afrouxa o nó da forca do seu próprio juízo e sentir-se
presente diante de um juiz mais misericordioso que nós mesmos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Quando nos
aproximamos de Jesus Crucificado para ouvir de seus lábios, sôfregos pelas
dores que o tocam o corpo e a alma as palavras de perdão, devemos lembrar que
somos, enquanto seres humanos, imperfeitos e limitados e, se isso nos causar a
dor, temos alguém que, como um companheiro de viagem, um amigo, nos fez
perceber que nossa perfeição esta exatamente centrada na capacidade de sermos
melhores a cada dia e não de nos reconhecermos prontos e acabados... um homem
que não tem espaços abertos para o crescimento é um homem morto, mas aquele que
na solidão de seus sofrimentos consegue encontrar uma porta aberta para ser
melhor, isto é, para transcender... um amigo foi a nossa frente e nos ensinou a
não parar na cruz da auto punição, mas ir até a ressurreição de nossa
consciência: Pai, perdoai-nos por que não sabemos que o amor é melhor do que a
culpa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;"> <b><i>2ª PALAVRA</i></b>: “Em verdade te digo:
hoje estarás comigo no Paraíso”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Uma promessa?
Não, amigos não fazem promessas! Amigos realizam! Jesus ao olhar para o ladrão
não o escolhe por ter sido uma pessoa com uma trajetória de vida sem erros, não
o elege por ser irrepreensível, não o faz amigo por ser melhor do que todos os
outros. Esses critérios não são os critérios do Cristo, mas os nossos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Somos assim
nas nossas escolhas: vemos primeiro o exterior, vemos primeiro os benefícios,
escolhemos primeiramente aqueles que nos possibilitam quaisquer crescimentos. Mas
quando fazemos isso não nos colocamos abaixo? Quando discriminamos alguém, o
colocamos em grau inferior, mas quando supervalorizamos alguém, NOS COLOCAMOS
em grau inferior. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Jesus da o
maior dom, o da felicidade, isto é, o céu, a um ladrão! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Também não
reside a bondade de Cristo no fato de ser o seu “novo amigo” um ladrão. Não é o
fato de ser minoria que faz de alguém privilegiado. No mundo de hoje, vemos a
ditadura das minorias que viram no fato de serem, de algum modo, discriminados
um direito a, como quem paga com a mesma moeda, discriminar. O valor do ser
humano reside nele mesmo enquanto tem algo de divino em si.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Jesus da o
maior dom, o da felicidade, isto é, o céu, a alguém que se sabia limitado e
culpado, mas que acreditou na misericórdia inocente e ilimitada de Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Também nós nos
encontramos hoje, crucificados pelo tempo presente: nossos conflitos interiores
são nossos algozes; nossa solidão, o açoites; nossa impaciência, os cravos e
nossas culpas a lança que perfura o nosso peito com sentimentos de dor e
rejeição por nós mesmos e por outros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Mas também
hoje estas palavras nos atraem para Cristo, como ele mesmo havia prometido (Cf.
</span><span style="background: white; color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif";">Jo 12, 20-33). Mesmo neste mundo, ao encontrarmos Jesus, nosso amigo
interior que está sempre conosco, podemos viver à porta do paraíso, como diz o
salmista: </span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">“Verdadeiramente, um dia em vossos átrios
vale mais que milhares fora deles. Prefiro deter-me no limiar da casa de meu
Deus a morar nas tendas dos pecadores”. (Sl 83,11).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Só alguém que
se sente perdoado, pode perdoar e por isso, a comunidade de amigos é a Igreja do
Perdão onde se poder oferecer e receber a graça da salvação todos os dias no
próximo, na palavra e no pão eucarístico sinal de reconciliação com Deus. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">A palavra que
ouvimos de Cristo nos dá a graça de estar no limiar do céu, como comunidade
eclesial, viver na alegria do perdão e da amizade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">3ª PALAVRA</span></i></b><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">: "Mulher, eis aí o teu filho. Filho eis aí a tua
Mãe!"<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Neste caminho
de salvação que nos tira do egoísmo e nos coloca na fraternidade e na amizade,
um rosto nos é dado: Maria, a Virgem do Amor Perfeito. Sofrendo no coração e na
alma o que Cristo sofria no seu corpo, Maria é a primeira aluna da escola do
amor. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">A dor de ver
seu filho não a torna avessa ao mundo, mas o acolhe com amor como seus filhos,
no Cristo. Ai está tua mãe, pronta a te acolher, não deverias tu também, de
prontidão acolhe-la? E acolhendo-a como Mãe do Amor Perfeito, acolher também a
todos os teus irmãos? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Em Maria o
exemplo do amor que supera a dor, o amor que supera a mágoa, o amor que acolhe!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Filho, eu te
digo hoje, como Cristo no alto da cruz: Eis ai o exemplo de tua mãe!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">4ª PALAVRA</span></i></b><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">: "Elói, Elói, lammá sabactáni? - Meus Deus, meus Deus, por
que me abandonastes?"<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Nos abandonos
do teu coração um eco destas palavras deve trazer a tua vida um sopro de
esperança. Quando a solidão é o ultimo grito da dor que nos fez sentir
abandonados, Cristo é nosso companheiro. Ele sofre em nós. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">A ressurreição
é um trabalho de dentro para fora, feito a duas mãos: a mão de Cristo, que nos
ajuda a plantar nosso jardim interior e a tua própria mão, já que você é o
único capaz de mudar tu história. Cristo está te chamando a se abandonar na
amizade dele para que nos teus abandonos interiores ele seja o teu amigo,
aquele que te acompanha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">5ª PALAVRA</span></i></b><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">: "Tenho Sede!"<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Que sede temos
hoje? Sede do mundo? Mas se buscamos água em cisterna rachadas (Jr 2, 13) só
encontraremos a aridez da vida. Bem disse o Senhor à Samaritana</span> “<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Todo aquele que beber desta água tornará a ter sede, mas o que
beber da água que eu lhe der jamais terá sede. Mas a água que eu lhe der virá a
ser nele fonte de água, que jorrará até a vida eterna”. (Jo 4,13-14)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">No episódio da
Samaritana, bem como no alto da cruz, Jesus mostra a sede pela salvação de seus
amigos nos ensinando a ter uma dupla sede: a da salvação de nossos amigos, isto
é da elevação de cada um deles até a felicidade – e para isso devemos nos
esforçar para que sejam cada vez melhores e não nos acostumar com as
mediocridades mundanas; e a sede de Deus, por que nossa alma estará sempre
inquieta até repousar em Cristo (Santo Agostinho, Confissões).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Na sede de
Cristo pela salvação de seus amigos, deve também estar a sede de felicidade que
nos toca, por que ser feliz é estar com Deus, devemos querer para todos a mesma
felicidade que livra da culpa, que nos tira do isolamento, que nos leva ao
encontro com Deus e com nosso próximo. Pelo caminho da amizade encontrar a
santidade e nela o dom da felicidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">6ª PALAVRA</span></i></b><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">: "Tudo está consumado!"<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Depois de
passarmos pelas dores de nossas próprias culpas aprendendo a perdoar nossas
faltas e as dos outros. Depois de recuperar o limiar da esperança e buscar a
força da solidariedade, veremos consumada uma Igreja de Fiéis. Uma verdadeira
Igreja de amigos que, chamados desde toda a eternidade, encontram-se na
fraternidade e no amor a finalidade para a qual Deus nos congregou como amigo:
testemunhar aqui a possibilidade do céu pelo amor a si mesmo, ao Próximo e a Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Um caminho que
não se faz sozinho. Um caminho que se faz em comunidade: Eu, o Cristo e meu
Irmão... nesta amizade Deus se revela próximo e salvador.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">7ª PALAVRA</span></i></b><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">: "Pai, em tuas mãos entrego o meu Espírito!"<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Só tuas mãos
senhor, chagadas e abertas, podem nos livrar do egoísmo e da dor. Só tuas mãos,
Senhor, podem nos livrar da incredulidade pela qual o mundo passa. Colocamos
nossa vida em tuas mãos por que não há lugar melhor para nós e assim, por tuas
mãos chagadas, em cada missa, em cada comunhão, como amigos e companheiros de
caminhadas somos entregues ao Pai. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">No teu
Espírito, o nosso espírito. Na tua santidade a nossa comunidade para que
recebamos um novo Pentecostes de amor que nos reanime a fé.</span></div>
Ascendat ad Tehttp://www.blogger.com/profile/10726554442159722427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7698904203760346236.post-74173949411231581762013-02-13T18:35:00.000-02:002013-02-13T18:35:24.928-02:00As cinzas da humildade redentora<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
</div>
<br />
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center; text-indent: 14.2pt;">
As cinzas da humildade redentora<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
Nesta noite, ao serem impostas as cinzas da penitência sobre nossas
cabeças, nos recordaremos, às palavras do ministro, que somos pó e ao pó
retornaremos. A expressão é retirada do livro de Gn 3,9 e evoca o ambiente do
castigo depois do pecado “Comerás o teu pão com o suor do teu rosto, até que
voltes à terra de que foste tirado; porque és pó, e pó te hás de tornar.” (Gn
3,19). As palavras das consequências do pecado de nossos primeiros pais ainda
ressoam doloridas nos nossos corações após cada pecado que cometemos como se
fossem um tenebroso tema musical que acompanha a cena de nossa história
pessoal. Entretanto, do mesmo castigo nasce a redenção. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
A expressão usada em Gn para dizer pó
da terra é <i>’Adamah</i><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-bidi-language: HE;"> </span>(<span style="font-family: Bwhebb; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-language: HE;">hm'd'a</span>). Sua sonoridade nos faz lembrar imediatamente a
palavra <i>Adam</i> (<span style="font-family: Bwhebb; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-language: HE;">~d'a'</span>) e nos remete àquela
proximidade que temos com a terra de que fomos feitos: “Então Iahweh Deus modelou
o homem com o pó do solo, insuflou em suas narinas um sopro de vida e o homem
se tornou um ser vivente” (Gn 2,7). Aparece no texto de Gn o ciclo de vida e
morte que toca a todo ser humano: do pó nasce e ao pó retorna. Entretanto, algo
no ser humano é diferente, ele recebe um sopro de vida que o faz vivente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
O ser humano é um mistério, um sinal de Deus que carrega em si dois
extremos, a fragilidade do pó da terra e as alturas do sopro celeste. De certo
modo, está relacionado à terra e deve cuidar dela, como deve cuidar de si mesmo
e, por extensão dos seus semelhantes e por outro lado almeja o espiritual, o
celeste, e deve busca-lo como concretização de seus maiores desejos e de si mesmo,
como único modo de sua própria realização.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
Se o tenebroso tema do pecado rasga a alma e tira da vida a suave canção da
felicidade, Deus não quis nos deixar condenados às consequências lancinantes da
morte, mas deseja, a cada dia – estejamos onde estivermos – trazer-nos de volta
a experiência de amor consigo. Por isso enviou ao mundo o seu maior dom de
Amor, Jesus.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
É no Verbo que se fez carne e habitou entre nós (cf. Jo 1, 14) que
encontramos o caminho de volta para Deus. Não o caminho de volta para o paraíso
edênico, mas um caminho de volta para o Amor do Pai que se manifestou no seu Filho
e nos toca por meio do Espírito, o caminho para a intimidade com Deus, para uma
vida espiritual no Novo Adão (cf. 1Cor 15,45).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
O caminho que Cristo nos deixou fica mais claro e evidente quando vivemos
bem a Quaresma e a Semana Santa como verdadeiros peregrinos de volta para o
Amor: “Sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com
Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e
assemelhando-se aos homens. E, sendo exteriormente reconhecido como homem,
humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. Por
isso Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o nome que está acima de todos
os nomes, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos
infernos. E toda língua confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é
Senhor.” (Fl 2, 6-11).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
Portanto, o caminho de Cristo é o da humildade, reconhecendo nossa condição
de pó. Mas não um reconhecimento revoltado, rebelde como o daqueles que não
suportam a si mesmos. Essa rebeldia é obra do velho pecado que nos fez egoístas
e soberbos. Ao contrário, o caminho encontra-se em reconhecer que em nossa
humilde posição está a condição para nossa salvação. Se Cristo não se apegou ao
seu ser, por que nós nos apegaríamos ao nosso não ser? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
Deus ensinou à Doutora da Igreja, Santa Catarina de Sena, que a humildade é
o solo fértil em que as raízes de nossas vidas se lançarão com profundidade no
autoconhecimento que nos levará a contemplar a maravilha do que Deus é em nós.
É exatamente por aí que São Paulo nos guia ao dizer que quando somos fracos é
que se manifesta a fortaleza de Cristo em nós. (Cf. 2 Cor 12, 10): “o que é
fraco no mundo, Deus o escolheu para confundir os fortes;” (1Cor 1,27)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
“Mas qual é a estrada? [disse Deus à Santa Catarina] Vou dizê-lo. Toda
perfeição e virtude procede da caridade; a caridade alimenta-se da humildade; a
humildade nasce do auto- conhecimento e da vitória sobre o egoísmo da
sensualidade. Para se atingir o amor filial é necessário, pois perseverar na
cela do autoconhecimento. Nesta cela o homem conhecerá o Meu perdão através do
Sangue de Cristo, atrairá sobre si pelo amor, a Minha caridade, procurará destruir
em si toda má vontade espiritual e temporal...”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWPxkLlWwELaYFXMx6PsFh5nGTEp440gdkIOzd68hDsRa-yd6vDJbXtC55MEyKGUHWNPqXe3q1OyM7DNZGpm17ISY5DRAfzejb4q5Rowgy_j2zlHb1oGWprLqY3PukETqcv-RlBk2d4mze/s1600/papa+cinzas.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="271" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWPxkLlWwELaYFXMx6PsFh5nGTEp440gdkIOzd68hDsRa-yd6vDJbXtC55MEyKGUHWNPqXe3q1OyM7DNZGpm17ISY5DRAfzejb4q5Rowgy_j2zlHb1oGWprLqY3PukETqcv-RlBk2d4mze/s400/papa+cinzas.JPG" width="400" /></a>Testemunho disso nos deu o Papa Bento XVI, ao resignar o trono de Pedro: “Converter-se
significa não fechar-se na busca do próprio sucesso, do próprio prestígio, da
sua própria posição, mas fazer, verdadeiramente, que cada dia, nas pequenas
coisas, a verdade, a fé em Deus e o amor se tornem as coisas mais importantes”.
Em outras palavras enclausurar-se no próprio egoísmo seria fruto do orgulho que
levaria de novo o ser humano para longe de Deus, para o pecado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
Abrir mão dos próprios orgulhos e deixar-se nas mãos de Deus é um ponto
árduo para o ser humano que está envolvido pelo pecado, mas é exatamente as
cinzas que receberemos e que nos lembrarão que somos pó que nos farão encontrar
a vontade de Deus e, nela, o Amor que nos dá alegria. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
Assim, tornam-se gestos sinceros de quem deseja, pela humildade, chegar ao
Amor: a esmola (o desapego do dinheiro, do poder), a oração (desapego de si
mesmo, de suas próprias forças) e o jejum (desapego dos próprios desejos e
instintos).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
O ser humano do paraíso está contente por que ao mesmo tempo em que cuida
da terra, cuidando de si, passeia de mãos dadas com Deus. O ser humano do
pecado está entristecido pelo egoísmo que traz em sim, mas o ser humano da Igreja,
que superou o pecado pela humildade, que encontrou nas suas cinzas o motivo de
sua salvação, é Feliz por que não só esta de mãos dadas com Deus, mas participa
do Amor da Trindade e leva esse mesmo amor a toda a Terra!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
Do pó viemos e ao pó retornaremos, mas é do pó da humildade que nós
ressuscitaremos! É esse o renascer do ser humano pelo caminho de Cristo, o da
humildade que nos ensina saber quem somos e o que Cristo é em nós.<o:p></o:p></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right; text-indent: 14.2pt;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right; text-indent: 14.2pt;">
Pe. Fabiano de Carvalho Silva<o:p></o:p></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right; text-indent: 14.2pt;">
Pároco <o:p></o:p></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right; text-indent: 14.2pt;">
Nossa Senhora da Conceição – Boa Esperança<o:p></o:p></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right; text-indent: 14.2pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
Ascendat ad Tehttp://www.blogger.com/profile/10726554442159722427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7698904203760346236.post-63364205624582941692012-10-09T14:10:00.001-03:002012-10-09T14:10:36.516-03:00Escolha e escolhas num labirinto de opções<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 6.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
“Respondeu-lhe
o Senhor: “Marta, Marta, andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas;
no entanto, uma só coisa é necessária; Maria escolheu a melhor parte, que lhe
não será tirada.”<o:p></o:p></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 6.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: right; text-indent: 1.0cm;">
(Lc 10,41)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center; text-indent: 1.0cm;">
Escolha e escolhas num labirinto de opções<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlmd5aLGnv1QOD7eBeJRsC7jXPPgVYEd083Qd_erpUXlu_MYWnxLLeY-CTK0Qc_8lEpvjIEogQzcESiJCkcEZfNh7o5ULlLMKqw5sVouyMO8BjMN9EmRS13dT2PDljYM_SsO-E_MHUz2c/s1600/blog2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlmd5aLGnv1QOD7eBeJRsC7jXPPgVYEd083Qd_erpUXlu_MYWnxLLeY-CTK0Qc_8lEpvjIEogQzcESiJCkcEZfNh7o5ULlLMKqw5sVouyMO8BjMN9EmRS13dT2PDljYM_SsO-E_MHUz2c/s200/blog2.jpg" width="145" /></a>Um site: milhões de opções a um clique; Uma
TV: milhões de canais à sua escolha; uma vida: milhões de caminhos à sua
frente. E depois? O que escolher? No fio
do novelo que puxamos se encontram milhares de opções de vida e, sem sombra de
dúvidas, todos desejam a melhor parte e, empenham-se nisso. Mas nossas escolhas
têm de fato nos levado à melhor parte? Na ânsia de ter nossos impulsos
satisfeitos recebemos o prêmio de Midas e aquilo que, no início, parecia um bem
inominável, logo se torna um peso insuportável. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Na mitologia grega, o Rei Midas havia
recolhido Sileno que perambulava bêbado e depois de trata-lo com hospitalidade,
Baco concedeu-lhe que escolhesse a recompensa que quisesse. Ávido e egoísta,
Midas pediu a Baco o poder de transformar em ouro tudo o que suas mãos tocassem
– o que lhe foi concedido. Satisfeito, Midas se maravilhava com o fato de que os
galhos que tocava pelo caminho se tornassem ouro. Mas logo percebeu que sua
escolha redundaria em desgraça. Pedindo que lhe preparassem um banquete, notou
que não poderia comer nem beber o que transformara em ouro depois de ter sido
tocado por aquilo que julgara ser um bem no início, mas que se transformara em
uma maldição no final. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Dotados da capacidade de eleição, acabamos desperdiçando
as possibilidades de escolha e, perdidos no meio do vórtice de opções, fazemos
escolhas das quais nos arrependemos, mais cedo ou mais tarde. E se o fio que
puxarmos da nossa vida nos conduz no caminho da avidez e do egoísmo, certamente
o resultado final será sempre insuportável mesmo que tenha sido aprazível no
início.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Para evitarmos o prêmio de Midas é necessário nos
colocarmos diante das possibilidades e considerar o bem e o mal nas opções
apresentadas. É um primeiro passo que raramente é dado por agirmos no impulso e
não considerarmos os motivos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Aliás, as palavras impulso e motivo vêm bem a
calhar. Enquanto o impulso supõe uma força externa que, de repente, nos projeta
para algo, uma necessidade imperiosa, muitas vezes irresistível, que pode levar
à prática de atos descontrolados ou irrefletidos o motivo é interno, determina
ou causa alguma coisa, é a finalidade com que se faz alguma coisa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Um carro quando precisa de pessoas para dar
impulso, está quebrado. Mas quando funciona como deve, o combustível produz a
força que o move. Um carro bom funciona pelo motor, uma pessoa boa funciona por
motivos e não impulsos. Só quando consideramos bem a escolha e o que nos move a
ela, conseguimos atingir o bem que desejamos e evitar o mal que não queremos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
A escolha do mal é um corredor sem saída no
labirinto das opções e isso, por si só, já é compreensível: o mal tira a
liberdade, escraviza e o resultado é a infelicidade. O que no início parecia
uma boa escolha, por causa de nossos impulsos (e o egoísmo é o primeiro deles)
se torna enfadonho e insuportável.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Por isso um segundo passo é ter cuidado na
escolha do bem, porque não basta escolher o bem, é necessário escolher entre os
bens a melhor parte. Saber escolher o bem é a arte de viver feliz e no
labirinto de opções, um fio deve conduzir as escolhas: O Bem que nos torna
livres. Cada vez que escolhemos o Bem nos tornamos mais livres e quanto mais
livres mais escolheremos o Bem, recolhendo a felicidade de cada ato.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Consiste, por tanto, a felicidade, na escolha
do Bem maior. Não era um mal o cuidado das tarefas da casa e dos afazeres do
tempo, mas Marta, diante do Cristo, escolhe um bem menor e por isso é
censurada. Quando escolhemos o bem menor o resultado é sempre o mesmo:
inquietação e preocupação. É necessário cuidado para não esbarrar nas paredes
depois de ter evitado os becos do mal no labirinto de opções, pois a melhor
parte nunca nos será tirada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Entre as escolhas e a Escolha, a liberdade é o
fio que nos guia para fora do labirinto do egoísmo do Ávido Midas porque diante
do Eterno, o efêmero fica insignificante e a melhor parte é reconhecida pela
razão e querida pela vontade nos levando à liberdade e em consequência, à
Felicidade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right; text-indent: 1.0cm;">
Pe. Fabiano de Carvalho Silva<o:p></o:p></div>
Ascendat ad Tehttp://www.blogger.com/profile/10726554442159722427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7698904203760346236.post-70335570982045411672012-04-11T23:59:00.000-03:002012-04-11T23:59:01.445-03:00Uma palavra: VIDA!<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Uma palavra: VIDA!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
“O ministro <a href="http://br.noticias.yahoo.com/marco-aurelio-mello-cita-riscos-saude-fisica-mental-gravidas-anencefalos.html">Marco
Aurélio de Mello</a>, relator no Supremo Tribunal Federal (STF) da ação que
pretende descriminalizar o aborto de fetos anencéfalos (sem cérebro), votou a
favor da medida nesta quarta-feira (11) e afirmou que dogmas religiosos não
podem guiar decisões estatais e que bebês com ausência parcial ou total de
cérebro não têm vida.” <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Vimos, ao revés de toda opinião pública do país,
os ministros do STF declararem legítimo o aborto de anencéfalos. Um retrocesso
no humanismo, segundo <a href="http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/uma-decisao-sobre-aborto-de-anencefalos-ou-o-envio-das-religioes-para-o-banco-dos-reus/">Reinaldo
Azevedo</a>. Mas isso não é tudo!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Não parece extremamente eivada de ideologismo o
entendimento do STF? Sim, se levarmos em conta que a maior parte dos ministros
do STF são oriundos das indicações do governo petista, que bem sabemos, militam
sob o estandarte da morte e usam para isso o mote já velho, batido e discutido
que em letras garrafais se apresenta: “o estado é laico”!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Um erro hediondo, já que o Estado, no entendimento
do STF está produzindo um dogma: “Quando começa a vida”. Caberia ao estado o
papel que quer desempenhar? Todas as vezes que o judiciário perde a noção de
seu papel e decide “fazer as leis” perde também sua isonomia e seu objetivo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
O argumento dos religiosos não é religioso! É diminuir
o argumento da dignidade humana reduzir o debate ao campo religioso quando na
verdade trata-se de uma defesa expressa e clara da vida humana em qualquer de
seus estados. No que toca o ser humano, o mais digno é que ele nasça, viva e
morra naturalmente. O papel do Estado, em qualquer um de seus poderes, não é
outro senão defender essa mesma vida. Isso reivindicamos e isso defendemos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
O entendimento do STF não corresponde à verdade e,
exatamente por isso é um dogma contra o homem, já que nega a um feto (quer a um
anencéfalo ou a qualquer outro) o direito a exercer o dom mais precioso e gratuito,
isto é, a vida.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
É uma falácia dizer que “Hoje é consensual no
Brasil e no mundo que a morte se diagnostica pela morte cerebral. Quem não tem
cérebro não tem vida”, como disse Marco Aurélio de Mello. Uma coisa é o cérebro
que parou de funcionar deixando o corpo sem vida, outra é um corpo que, tendo
uma vida, mesmo que vegetativa, tenha seu direito de existir negado. Não se
pode colocar no mesmo patamar duas coisas, visto que uma coisa é a morte
natural, outra é a interrupção de uma vida, mesmo que vegetativa. O erro lógico
está na questão do princípio e do fim, não se pode julgar com os mesmos
critérios o começo e o fim.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
O argumento sobre o qual se apoiam alguns
ministros para rechaçar o argumento ontológico dos religiosos se configura como
discriminatório uma vez que não julga a matéria dos argumento, mas os que
argumentam, como se a razão dos religiosos não fossem, pelo fato de partirem de
religiosos, legítima. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Aqui o que está em questão é a dignidade da pessoa
que, ao ser gerada, já tem seus direitos independente de suas condições físicas.
Um ser humano é um ser humano a medida que é gerado assim. É simples de um gato
não sai um ser humano, assim como de um ser humano não sai um não humano. Se é
humano, tem direito à vida. Negá-la é retornar à barbárie.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Não se trata de um direito, o fato de decidir quem
vive e quem morre! Se há o mínimo de
função vegetativa, já configura-se como vida humana, então por qual motivo
negar esse direito. Veja que não se trata de um privilégio, mas de um DIREITO!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
A pergunta a ser feita é fácil: aquele anencéfalo
é um ser humano? Se dizer que não, o absurdo tomou conta da razão, mas se
disser que sim, então por que negar a ele o direito a nascer?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Uns poderiam ainda argumentar o ponto de vista da
mãe que não quer ou não tem “condições” de levar até o fim aquela gestação. Mas
voltamos ao ponto inicial: é direito facultado a alguém negar um direito? A resposta
é óbvia: NÃO!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
Em fim, é de fato um retorno ao embotamento da
razão chegar ao juízo que os ministros, viciados por ideologismos, chegaram.
Paramos de novo diante do entrave da razão desligada da verdade que negou a
milhares de judeus o direito à vida. A razão que deveria nos levar às luzes,
nos colocou diante do mal no holocausto e, hoje, nos coloca diante do aborto. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
O aborto é claramente a saída de volta para a
negação da dignidade do ser humano: uma negação à VIDA!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>Ascendat ad Tehttp://www.blogger.com/profile/10726554442159722427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7698904203760346236.post-35611389948617845122012-01-12T15:41:00.003-02:002012-01-12T15:41:45.050-02:00Verdades e Verdade<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">
Alguns minutos
na frente da TV, algumas folheadas nos jornais e entre uma música e outra no
rádio, percebemos que estamos evoluindo em termos de marketing no <i>mass mídia</i>. Cada vez mais elaboradas, as
propagandas convencem mais e mais consumidores, “convertendo-os” aos seus
produtos, convencendo-os de suas verdades e encarcerando-os a idéias como:
“obedeça a sua sede”, “você não pode viver sem ele” ou “fazemos tudo por você”
entre outros chavões que se cristalizam em nossas mentes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">
Contudo, a
evolução do marketing significa, quase sempre, a involução do homem e seu senso
de verdade. Muito embora haja aspectos muito positivos, existem também os
negativos. Não queremos condenar o marketing, mas desejamos colocar um
contraponto e traçar um panorama que evite a deturpação da verdade e favoreça
uma cultura evangélica autêntica onde os reais valores de vida possam ser
experimentados em sua profundidade. Uma cultura como a nossa precisa receber um
grande choque para restabelecer no homem uma humanidade que caminhe para seu
Destino.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">
Estas
propagandas, que ocultam sob corpos bonitos e imagens bem produzidas nocivas
idéias de “verdade”, vêm perpassando nossa geração e convencendo conscientes e
inconscientes de uma perigosa realidade que vem degradando nossa humanidade. Se
há tempos atrás a verdade era pautada na adequação do intelecto à coisa, e se
dizer a verdade significava fazer encontrarem-se o ser e o pensamento numa
perfeita harmonia no plano da realidade objetiva, hoje temos uma sutil mudança.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">
O que ocorre é
que a verdade da coisa foi deslocada da realidade objetiva para o plano subjetivo.
A verdade vem sendo arrastada do campo da objetividade para o obscuro
subjetivismo e lá acorrentada, uma vez que as perspectivas sobre a vida vêm
mudando de acordo com os novos focos de interesse, que voltam seus olhos
invertidos para o ter em detrimento do ser, e conseqüentemente atraem a cobiça
pelo lucro. Desta ótica a verdade passa a ser enclaustrada no que convém a cada
um segundo a sua necessidade momentânea e particular. A verdade figura então
como adequação do pensamento e da coisa ao interesse individual naquele
restrito momento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">
Essas idéias
não nos chegam sem gerar uma conseqüência preocupante: a tendência
individualista que rompe com a índole comunitária presente no próprio homem
desde os primórdios, onde se associava e estabelecia o sentimento de
solidariedade que deveria evoluir para um sentido de presença e acolhida do
outro, mas que foi deturpado para uma tolerância do outro e que logo
redundaria, com o auxilio da economia de mercado, no sentido de competição e superação
do outro rompendo os laços de fraternidade na espécie humana, fazendo da vida
uma competição insana e autodestrutiva, uma vez que destruir o outro significa
destruir-se a si próprio.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">
O marketing
segue o princípio da venda do produto, isto é, o modo de apresentação do
produto deve convencer de que este é, não só o melhor, mas o necessário.
Expressões como “agregar valores”, “valor de mercado”, “tática de
convencimento” e “público alvo” já nos dão pistas de para onde caminha e o que
está por traz de cada “inocente” reclame publicitário diariamente veiculado nas
programações de entretenimento eivadas de sentido comercial.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">
Instalou-se
uma cultura de compra e venda que faz a vida ser reduzida a um grande mercado
que deseja o lucro. Assim, ficam enfraquecidos conceitos e experiências de
gratuidade, de amizade e de solidariedade. O “uso” das coisas começa a migrar
para o uso do outro. A visão do outro como alguém que nos proporciona algum
tipo de “lucro” subverte a pureza das intenções e relações. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">
Como
conseqüência, o ser humano desfragmenta-se, porque perde o senso de comunidade
e comunhão, por tanto, limita seu existir, perde sua perspectiva de futuro ensimesmando-se
ao hoje fugaz que lhe escapa por entre os dedos e não traz a satisfação
desejada. Seu desejo de eternidade é frustrado e sua busca acaba redundando
numa solidão em meio à multidão. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">
Diante desse
panorama, surge uma capital pergunta inquietante: Como anunciar alguém que
ensina a doar, a perder, a ser o ultimo, a viver segundo o espírito e que
priorizam um depois?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">
Essa
inquietante realidade tem sido causa de preocupações teológicas e pastorais. Muitas
respostas vêm sendo propostas: uma libertação social do homem que reivindica
seus direitos sociais para uma vida menos indigna; um virar-se única e
exclusivamente para as realidades pseudo-sobrenaturais que pretendem o céu já
aqui ou uma simbiose de religiões que dão, a principio, uma sensação de
tranqüilidade espiritual, mas que, tão logo tal tranqüilidade desapareça,
muda-se de religião em busca de “encontrar-se”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">
Parece que
estas respostas propostas ao longo do tempo são insatisfatórias, quer por não preencherem
a ânsia de eternidade presente no homem, quer por serem mutiladas e descentralizadas.
Todas elas se tocam num ponto: pretendem que já neste tempo haja uma <i>societas perfectas</i>, contudo o Reino de
Deus não é deste mundo. Deste modo, apresentar planos que vigorem somente no
plano cronológico não constitui resposta valida, uma vez que o próprio núcleo
essencial do cristianismo prega uma comunhão que alcança o agora, mas que está
para o além. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 153.0pt; text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">
“Num sentido, nós vamos viajando, sempre viajando como sem saber aonde
vamos. Noutro sentido já chegamos. Não podemos nesta vida chegar à perfeita
posse de Deus: É por isso que estamos viajando e nas trevas. Já possuímos,
porém, Deus pela graça. Nesse sentido então foi que chegamos e ora residimos na
Luz...”<o:p></o:p></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-left: 153.0pt; text-align: right; text-indent: 27.0pt;">
(Thomas Merton)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">
Perceber que o
homem está “em via” é o primeiro passo para superar o problema, isso significa
que ele está e não está completo; a sua luta cotidiana ocorre num espaço e num
tempo: sua vida. Mas enquanto caminha, sabe que já possui em si qualquer coisa
de mistério, qualquer coisa que o faz sentir desde já a realidade de uma
promessa, e por isso se sabe completo, sente a perfeição em si, pois reconhece
que existe nele uma dignidade ímpar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">
Por outro
lado, podemos perceber que estamos todos nos construindo e que o instrumento
principal para a construção do homem é sua liberdade de agir desta ou daquela
forma. O homem em via descobre que enquanto está nesta condição não há nada,
absolutamente nada que o complete ou que o satisfaça. É incompleto enquanto é
perfectível. Há com isso uma abertura para o transcendente e uma possibilidade
de sair da crise da desfragmentação pela possibilidade da re-construção e
superação de si mesmo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">
Recolocar o
homem como peregrino restaura o senso de Esperança, por que se caminha, caminha
rumo a um destino. Assim podemos conceber a realidade da salvação, isto é, a
participação na vida do próprio Deus. O homem, que por si só jamais poderia
participar da eternidade Divina recebe, com a promessa e concretização da
Aliança em Cristo, a Esperança de receber o inaudito. Assim eram os primeiros
cristãos: tinham diante dos olhos a perda e o que esperavam era o INVISÍVEL.
Disso nós devemos alimentar nossa fé: da esperança de receber aquilo que não se
vê. Nisso vivemos o mistério!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">
Porém, para
chegar a esse mistério, é necessário um caminho de vida: A VERDADE. Não uma
verdade que muda ao sabor da moda ou algo que convenha a determinado momento,
mas uma verdade essencial. Esse é um caminho de mística: crer que o invisível
irá nos conduzir ao Eterno, crer que em meio às coisas que passam podemos tocar
o que não passa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">
O homem é
criado para o alto e por isso nos revolvemos em busca do Eterno na
verticalidade da verdade que se encontra e se toca no vértice da vida com a
horizontalidade da humanidade. Essa verdade nos toca de forma arrebatadora
quando nos permitimos ser atraídos por ela e ela mesma muda nossas vidas, não
mais de acordo com uma mentalidade mercado, mas segundo a profundidade da
essência do mistério da Vida.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">
Em fim, para
superar a verdade de mercado, proporcionada pela mentalidade de marketing do <i>mass mídia</i>, que traz em si muitos danos
morais ao homem, é necessário descobrir que neste peregrinar que chamamos de
vida, estamos em busca de nosso fim último, o desejo de eternidade, e que para
chegar a bom termo é necessário viver em busca daquilo que não se vê. Descobrir
que nos agarramos ao que há de Bom e que tudo governa, como uma mão invisível
que conduz a história rumo a um triunfo final onde a Verdade será Vivida
plenamente na Eternidade. Nós, cristãos, caminhamos neste mundo como se
víssemos o invisível. <o:p></o:p></div>Ascendat ad Tehttp://www.blogger.com/profile/10726554442159722427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7698904203760346236.post-7856263882776204172011-12-06T10:24:00.000-02:002011-12-06T10:24:15.102-02:00A Continuidade do Pensamento da Igreja entre a Pascendi Dominici Gregis e a Veritatis Splendor<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">INTRODUÇÃO<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">Duas encíclicas que distam uma da outra oitenta e seis anos, com estilo literário e contexto histórico diverso e com motivos diferentes. Uma, A <i>Pascendi Dominici Gregis</i>, de oito de setembro de 1907, quinto ano do Pontificado de São Pio X e a outra, Veritatis Splendor, de seis de agosto de 1993, décimo quinto ano do Pontificado de Papa João Paulo II são aparentemente tão diferentes entre si. Contudo, trazem um pano de fundo bastante comum e revelam a continuidade do Magistério Petrino, exercido pelo Romano Pontífice, infalível em questões de moral e fé e perene, atravessando o tempo e acertando o passo com a eternidade.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">Perceber nestes documentos que os tempos mudam, mas a problemática moral e religiosa do modernismo, embora com roupagens diversas e apresentação não menos mutáveis, são as mesmas é uma tarefa não muito difícil. Responder, no hoje da história aos problemas dos modernistas, que fundam suas teorias num agnosticismo imanentista que alcançam de um modo ou de outro – quer pelo panteísmo quer pelo subjetivismo – uma proposta ateísta que rechaça a Igreja e a religião é um ponto delicado que ambas encíclicas buscam elucidar partindo da verdade absorvida pela consciência do homem.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">Mostraremos neste trabalho a continuidade do pensamento da Igreja nas duas encíclicas; como por trás do agnosticismo e imanetismo denunciados pela <i>Pascendi</i> está uma aspiração por uma liberdade desvinculada de uma natureza humana e como por trás das teses condenadas pela <i>Veritatis Splendor</i> estão o agnosticismo e o imanetismo descrito pela <i>Pascendi</i>.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><o:p> </o:p> </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">I - A CONTINUIDADE DO PENSAMENTO DA IGREJA NAS DUAS ENCÍCLICAS.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">O magistério da Igreja Católica é o corpo de mestres autorizados a ensinar e avaliar os pontos de doutrina, uma instancia habilitada a pronunciar-se em matéria de fé e de moral a ela confiada pelo próprio Cristo. Assim, a Igreja tem o dever de expor a doutrina revelada, já que é sua guardiã e dispensadora. O Magistério não acrescenta novidades, antes elucida e reafirma a doutrina católica e tem como o infalível doutor o Papa. <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">Se expressa a unidade desse magistério, que é perene, mesmo que os tempos sejam outros e mesmo que as necessidades sejam outras. O magistério é fiel à doutrina revelada pelo Cristo e a si mesmo não se contradizendo. Assim ocorre com as encíclicas Pascendi Dominici Gregis e Veritatis Splendor, o problema comum das duas encíclicas é a doutrina modernista, que trazem em seu epicentro questões imanentitas e agnósticas. Mas de que se trata?<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-left: 48.0pt; mso-list: l0 level2 lfo1; tab-stops: list 48.0pt; text-align: justify; text-indent: -21.0pt;"><!--[if !supportLists]--><b>1.1.<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></b><!--[endif]-->Imanentismo <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">O imanentismo nega qualquer realidade ou ser fora da consciência ou da autoconsciência. Na leitura modernista, tal era o fundamento do método da imanência: encontrar Deus e o sobrenatural na consciência do homem. Assim, a fé não surge se não dos sentimentos e necessidades religiosas do homem.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-left: 48.0pt; mso-list: l0 level2 lfo1; tab-stops: list 48.0pt; text-align: justify; text-indent: -21.0pt;"><!--[if !supportLists]--><b>1.2.<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></b><!--[endif]-->Agnosticismo <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">No sentido literal designa a tese sobre a qual Deus é incognoscível, o que se traduz, pois, pela suspensão de todo juízo sobre a sua existência, aparentando-se, por isso, com o ceticismo. Não é uma negação dogmática da existência de Deus, mas a simples recusa de pronunciar-se sobre ele. Situar Deus acima da ordem do cognoscível pode ser uma maneira de reconhecer sua eminência, mas ao dizer que Deus é inexistente para o pensamento, também pode ser recusar-lhe toda e qualquer existência. <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-left: 48.0pt; mso-list: l0 level2 lfo1; tab-stops: list 48.0pt; text-align: justify; text-indent: -21.0pt;"><!--[if !supportLists]--><b>1.3.<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></b><!--[endif]-->O modernismo<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">O Modernismo foi uma tentativa de reforma católica que teve alguma difusão na Itália e na França no ultimo decênio do século XIX e no primeiro de nosso século e foi condenada na encíclica <i>Pascendi</i> por Pio X. Recebe a inspiração das exigências da Filosofia da Ação<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Arquivo%20de%20Textos/Academicos/Moral/PASCENDI%20DOMINICI%20GREGIS%20e%20VERITATIS%20SPLENDOR.doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> e consiste em extrair desta filosofia o significado que deve ser dado aos conceitos fundamentais da religião. Na Itália, assumiu especialmente a forma da crítica bíblica e política. <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">Podemos resumir da seguinte forma: <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">a). Deus se revela imediatamente à consciência do homem. Este princípio diminui ou anula a distancia entre o domínio da natureza e o da graça e também entre o homem e Deus, fazendo de Deus o princípio metafísico da consciência humana.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">b). Deus é antes de tudo um princípio de ação e a experiência religiosa é prática, fazendo coincidir a religião com a moral.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">c). Os dogmas nada mais são que expressões simbólicas e imperfeitas, porque relativa às condições históricas do tempo em que se constituem, da verdadeira revelação que é a que Deus faz de si próprio à consciência do homem.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">d). À bíblia devem ser aplicados sem limitação os instrumentos de investigação de que dispõe a pesquisa filológica, isto significa dizer que deve ser estuda como um documento histórico da humanidade.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">e). O Cristianismo, no campo da política, deve conduzir à defesa do progresso e ascensão do povo, cuja vida na história é a manifestação própria da vida divina.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">Faz-se mister entender que Pio X na <i>Pascendi</i> tem a intenção de “primeiro [exibir]... as mesmas doutrinas em um só quadro, e mostrar-lhes o nexo com que formam entre si um só corpo, para depois [indagar] as causas dos erros e [prescrever] os remédios para debelar-lhes os efeitos perniciosos” <a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Arquivo%20de%20Textos/Academicos/Moral/PASCENDI%20DOMINICI%20GREGIS%20e%20VERITATIS%20SPLENDOR.doc#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>. Faz uma esmerada análise do movimento modernista, eivado de sentido agnóstico e imanentista, condenando-o.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">A Veritatis Splendor, embora não tenha diretamente como objetivo responder ao problema do modernismo, uma vez que já está distante de seu epicentro, resgata o problema debelando os erros. Isso fica expresso em parágrafos como:<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-left: 99.0pt; text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><span style="font-size: 11pt;">“Na sua raiz, está a influência, mais ou menos velada de correntes de pensamento que acabam por desarraigar a liberdade humana da sua relação essencial e constitutiva com a verdade. Rejeita-se, assim, a doutrina tradicional sobre a lei natural, sobre a universalidade e a permanente validade dos seus preceitos; consideram-se simplesmente inaceitáveis alguns ensinamentos morais da Igreja; pensa-se que o próprio Magistério possa intervir em matéria moral, somente para “exortar as consciências” e “propor os valores”, nos quais depois cada um inspirará, de forma autônoma, as decisões e as escolhas da vida.”<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Arquivo%20de%20Textos/Academicos/Moral/PASCENDI%20DOMINICI%20GREGIS%20e%20VERITATIS%20SPLENDOR.doc#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a></span><span style="font-size: 11.0pt;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">Os documentos encaram a mesma realidade de subjetivismo que o imanentismo e o agnosticismo, presentes no modernismo, pulverizam na doutrina cristã. O Papa Pio X realça no pensamento modernista o seguinte sobre a verdade e a mutabilidade dos cânones religiosos:<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="margin-left: 99.0pt; text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><span style="font-size: 11.0pt;">Não é, portanto de nenhum modo lícito afirmar que elas [as fórmulas religiosas] exprimem uma verdade absoluta; portanto, como símbolos, são meras imagens de verdade, e, portanto devem adaptar-se ao sentimento religioso, enquanto este se refere ao homem; como instrumentos, são veículos de verdade e assim, por sua vez, devem adaptar-se ao homem, enquanto se refere ao sentimento religioso<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Arquivo%20de%20Textos/Academicos/Moral/PASCENDI%20DOMINICI%20GREGIS%20e%20VERITATIS%20SPLENDOR.doc#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">Podemos ler na Veritatis Splendor:<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="margin-left: 99.0pt; text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><span style="font-size: 11.0pt;">“Generalizada se encontra também a opinião que põe em dúvida o nexo intrínseco e indivisível que une entre si a fé e a moral, como se a pertença à Igreja e a sua unidade interna se devessem decidir unicamente em relação à fé, ao passo que se poderia tolerar no âmbito moral um pluralismo de opiniões e de comportamentos, deixados ao juízo da consciência subjetiva individual ou à diversidade dos contextos sociais e culturais.”<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Arquivo%20de%20Textos/Academicos/Moral/PASCENDI%20DOMINICI%20GREGIS%20e%20VERITATIS%20SPLENDOR.doc#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">Os problemas denunciados pela Pascendi estão no fundo das questões criticadas pelo Papa João Paulo II. Temas como o subjetivismo, a negação da lei natural, a incognoscibilidade de Deus, a redução da religião ao sentimento religioso, redução dos dogmas da Igreja e das normas morais à meras fórmulas religiosas inadequadas, a modificação e “evolução” da doutrina de acordo com o contexto histórico em que se encontram e etc., apresentados na <i>Pascendi</i> são retomados na <i>Veritatis Splendor</i>.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">II - AS ASPIRAÇÕES POR UMA LIBERDADE DESVINCULADA DE UMA NATUREZA HUMANA NO IMANENTÍSMO E AGNOSTICISMO DENUNCIADOS PELA <i>PASCENDI</i>.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">Já em 1907 verificava-se que entre as causas do modernismo, poderiam ser encontrados, entre as causas remotas do modernismo o amor de <u>novidades</u> e o <u>orgulho </u>expressos por uma vontade de liberdade que, opondo a liberdade do homem à lei natural acabam por deturpara a liberdade.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">O modernismo coloca em rota de colisão a liberdade e a lei, contudo, não são idéias que colidem, mas se completam. Se por um lado os modernistas, sob o pretexto de libertar a consciência humana, acabam por restringi-la a mera consideração dos fenômenos, sem transpor os limites a que é chamada a transpor, por outro lado inculca uma falsa idéia de liberdade dizendo que a religião deve mudar de foco de acordo com o tempo.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">No modernismo, o homem produz Deus no seu interior, por uma necessidade de divindade por ele sentida que é produzida no âmbito do incognoscível. Diante deste incognoscível, dentro ou fora do homem, a necessidade de um quê divino que une o homem a Deus.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">Ora, deste ponto de vista, a vontade de uma liberdade desconexa de qualquer parâmetro externo acaba por desembocar num fideísmo onde o homem gera os próprios parâmetros da consciência e segue-as como norma. O modelo moral move-se do reconhecer a verdade intrínseca às coisas para a verdade produzida pela consciência do homem.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">A perspectiva do modernismo denunciado pela <i>Pascendi Dominici Gregis</i> leva necessariamente ao subjetivismo religioso, denotando assim o intuito de impostar uma liberdade desvinculada da natureza humana:<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 99.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;"><span style="color: windowtext; font-size: 11.0pt;">“Efetivamente, o orgulho fá-los confiar tanto em si que se julgam e dão a si mesmos como regra dos outros. Por orgulho loucamente se gloriam de ser os únicos que possuem o saber, e dizem desvanecidos e inchados: Nós cá não somos como os outros homens. E, de fato, para o não serem, abraçam e devaneiam toda a sorte de novidades, até das mais absurdas. Por orgulho repelem toda a sujeição, e afirmam que a autoridade deve aliar-se com a liberdade.”<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Arquivo%20de%20Textos/Academicos/Moral/PASCENDI%20DOMINICI%20GREGIS%20e%20VERITATIS%20SPLENDOR.doc#_ftn6" name="_ftnref6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">O AGNOSTICISMO E O IMANETISMO DESCRITO PELA <i>PASCENDI </i>NAS TESES CONDENADAS PELA <i>VERITATIS SPLENDOR</i>. <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">A Carta de Pio X denuncia o modernismo pela explicação minuciosa de seus enunciados e proposições. Tais podem ser encontrados em refutações e condenações na <i>Veritatis Splendor</i>. <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"> Carta de João Paulo II defende a luz de Deus, objetiva e autentica no interior do homem e “nenhuma sombra de erro e de pecado pode eliminar totalmente”, pois “nas profundezas de seu coração permanece sempre a nostalgia da verdade absoluta e a sede de chegar à plenitude do seu conhecimento” contrariando as teses modernistas que foram expostas na Pascendi.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">A relação intrínseca entre a verdade e liberdade humana é a firmada e com ela a doutrina clássica sobre a lei natural, sobre a universalidade e permanente validade dos preceitos expostos pelo magistério para exortar às consciências e propor valores.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">Posto que a perfeição exija a maturidade do dom de si, a que é chamada liberdade do homem, a carta põe em relevo: <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-left: 99.0pt; text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><span style="font-size: 11.0pt;">“A palavra de Jesus revela a dinâmica particular do crescimento da liberdade em direção à sua maturidade e, ao mesmo tempo, <i>comprova a relação fundamental da liberdade com a lei divina. </i>A liberdade do homem e a lei de Deus não se opõem, pelo contrário, reclamam-se mutuamente. O discípulo de Cristo sabe que a sua é uma vocação para a liberdade. “Vós, irmãos, fostes chamados à liberdade” (Gl<i> </i>5, 13), proclama com alegria e orgulho o apóstolo Paulo. Mas logo precisa: “Não tomeis, porém, a liberdade como pretexto para servir a carne. Pelo contrário, fazei-vos servos uns dos outros pela caridade”.<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Arquivo%20de%20Textos/Academicos/Moral/PASCENDI%20DOMINICI%20GREGIS%20e%20VERITATIS%20SPLENDOR.doc#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a> <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">Vemos assim, que no fundo da carta de João Paulo II figura a problemática do modernismo, condenada com muitos argumentos que alcançam um cunho cientifico sem, contudo, desprezar a fé e sem deixar de considerar a transcendência acessível ao homem, a ela destinado, cujo acesso único é o Cristo.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">CONCLUSÃO<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">Vemos assim que o modernismo esta o pano de fundo da Veritatis Splendor, assim como a questão da liberdade humana em relação a lei natural esta na perspectiva da Pascendi ao denunciar o modernismo. Denota-se assim o quanto as questões postas levam aos mesmos sistemas que reduzem o homem, a fé e a religião sob um pretexto de liberdade.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">É pertinente a colocação de Jean Guiton e, com ela encerramos nossa reflexão que mostrou, nas duas cartas, a continuidade do magistério e as idéias subjacentes que se ligam umas as outras. Diz ele:<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="margin-left: 99.0pt; text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><span style="font-size: 11.0pt;">“O modernismo nos aparece como um caso particular num sistema mais amplo, como uma forma de pensamento que retornará sempre, ao longo da história do catolicismo, quando o espírito quiser fundar a fé sobre o espírito do tempo em vez de integrar o espírito do tempo à sua fé”. <a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Arquivo%20de%20Textos/Academicos/Moral/PASCENDI%20DOMINICI%20GREGIS%20e%20VERITATIS%20SPLENDOR.doc#_ftn8" name="_ftnref8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-left: 99.0pt; text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-left: 99.0pt; text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-left: 99.0pt; text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-left: 99.0pt; text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 18.0pt;"><span style="font-size: 11.0pt;">BIBLIOGRAFIA<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 72.0pt; text-align: justify; text-indent: -43.65pt;"><b><span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">I. FONTES<o:p></o:p></span></b></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 54.0pt; text-align: justify; text-indent: -27.0pt;">PIO PP X. <b><i>Carta Encíclica Pacendi Dominicis</i></b><i> Gregis</i>. São Paulo, Paulus. 2002.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 54.0pt; text-align: justify; text-indent: -27.0pt;">JOÃO PAULO PP. II, <b><i>Carta Encíclica Veritatis Splendor</i></b>. São Paulo, Paulinas. 1993.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 54.0pt; text-align: justify; text-indent: -27.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 54.0pt; text-align: justify; text-indent: -27.0pt;"><b>II. OBRAS<o:p></o:p></b></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 54.0pt; text-align: justify; text-indent: -27.0pt;">COMPAGNONI, Francesco (dir). <b><i>Dicionário de Teologia Moral</i></b>, São Paulo, Paulus,1997.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 54.0pt; text-align: justify; text-indent: -27.0pt;">LACOSTE, Jean-Yves. <b><i>Dicionário Crítico de Teologia</i></b>, São Paulo, Paulinas e Loyola, 2004.<span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div><div><!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" /> <hr align="left" size="1" width="33%" /> <!--[endif]--> <div id="ftn1"> <div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Arquivo%20de%20Textos/Academicos/Moral/PASCENDI%20DOMINICI%20GREGIS%20e%20VERITATIS%20SPLENDOR.doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> Caracterizada pela crença de que a Ação constitua o caminho mais direto para conhecer o Absoluto ou o modo mais seguro de possuí-lo. O primado da Razão Prática de que Kant falará não tinha significado fora do domínio moral; Mas com Fichte esse primado significa que só na ação o homem se identifica com o Eu infinito. Na forma religiosa a ação é o núcleo essencial do homem e só a análise da ação pode mostrar as necessidades e as deficiências do homem, além de sua aspiração ao infinito: que por sua vez pode vir satisfeita somente pela ação gratuita e misericordiosa de Deus.<o:p></o:p></div></div><div id="ftn2"> <div class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Arquivo%20de%20Textos/Academicos/Moral/PASCENDI%20DOMINICI%20GREGIS%20e%20VERITATIS%20SPLENDOR.doc#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a> PIO PP X. <b><i>Carta Encíclica Pacendi Dominicis</i></b><i> Gregis</i>. São Paulo, Paulus. 2002, n. 7.<o:p></o:p></div></div><div id="ftn3"> <div class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Arquivo%20de%20Textos/Academicos/Moral/PASCENDI%20DOMINICI%20GREGIS%20e%20VERITATIS%20SPLENDOR.doc#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a> JOÃO PAULO PP. II, <b><i>Carta Encíclica Veritatis Splendor</i></b>. São Paulo, Paulinas. 1993, n. 4.<o:p></o:p></div></div><div id="ftn4"> <div class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Arquivo%20de%20Textos/Academicos/Moral/PASCENDI%20DOMINICI%20GREGIS%20e%20VERITATIS%20SPLENDOR.doc#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a> PIO PP X. <b><i>Carta Encíclica Pacendi Dominicis</i></b><i> Gregis</i>. São Paulo, Paulus. 2002, n. 33. <b><o:p></o:p></b></div></div><div id="ftn5"> <div class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Arquivo%20de%20Textos/Academicos/Moral/PASCENDI%20DOMINICI%20GREGIS%20e%20VERITATIS%20SPLENDOR.doc#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a> JOÃO PAULO PP. II, <b><i>Carta Encíclica Veritatis Splendor</i></b>. São Paulo, Paulinas. 1993, n. 4.<o:p></o:p></div></div><div id="ftn6"> <div class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Arquivo%20de%20Textos/Academicos/Moral/PASCENDI%20DOMINICI%20GREGIS%20e%20VERITATIS%20SPLENDOR.doc#_ftnref6" name="_ftn6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a>PIO PP X. <b><i>Carta Encíclica Pacendi Dominicis</i></b><i> Gregis</i>. São Paulo, Paulus. 2002. <o:p></o:p></div></div><div id="ftn7"> <div class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Arquivo%20de%20Textos/Academicos/Moral/PASCENDI%20DOMINICI%20GREGIS%20e%20VERITATIS%20SPLENDOR.doc#_ftnref7" name="_ftn7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a>JOÃO PAULO PP. II, <b><i>Carta Encíclica Veritatis Splendor</i></b>. São Paulo, Paulinas. 1993, n. 17. <o:p></o:p></div></div><div id="ftn8"> <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Arquivo%20de%20Textos/Academicos/Moral/PASCENDI%20DOMINICI%20GREGIS%20e%20VERITATIS%20SPLENDOR.doc#_ftnref8" name="_ftn8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 10.0pt;"> GUITON, Jean. <i>La penseé de M. Loisy</i>, p. 20 in LACOSTE, Jean-Yves <i>Dicionário Critico de Teologia</i>. São Paulo, Paulinas: Loyola, 2004 in verbete modernismo.</span><o:p></o:p></div></div></div>Ascendat ad Tehttp://www.blogger.com/profile/10726554442159722427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7698904203760346236.post-33548953666182176302011-10-14T14:49:00.005-03:002011-10-14T14:54:26.216-03:00A LITURGIA CRISTÃ AJOELHA-SE DIANTE DO SENHOR CRUCIFICADO E ELEVADO!<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: center; text-indent: 1cm;">
<div style="text-align: justify;">
Deparo-me agora com um artigo<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">[1]</span></span></span></a>
publicado pelo Niterói Católico, órgão oficial de informação da Arquidiocese de
Niterói/RJ, que parece não corresponder exatamente àquilo que é a orientação da
Igreja.</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Sob o título “Ajoelhar-se ou ficar de pé? Eis
a questão”, encontra-se uma enxurrada de informações que carece de algum
aprofundamento e, não menos de fundamentação. Para nos colocar à par do
conteúdo do texto, passamos a um rápido resumo: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
O centro do debate é a posição da assembleia
durante a Anáfora: se deve permanecer de pé ou ajoelhada, como é costume em
nossas celebrações. Necessitamos de clareza inicial sobre o <i>status quo</i> do debate que o autor deseja
trazer à peito. Analisemos: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 191.4pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
“O
ajoelhar-se durante a prece Eucarística, é um dos temas que tem gerado muitas
discussões. Pode-se dizer que isso é reflexo de mais de mil anos de uma fé
devocionista que nos distanciou da prática ritual-celebrativa da Igreja
primitiva. E Hoje após quase cinquenta anos do Concílio Ecumênico Vaticano II,
que propôs a volta às fontes, colhemos os resquícios desse período”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Podemos perguntar o que é reflexo de mais de
mil anos de uma fé devocionista: as muitas discussões ou o ajoelhar-se durante
a prece eucarística? Se o problema é o desenvolvimento do debate litúrgico,
devemos tomar um viés para análise do tema, mas se é o gesto de ajoelhar-se, em
si, cabe outro tipo de reflexão. Vamos tentar responder a ambos os pontos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Um renomado teólogo, ao nos introduzir no
espírito da liturgia, dedica sete páginas de sua obra somente sobre esse
assunto. É claro que facilmente poder-se-ia refutar o argumento com base no
fato de o autor não ser latino-americano e, por isso, não entender a “inculturação”
da liturgia no Brasil. Contudo, não obstante à nacionalidade germânica, não
devemos deixar de estar atentos à palavra de Joseph Ratzinger<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">[2]</span></span></span></a> em
seu livro “Introdução ao espírito da liturgia” <a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">[3]</span></span></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Analisando a “história do gesto de ajoelhar”,
passa em revista a recusa dos Romanos e Gregos, sob o argumento de que
“ajoelhar-se não seria digno do homem livre nem condiria com a cultura grega,
sendo assunto de bárbaros” <a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">[4]</span></span></span></a> e dá
voz à negativa de Agostinho de ajoelhar-se diante de falsos deuses.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Explica o autor: “Olhando a história podemos
constatar que tanto os Gregos como os Romanos rejeitavam a posição de joelhos.
Perante os deuses parciais e desunidos... tal comportamento tinha plena
justificação: para estes povos, era por demais evidente que esses deuses não eram
Deus, mesmo dependendo do seu poder caprichoso e tendo sido obrigados a
assegurar-se, quando possível de sua benevolência (...) Agostinho dá-lhe [à
Aristóteles], de certo modo, razão: as divindades falsas seriam apenas máscaras
de demônios, que sujeitam o Homem à adoração do dinheiro e ao egocentrismo,
tornando-o deste modo, servil e supersticioso” <a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">[5]</span></span></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Remarca ainda que o gesto de ajoelhar-se se
origina na própria Sagrada Escritura, já que a palavra <i>proskynein<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftn6" name="_ftnref6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">[6]</span></b></span></span></a></i>
aparece 59 só no Novo Testamento. Ajoelhar-se, segundo Ratzinger, tem para o
Antigo Testamento, o sentido de rebaixar as forças diante de Deus como forma de
reconhecimento de seu poder que origina tudo o que temos<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">[7]</span></span></span></a>,
uma forma clara de adoração. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Nos Atos dos Apóstolos, falam-se da oração de
São Pedro (9,40), de São Paulo (20,36) e de toda a comunidade Cristã (21,5) em
posição de joelhos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Fica provado assim que o argumento de que os
primeiros cristãos partiam o pão, nas casas (<i>domus ecclesia</i>), celebravam nas catacumbas, se reuniam ao redor da
mesa e que, por não haver bancos ou genuflexórios nestes lugares, todos ficavam
de pé, ao redor do centro, do altar, resulta em inválido, por não corresponder
aos referentes bíblicos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Se o argumento fosse válido, a fortiori
ratione, deveríamos ter que retirar o altar, os bancos, o sacrário, os
retábulos, o ambão e outras coisas... E para reduzir ao absurdo, creio que se
devemos propor uma volta naqueles termos, por que não usarmos o mesmo estilo de
roupas que os primeiros cristãos?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Se a palavra do teólogo Joseph Ratzinger não
nos servir de posição abalizada, ao menos nos sirvam as palavras da Exortação
Apostólica Pós-Sinodal Sacramentum Caritatis<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftn8" name="_ftnref8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">[8]</span></span></span></a> de
Sua Santidade Bento XVI. O documento agora mencionado trata, no número 65 da
reverência à Eucaristia e assim se expressa:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 191.4pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
“<b><i>Penso,
em geral, na importância dos gestos e posições, como, por exemplo, ajoelhar-se
durante os momentos salientes da Oração Eucarística</i></b>. Embora
adaptando-se à legítima variedade de sinais que tem lugar no contexto das
diferentes culturas, cada um viva e exprima a consciência de encontrar-se, em
cada celebração, diante da majestade infinita de Deus, que chega até nós
humildemente nos sinais sacramentais.”<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftn9" name="_ftnref9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">[9]</span></span></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 191.4pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Quais mais palavras deveriam ser ditas para
indicar a importância do ajoelhar na Consagração durante a Oração Eucarística.
Se houve algum questionamento no pensamento do autor do artigo quanto a melhor atitude
de exprimir o que celebramos, os documentos recentes da Igreja o dirimem logo
nas primeiras olhadelas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Outra tensão que não ficou bem clara naquele
artigo foi a que existe entre “o Banquete” e “o Sacrifício”. Não raro, esse
tema causa alguma dificuldade. Devemos lembrar que a palavra “Católica”
significa universal e açambarca o sentido de totalidade de modo que não se pode
partir de uma escolha entre uma das partes, mas do todo<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftn10" name="_ftnref10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">[10]</span></span></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Se de um lado é verdade que o banquete da
alegria é um aspecto da missa, também é verdade que o sacrifício também o é.
Isso nos faz compreender o Apocalipse de São João que nos mostra a liturgia
celeste onde, no altar do sacrifício está o Cordeiro imolado e de pé<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftn11" name="_ftnref11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">[11]</span></span></span></a>!
Entre lágrimas copiosas por não haver quem abrisse o livro da história, João é
chamado a alegrar-se porque vencera o Leão de Judá que poderá abrir o livro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Essa mística penitencial e festiva é expressa
no próprio andamento das partes da missa que, no ato penitencial nos convida a
reclusão e no Glória nos convida à alegria. Respeitar esses momentos é
imprescindível para uma celebração frutuosa da liturgia <a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftn12" name="_ftnref12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">[12]</span></span></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Parte desta tensão é também a realidade
mística da missa que transcende o tempo. No entanto isso não significaria dizer
exatamente que estamos no céu. É óbvio que não estamos no céu, por que se assim
fosse não o deixaríamos mais. Vale a pena lembrar a expressão advinda da
escatologia que remarca aquela tensão de que faláramos: “já, mas ainda não”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Diante de tudo isso, vale a pena perguntar:
Qual o sentido do ajoelhar-se na celebração Eucarística<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftn13" name="_ftnref13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">[13]</span></span></span></a>?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
É duplo o significado. Em primeiro lugar o de
súplica, pequenez. O homem reconhece sua condição criatural e a condição Divina
de Deus. Ajoelha-se diante de Deus como um pequenino que d’Ele tudo deseja e
espera receber. Ao mesmo tempo, de adoração por que aquele Deus de quem ele
recebe tudo, é também o Deus sumamente bom que “trabalha” muito mais pela salvação
do homem que o próprio homem. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Existem algumas coisas que merecem relevo:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
1)<span style="font: normal normal normal 7pt/normal 'Times New Roman';"> </span>Dentre os
cânones do Concílio de Nicéia<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftn14" name="_ftnref14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">[14]</span></span></span></a>
(325), é bem verdade, há a recomendação de que, nos dias do Senhor em
Pentecostes, todos devem rezar de pé e não ajoelhados. Mas daí a dizer que há
uma proibição, não se sustenta. As pessoas não ajoelhavam no domingo por uma
questão penitencial (no domingo não se fazia penitência), mas, no segundo
milênio a Igreja trouxe de volta o aspecto de adoração e reverência diante da
majestade divina que, como vimos, já era usual no ambiente neo-testamentário.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
2)<span style="font: normal normal normal 7pt/normal 'Times New Roman';"> </span>Nós não podemos
escolher a postura que devemos tomar na liturgia sob pena de um relativismo
litúrgico. As prescrições litúrgicas da Instrução Geral ao Missal Romano dizem:
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 219.75pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;">
“A posição comum do corpo, que todos
os participantes <b><i><u>devem</u></i></b> observar é sinal da comunidade e da unidade da
assembleia, pois exprime e estimula os sentimentos e pensamentos dos
participantes” <a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftn15" name="_ftnref15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">[15]</span></span></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
3)<span style="font: normal normal normal 7pt/normal 'Times New Roman';"> </span>As
dimensões da teologia do <i>múnus </i>sacerdotal,
que entre o padre e os demais fiéis é complementar, mas distinto, fica
evidenciado uma vez que, na Oração Eucarística, o padre está exercendo seu
múnus sacerdotal ministerial enquanto os demais fiéis o fazem mediatizados pelo
padre. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
4)<span style="font: normal normal normal 7pt/normal 'Times New Roman';"> </span>A mesma
Instrução Geral diz: “Ajoelhem-se durante a Consagração, a não ser que a falta
de espaço, ou o grande número de presentes ou outras causas razoáveis não o
permitam”<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftn16" name="_ftnref16" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">[16]</span></span></span></a>,
não deixando margem nenhuma para uma escolha por parte do fiel (usa o verbo
“ajoelhar” no imperativo) e coloca como exceção bem definida o fato de não se
ajoelhar. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
5)<span style="font: normal normal normal 7pt/normal 'Times New Roman';"> </span>O fato de
não haver uma codificação da genuflexão nas normativas antigas não significa,
nós bem o sabemos, que não era prática entre os cristãos. A guisa de exemplo,
podemos ver muitas situações em que o uso precedeu à normativa (a Assunção de
Maria é um bom exemplo). <o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;">
Uma ultima palavra:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Nossa
intenção, ao responder aquele artigo publicado no Órgão oficial da Arquidiocese
de Niterói é simples e reside em dois motivos: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
A palavra
grega σκοπεύω<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftn17" name="_ftnref17" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">[17]</span></span></span></a>,
de onde vem a palavra “Epíscopo”, significa “ver”. Daí ser um dos ofícios do
padre, como colaborador do Bispo, ajuda-lo a ver aquilo que pode levar à
comunidade ao erro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Depois,
uma grande parte de nossos leigos tem acesso ao Niterói Católico e, por ser um
órgão oficial, deve ser sempre teologicamente revisado e não pode conter, de
modo algum, quaisquer imprecisões que causem confusão às pessoas que são
sinceras, mas desavisadamente leem os artigos lá constantes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Ainda é
necessário ressaltar que devemos sempre zelar pela reta doutrina e disciplina e
que reflexões que sejam dissonantes do que nos ensinam os livros litúrgicos e
os documentos magisteriais devem ser evitados, como nós mesmos afirmamos quando
fazemos nossa profissão de fé, que por ocasião da Sagrada Ordenação, que no ato
da posse canônica.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Visamos
esclarecer as imprecisões relativas ao gesto reverente de genufletir bem como o
debate sobre seu uso. Percorremos a sadia teologia de Ratzinger e o magistério
da Igreja, principalmente as expressões da Instrução Geral ao Missal Romano, e
a tradição para chegarmos a conclusão de que é legitimo e obrigatório
ajoelhar-se durante a Anáfora não só por respeito às rubricas contidas nos
livros litúrgicos, mas, sobretudo, por reverente reconhecimento de nossa
pequenez e adoração diante de Deus.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: right;">
<br /></div>
<div>
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8pt;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; line-height: 115%;">[1]</span></span></span></span></a><span style="font-size: 8pt;"> Fróes, Pe. Marcelo. “Ajoelhar-se ou ficar de Pé? Eis,
a questão!” in Niterói Católico, outubro de 2011. Ano 48, n. 548, p. 9.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8pt;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; line-height: 115%;">[2]</span></span></span></span></a><span style="font-size: 8pt;"> A respeito do autor, podemos dizer que embora a obra
que se citará não seja um documento pontifício e não tenha força da autoridade
magisterial, podemos afirmar com certeza que, por sua própria personalidade,
Joseph Ratzinger constitui uma voz extremamente abalizada por ter sido perito
do Concílio Vaticano II, de modo que seu pensamento, de certo modo, é uma voz
que ressoa das fontes do Concílio e, ainda mais, sua teologia se mostra
autêntica e segura, isto é, confiável.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8pt;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; line-height: 115%;">[3]</span></span></span></span></a><span style="font-size: 8pt;"> RATZINGER, Joseph, Introdução ao Espírito da Liturgia.
São Paulo: Paulinas, IV Ed. 2011, pp. 136 – 143.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8pt;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; line-height: 115%;">[4]</span></span></span></span></a><span style="font-size: 8pt;"> <i>Ibid.</i> p 137<i>.</i><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8pt;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; line-height: 115%;">[5]</span></span></span></span></a><span style="font-size: 8pt;"> <i>Ibidem.</i><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn6">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftnref6" name="_ftn6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8pt;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; line-height: 115%;">[6]</span></span></span></span></a><span style="font-size: 8pt;"> Em grego
προσκυνειν<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn7">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftnref7" name="_ftn7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8pt;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; line-height: 115%;">[7]</span></span></span></span></a><span style="font-size: 8pt;"> Cf. Opus Cit. p. 141.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn8">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftnref8" name="_ftn8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8pt;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; line-height: 115%;">[8]</span></span></span></span></a><a href="http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/apost_exhortations/documents/hf_ben-xvi_exh_20070222_sacramentum-caritatis_po.html#A_estrutura_da_celebração_eucarística"><span style="font-size: 8pt;">http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/apost_exhortations/documents/hf_ben-xvi_exh_20070222_sacramentum-caritatis_po.html#A_estrutura_da_celebração_eucarística</span></a><span style="font-size: 8pt;">, acessado em 14/10/2011.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn9">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftnref9" name="_ftn9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8pt;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; line-height: 115%;">[9]</span></span></span></span></a><span style="font-size: 8pt;"> Grifo nosso.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn10">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftnref10" name="_ftn10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8pt;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; line-height: 115%;">[10]</span></span></span></span></a><span style="font-size: 8pt;"> A propósito, a origem da palavra heresia (do latim
haerĕsis, por sua vez do grego αἵρεσις, “escolha” ou “opção”, remonta a ideia
de assumir somente uma parte e não o todo.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn11">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftnref11" name="_ftn11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8pt;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; line-height: 115%;">[11]</span></span></span></span></a><span style="font-size: 8pt;"> Cf. Ap 5, 6 – isto é, morto e ressuscitado. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn12">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftnref12" name="_ftn12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8pt;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; line-height: 115%;">[12]</span></span></span></span></a><span style="font-size: 8pt;"> A propósito do Livro Apocalipse de São João, a palavra
<i>proskynein </i>aparece 24 vezes.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn13">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftnref13" name="_ftn13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8pt; line-height: 115%;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; line-height: 115%;">[13]</span></span></span></span></a><span style="font-size: 8pt; line-height: 115%;"> O autor diz “</span><span style="font-size: 8pt; line-height: 115%;">Diante de tudo isso, vale a pena perguntar:
Qual o sentido do ajoelhar-se na celebração Eucarística para mim?”. Ora, não se
pode particularizar uma matéria universal e, uma vez que a liturgia não é
“minha” (aliás, atestam-no os documentos magisteriais), não se entende, no
contexto do debate a expressão “para mim”, redundando em absurdo. </span><span style="font-size: 8pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn14">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftnref14" name="_ftn14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8pt;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; line-height: 115%;">[14]</span></span></span></span></a><span style="font-size: 8pt;"> </span><span style="font-size: 8pt;">Cânon XX</span><span style="font-size: 8pt;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn15">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftnref15" name="_ftn15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8pt;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; line-height: 115%;">[15]</span></span></span></span></a><span style="font-size: 8pt;"> IGMR 20. Grifo nosso.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn16">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftnref16" name="_ftn16" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8pt;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; line-height: 115%;">[16]</span></span></span></span></a><span style="font-size: 8pt;"> <i>Ibid</i>. 21<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn17">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Tarefas%20em%20andamento/Artigos/Ajoelhar-se.docx#_ftnref17" name="_ftn17" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8pt;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 8pt; line-height: 115%;">[17]</span></span></span></span></a><span style="font-size: 8pt;"> Skopeuo, literalmente significa “objetivo”,
“pretender”, “ter em vista”. O radical está presente em palavras como tele<b>scópio </b>que remontam a ideia de ver,
enxergar.<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>Ascendat ad Tehttp://www.blogger.com/profile/10726554442159722427noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7698904203760346236.post-28407457844008575432011-10-05T17:09:00.000-03:002011-10-05T17:09:25.020-03:00MATRIMÔNIO E SEGUNDA UNIÃO<div style="text-align: justify;">
</div>
<table border="1" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoTableGrid" style="border-collapse: collapse; border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-yfti-tbllook: 1184;">
<tbody>
<tr>
<td style="border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 432.2pt;" valign="top" width="576">
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 17.4pt; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 17.4pt; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Respondendo à
pergunta enviada por e-mail, trazemos uma reflexão sobre o matrimônio e os
casais em segunda união. Agradecemos a participação de nosso leitor e esperamos ter
respondido de maneira satisfatória. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 17.4pt; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<o:p> </o:p> </div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
INTRODUZINDO
O TEMA<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
O
tema que agora temos diante dos olhos é bem complexo por vários motivos. De um
lado, por que toca no sentimento (e traz toda carga emocional de vida) das
pessoas e de outro por que é inegociável um princípio, sob pena de perdermos o
foco e o eixo da fé, isso significa dizer que se nossa prática pastoral não
concorda com a revelação, fatalmente nos carregaria para a traição daquilo que
Deus quis para a Igreja. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
O
que comumente se chama de pastoral da “segunda união” ou de “recasados” é o
nosso foco. Mas devemos, antes de qualquer coisa, admitir que nosso espaço não
seja o apropriado para debater esse assunto. Cabe-nos, com limitações impostas
pelo meio (as limitações de um blog), apontar algumas reflexões sobre o tema e
uma alternativa pastoral.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Contudo,
não podemos tocar no tema de nosso objetivo sem antes colocar sólidas raízes da
doutrina católica. Destarte abordaremos o tema partindo do próprio matrimônio,
para depois vislumbrar o vasto campo de trabalhos e, só depois dessa visão,
propor uma reflexão sobre as “uniões de fato”. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l3 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<!--[if !supportLists]--><span><span>1)<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]-->PALAVRA
INICIAL: O QUE É O MATRIMÔNIO?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Convivemos
com uma esquizofrenia<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
social por que, se de um lado fez-se questão de destruir o matrimônio como o
conhecíamos, a saber, aliança e comunidade conjugal indissolúvel, introduzindo rupturas
que o descaracterizaram, de outro, vemos discursos inflamados por parte de
militâncias homoafetivas a fim de requererem um chamado direito a verem suas
uniões reconhecidas. <a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Neste
ambiente doente é que sentimos pesar sobre nossas cabeças a responsabilidade anunciar
um futuro que seja justo e misericordioso, isto é curado<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
para a família, núcleo da sociedade. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<!--[if !supportLists]--><span><span>a)<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]-->Noção
canônica<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
A Palavra “matrimônio” designa
indistintamente a celebração do matrimônio (no sentido de bodas, núpcias,
aliança, ou consentimento matrimonial) e o estado ou situação de casados
(comunidade conjugal, vínculo conjugal). No direito canônico diz-se, no
primeiro caso, matrimônio <i>in fieri</i>,
enquanto aliança e no segundo caso, <i>in
facto esse</i>, ou seja, o estado matrimonial.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
O cânon 1055 (cân. 1055) recolhe
em seu enunciado um conceito em termos jurídicos. Assim, matrimônio é o pacto
pelo qual o homem e a mulher constituem entre si o consórcio de toda a vida,
por sua índole natural ordenado ao bem dos cônjuges e à geração e educação da prole.
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Para além de uma terminologia
fria, o Código de Direito Canônico (CIC) mostra uma grande intuição sobre o
matrimônio, isto é, que o matrimônio é o “ambiente” propício para o bem do
homem e da mulher e, por isso, neste ambiente sadio e ordenado para o bem
encontra espaço o dom da maternidade/paternidade a que se responde com o
cuidado ou educação dos filhos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Daí, naturalmente se chega que
os predicados que fluem da essência do matrimônio. São predicados essenciais do
matrimônio a unidade (impossibilidade de vínculos simultâneos) e
indissolubilidade<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
(impossibilidade de vínculos sucessivos a não ser em caso de morte do cônjuge
precedente).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
O ato da vontade que produz o
matrimônio é o consentimento, cujo objeto é a entrega mútua de um homem a uma
mulher, estando aqui resolvidas as finalidades do matrimônio referidas acima. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Por este corolário de definições
técnicas chega-se à compreensão de que a comunhão de toda a vida requer a
entrega mútua e total da pessoa no matrimônio.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<!--[if !supportLists]--><span><span>b)<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]-->Pistas
doutrinais<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span> </span>Para além de um ordenamento jurídico, o
matrimônio é uma vocação abraçada na liberdade e responsabilidade para formar
realmente uma comunidade de vida e amor, principais pilares da comunhão.<span> </span>Queremos deixar algumas pistas doutrinas para
o aprofundamento do tema.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
O Catecismo da Igreja Católica
(CCC) trata o tema do matrimônio no artigo sétimo e, colocando o amor como base
do relacionamento entre homem e mulher, expressa que a vocação ao matrimônio é
querida pelo Criador, não sendo simplesmente um arranjo humano, mas vocação
“inscrita na própria natureza do homem e da mulher, conforme saíram da mão do
Criador” <a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftn6" name="_ftnref6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Do Gênese ao Apocalipse, o
Catecismo realça a fundamentação bíblica do matrimônio. Apontando os desígnios
de Deus e as desordens advindas, não da natureza do ser humano, mas do pecado,
apresenta uma síntese da doutrina do matrimônio.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Cabe ressaltar que a aliança
nupcial entre o homem e a mulher, segundo o Catecismo é análoga às núpcias
entre Deus e seu povo, isto é, entre o Cordeiro e a Noiva, o Cristo e sua
Igreja. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
“Todavia, a vida cristã traz a
marca do amor esponsal de Cristo e da Igreja. Já o Batismo, entrada no Povo de
Deus, é um mistério nupcial: é, por assim dizer, o banho das núpcias que
precede o banquete das núpcias, a Eucaristia. O Matrimônio cristão se torna,
por sua vez, sinal eficaz, sacramento da aliança de Cristo e da Igreja.” <a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<o:p> </o:p>Ao mesmo tempo em que se
recoloca o plano de Deus para a vida conjugal, com base na assertiva do Senhor:
“Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu
repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim” <a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftn8" name="_ftnref8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[8]</span></span></span></span></a>,
o Catecismo também apresenta um plano de vida para o matrimônio, a saber, A
Igreja doméstica<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftn9" name="_ftnref9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[9]</span></span></span></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
De modo didático, o novo YouCat,
com uma linguagem jovem e mais prática caminha nos passos do Catecismo.
Partindo do texto de Mt 19,5<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftn10" name="_ftnref10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
orienta a sacramentalidade e a fecundidade na experiência do verdadeiro amor
que transborda abrindo espaço para a vida, quer no bem do casal, quer nos seus
filhos.<span> </span>Assim o matrimônio é ambiente
para o amor em toda a sua plenitude e bondade. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Contra a cultura do descartável,
o Setor Juventude da CNBB, no seu Subsídio Afetividade e Sexualidade<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftn11" name="_ftnref11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>,
com o intuito de realçar a fidelidade matrimonial, encartou um fascículo com o
tema “Ficar, eu te conheço?” <a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftn12" name="_ftnref12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>·,
onde explica que “O <i>ficar</i> acaba
ganhando uma faceta muito fria. <b>Usar e
descartar</b> alguém sem respeitar sua identidade e sentimentos <b>é desvalorizar a pessoa</b>”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<!--[if !supportLists]--><span><span>c)<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]-->Noção existencial<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Nestes termos, parecem
depreenderem-se duas realidades do fato próprio do matrimônio. Uma coisa é
“casar-se” e outra “estar casado”. Em outras palavras, o fato de ter havido um
sacramento e a frutuosidade do mesmo são duas instâncias que, embora
interdependentes, são distintas. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
O “estar casado” deve
resolver-se na construção diária da comunidade de amor entre homem, mulher e
seus filhos de modo que realizem na sua existência aquilo que celebraram, isto
é, fazer concordar o ato de fé com o fato da vida. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Decorre daí o fato de que a
liberdade da qual se reveste o matrimônio não é dissociada da responsabilidade <a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftn13" name="_ftnref13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[13]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>,
mas a supõe quando dos nubentes dependem amarem-se a fim de converterem-se
realmente em esposo e esposa, vivendo de acordo com sua condição de casados.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
No matrimônio, comunidade é o
modo de relacionarem-se homem e mulher diante de Deus, valorizando-se cada um
por si mesmo com base da diferenciação e complementaridade enquanto vivem uma
verdadeira espiritualidade conjugal. Homem e mulher, orientados um para o
outro, não perdem, portanto, sua personalidade e individualidade, mas se
completam e suprem e elevam-se a Deus. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Neste ponto a maior expressão dessa
realidade é a complementaridade sexual que expressa em concreto tudo o quanto temos
dito. A beleza do sexo deixa entrever, num só ato, a diferenciação, a
comunidade, a complementaridade, o amor, a abertura para a vida realizando
assim a dimensão unitiva fundamentada no bem mútuo e na cooperação entre
esposos para o bem da família.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l3 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<!--[if !supportLists]--><span><span>2)<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]-->OS
PROBLEMAS<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Não
raro, vemos casais chegaram ao matrimônio sem levar em conta essas observações
que fizemos nos tópicos precedentes e, lamentavelmente, quer pela imaturidade ao
assumir tão nobre estado de vida, quer pela falta de preparação (de um lado
pessoal, de outro moral), vemos casamentos celebrados esbarrarem em dificuldade
que poderiam ser solucionadas com um pouco de empenho de ambas as partes. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Tratar
desses problemas é um imperativo na Igreja, uma verdadeira obra de
misericórdia. Como disse o bispo de San Sebastián, Dom José Ignacio Munilla, no
último dia 8 de setembro, “Não podemos permanecer com os braços cruzados
enquanto nossos familiares, conhecidos e vizinhos fracassam em seus projetos
matrimoniais. É importante que, na medida em que consideremos oportuno, nós nos
ofereçamos como canais de comunicação”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<!--[if !supportLists]--><span><span>a)<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]-->Como
resolvê-los<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Não é fácil abortar a solução
para os problemas conjugas se não tivermos como base a intenção real do casal
para adquirir disposições para superar crises e desentendimentos que decorrem
do dia-a-dia num casamento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Fatores que se tornam
verdadeiras zonas de risco como convivência e harmonia, reciprocidade e
amizade, conversa e entendimento são agravadas pela falta de maturidade humana
e afetiva acrescidos de uma má experiência psicológica. Quando não há esforço
humano pessoal há sempre a anulação de uma ou ambas as partes colocando o casal
no isolamento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
O Pe. Henri Caffarel, das
Equipes de Nossa Senhora declara:<span> </span>“Não
creio estar fazendo julgamento temerário se afirmar que s melhores casais
cristãos, que jamais faltam com o dever de ajoelhar-se, cometem muitas vezes o
pecado de não se sentar”<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftn14" name="_ftnref14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[14]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Tão grave e urgente quanto o
dever de rezar, portanto, torna-se o dever de dialogar abertamente sem desejar
sobrepujar, ameaçar ou chantagear (de nenhum modo). Neste diálogo, não importa
convencer, mas entender e ser entendido. Uma vez isso acontecido, todas as
decisões tornam-se maduras e conjuntas. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
É claro que se deve compreender
e levar em conta as estruturas emocionais e afetivas do homem e da mulher.
Sempre dizemos que não precisamos de um médico ou um psicóloga para mostrar as
diferenças entre um homem e uma mulher, mas que estas podem ser percebidas à
olho nu. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
A esposa, ao procurar seu esposo
para conversar, nem sempre quer uma solução para o fato – algumas vezes ela já
a tem. O que ela deseja de fato é alguém para conversar, partilhar as
preocupações. Contudo, o homem que, via de regra, tende ao praticismo, está
sempre com uma resposta na ponta da língua. Embora tenha a melhor das boas
intenções, a esposa sente que seu problema foi menosprezado pelo esposo e tem a
impressão que ele não a acolheu. Aqui começa tudo!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
É necessária a paciência para
ouvir, mesmo que pareça para o esposo a coisa mais simples do mundo. A esposa
não deseja uma solução, mas alguém para compartilhar a experiência.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
De outro lado, as esposas são
desconfiadas ao estremo e, talvez por isso, sejam inseguras. É necessário fazer
um esforço mental para não deixar os fantasmas interiores sugerirem mentiras.
Pode acontecer que o marido, ao chegar em casa cabisbaixo, silencioso, só
esteja chateado com algo do trabalho ou com seu time que perdeu. Como os homens
têm mais dificuldades em verbalizar seus sentimentos, a esposa cria os fantasmas
e acredita neles.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
É necessário saber dar o tempo
de o esposo sentir-se a vontade para que ela possa perguntar o que houve e
criar uma via de acesso ao interior do esposo para, em fim, tirá-lo da solidão
emocional na qual a maior parte dos homens vivem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Outro problema é ser resolvido é
o ambiente físico. O lar de um homem precisa ser seu refúgio, sua proteção.
Imagine o marido ao chegar em casa, cansado do trabalho, tendo tido um dia
difícil, após pegar um ônibus lotado e com um milhão de problemas na cabeça
(que variam entre contas à pagar e filhos à cuidar) ao chegar em casa encontra
um ambiente sujo, bagunçado, com mal odor, barulhento... Depara-se com sua
esposa suja, descabelada, com a louça na pia por lavar e as crianças ainda por
cuidar... Estresse em cima de estresse resulta em problemas de relacionamento. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
O lar deve ser limpo, asseado,
organizado. A esposa precisa ter organizado sua casa (mesmo que não ela
diretamente, já que muitas hoje em dia trabalham foram) para que seu marido
tenha vontade de voltar para lá. Do contrário, relutará sempre em voltar para
casa e preferirá outros ambientes que seu próprio lar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Também o marido deve ter em
conta de que, ao casar-se, não contratou uma empregada doméstica não
remunerada! Isso seria fatal num relacionamento. É necessária a sua ajuda nas
tarefas domésticas, mesmo que mínima que seja (lavar a louça, manter o banheiro
limpo, não deixar coisas pelo chão e etc.). Atitudes comuns devem ser tomadas,
para isso é fácil dividir as tarefas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Essas são algumas sugestões que
normalmente fazemos para melhorar a vida dos casais que se aproximam ou entram
em zonas de conflito. Outras poderiam ser detectadas com uma conversa mais
franca e demorada. Cada caso é um caso e cabe ao casal dialogar para encontrar
as zonas de tensão de seus relacionamentos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Também os filhos devem ser
levados em consideração neste aspecto e não tem coisa mais difícil de resolver
quando, no lar, o marido desautoriza a esposa ou vice-versa. Os filhos logo
percebem esse ponto frágil e tomam proveito disso. É necessário combinar sempre
as atitudes. Também não se pode ceder ao medo de dizer não aos filhos, mas não
se deve deixar igualmente de explicar os motivos. Lembremo-nos que explicar os
motivos não é debate-los. Um não é sempre um não!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Pedir perdão quando errar é um
imperativo, mas percebamos que não é um simples “desculpe-me”. Pedir perdão é
assumir que estava errado, ao passo que desculpar-se é não assumir o erro, mas
leva-lo em conta de um mero acidente. Reconhecer o erro enobrece a pessoa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Um lar em harmonia não é um lar
que não tem desentendimentos, mas um lar que consegue superá-los com
maturidade. Muito ainda se poderia dizer, mas deixo a cargo da experiência
cotidiana revelar os mistérios e alegrias de uma relação familiar madura.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l3 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<!--[if !supportLists]--><span><span>3)<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span> </span>As chamadas segundas uniões<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Agora que já vimos o matrimônio
em seus meandros, podemos considerar o objetivo de nossa reflexão: as chamadas
segundas uniões. É necessário, contudo, um olhar atento ao magistério perene da
Igreja que se manifesta atualizando a palavra de Deus nos nossos dias sem se
descuidar de um acurado olhar para o homem. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Em 1981, o Beato João Paulo II,
contempla na <a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/EXORTA%C3%87%C3%83O%20APOST%C3%93LICA">Exortação Apostólica Familiaris
Consortio</a>, no item IV, a pastoral familiar nos casos difíceis e ensina que
“a separação deve ser considerada remédio extremo, depois que se tenham
demonstrado vãs todas as tentativas razoáveis” e convida a comunidade cristã a
não desamparar o cônjuge separado afim de que ele viva uma autentica vida
cristã superando a solidão e conservar a fidelidade nesta situação cultivando o
perdão e a possibilidade de abertura para reatar o casamento. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Sugere, assim, aos separados uma
vida fiel, prescindindo de uma nova união resguardando assim a fidelidade a si
e ao Senhor. Não raro vemos pessoas que se separaram e não contraíram novas
núpcias a fim de permanecerem na comunhão eucarística. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
“Análogo é o caso do cônjuge que
foi vítima de divórcio, mas que - conhecendo bem a indissolubilidade do vínculo
matrimonial válido - não se deixa arrastar para uma nova união, empenhando-se,
ao contrário, unicamente no cumprimento dos deveres familiares e na responsabilidade
da vida cristã. Em tal caso, o seu exemplo de fidelidade e de coerência cristã
assume um valor particular de testemunho diante do mundo e da Igreja, tornando
mais necessária ainda, da parte desta, uma acção contínua de amor e de ajuda,
sem algum obstáculo à admissão aos sacramentos.” <a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftn15" name="_ftnref15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[15]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<o:p> </o:p>Todo o esforço para que os que
se encontram nesta situação não se sintam abandonados ou excluídos da Igreja é
requerido principalmente da parte dos pastores.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Em 1997, na <a href="http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/speeches/1997/january/documents/hf_jp-ii_spe_19970124_plenaria-pc-family_po.html">“XIII
ASSEMBLEIA PLENÁRIA DO PONTIFÍCIO CONSELHO PARA A FAMÍLIA”</a> ao reafirmar que
os casais em segunda união não podem ser admitidos à mesa da comunhão e nem à confissão<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftn16" name="_ftnref16" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[16]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>,
expressa a necessidade de uma atenção ao casal e aos seus filhos,
principalmente aos do casamento precedente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Em 2000 o Pontifício Conselho
para a família emanou, sob o comando do Card. Trujillo, o documento intitulado “<a href="http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/family/documents/rc_pc_family_doc_20001109_de-facto-unions_po.html">FAMÍLIA,
MATRIMÔNIO E “UNIÕES DE FATO</a><span class="MsoHyperlink">”</span>” que incidiu
luz sobre este tema. Embora o termo “uniões de fato” não diga respeito somente
aos casais em segunda união, este documento abrange bem a concepção estranha do
mundo moderno sobre o matrimônio e denuncia erros que redundam em minimização
do matrimônio e, consequentemente, da família.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Realça principalmente o valor
que há na família tal como querida por Deus não só para os seus entes, mas
também para a sociedade como um todo. Distingue as várias modalidades de
“uniões” e corrige o erro do chamado “amor livre” que, exatamente por não
compreender o sentido mais puro de responsabilidade, contradiz-se por que o
amor será tanto mais livre quanto mais responsável e não há responsabilidade
real se o amor não for uma resposta ao que Deus quis originariamente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<!--[if !supportLists]--><span><span>a)<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]-->Vida em Cristo na Igreja<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
A Vida em Cristo e na Igreja aos
casais que se encontram em segundas núpcias não está vedada, por conta daquela
restrição à comunhão eucarística. Não estão impedidos de viver uma verdadeira
comunhão com Cristo na Igreja e, exatamente por isso, gozam os fiéis nessa
situação da solicitude dos pastores. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
A Congregação para a Doutrina da
fé lembrou que “é necessário esclarecer os fiéis interessados para que não
considerem a sua participação na vida da Igreja reduzida exclusivamente à
questão da recepção da Eucaristia. Os fiéis hão de ser ajudados a aprofundar a
sua compreensão do valor da participação no sacrifício de Cristo na Missa, da
comunhão espiritual, da oração, da meditação da palavra de Deus, das obras de
caridade e de justiça” <a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftn17" name="_ftnref17" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[17]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<!--[if !supportLists]--><span><span>b)<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]-->Comunhão Eucarística<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Decerto,
reiteradas vezes o Magistério se pronunciou nesta matéria, mas de modo mais
explícito, o Card. Josef Ratzinger, na <a href="http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_14091994_rec-holy-comm-by-divorced_po.html">Carta
aos Bispos da Igreja Católica a Respeito da Recepção da Comunhão Eucarística
por Fiéis Divorciados Novamente Casados</a> resgata sinteticamente, porém
suficientemente, a doutrina católica mostrando que não se trata, contudo, de
uma punição ou discriminação, mas de uma impossibilidade real, uma vez que seu
estado de vida contradiz aquela união entre Cristo e a Igreja que é expressa
pela comunhão. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Ademais,
há que se ter aquela recomendação de São Paulo, segundo a qual “Todo aquele que
comer do pão ou beber do cálice do Senhor indignadamente será réu do Corpo e do
Sangue do Senhor. Por conseguinte que cada um examine a si mesmo antes de comer
desse pão e beber desse cálice, pois aquele que come e bebe sem discernir o
Corpo, come e bebe a própria condenação” <a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftn18" name="_ftnref18" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[18]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>.
Desta forma, quando a Igreja reafirma a impossibilidade da comunhão eucarística
aos novamente casados o faz por zelo e cuidado, para que não sejam condenados.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Não
obstante, não lhes fica vedada a contemplação fervorosa da hóstia. Essa
comunhão espiritual se torna uma verdadeira comunhão à medida que se torna uma
“<i>manducatio per visum</i>” [manducação
pelo olhar], não só na missa, mas também na vigílias eucarísticas, na adorações
e bênçãos do Santíssimo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<!--[if !supportLists]--><span><span>c)<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]-->Pastoral
e participação<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Embora os documentos da igreja
falem em uma participação ativa na vida pastoral da comunidade, não especificam
exatamente em que campo poderia atuar um casal que se encontra em segundas
núpcias. No entanto, é possível entrever algumas pistas desta atuação na <i>Familiaris Consortio</i><a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftn19" name="_ftnref19" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[19]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
“Sejam exortados a ouvir a
Palavra de Deus, a frequentar o Sacrifício da Missa, a perseverar na oração, a
incrementar as obras de caridade e as iniciativas da comunidade em favor da
justiça, a educar os filhos na fé cristã, a cultivar o espírito e as obras de
penitência para assim implorarem, dia a dia, a graça de Deus. Reze por eles a
Igreja, encoraje-os, mostre-se mãe misericordiosa e sustente-os na fé e na
esperança.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<o:p> </o:p>A frequência à Santa Missa e a
escuta da palavra de Deus permanecem um dever de amor, acima de qualquer coisa.
Não existiria real impedimento de um casal de segunda união que tenha
comprovada vida eclesial e sérias disposições em viver, naquilo que podem, os
mandamentos da Igreja participar da liturgia da missa fazendo leituras ou
participando da animação litúrgica (momentos como a procissão das ofertas,
comentaristas das missas, cantando no coro ou em ministérios de música).
Algumas atividades que envolvam, pela força do ofício, a comunhão eucarística
(tais como o ministério do Acolitato ou mesmo o ministério da distribuição
eucarística e a função de catequista) consistiriam numa dificuldade para os
recasados por força da necessidade da prática da comunhão eucarística.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Outro vasto campo de ação
pastoral encontra-se nas pastorais caritativas e nos grupos de estudo
bíblico-catequético onde são convidados a escutarem atentamente à Palavra de
Deus. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Abre-se também um grande campo
de atuação nos grupos de oração e de evangelização onde poderão dar verdadeiro
testemunho de perseverança e fé animando a outras pessoas a participarem
igualmente da vida na Igreja. Os pastores devem empenhar-se em criar
oportunidades para retiros e atividades que instem a convivência fraterna entre
os casais em segunda união num verdadeiro clima de unidade e fraternidade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
CONCLUSÃO<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Como pudemos perceber, não
resulta em trabalho de pouca monta perfazer a noção exata do Magistério da
Igreja no que diz respeito ao matrimônio e as situações especiais. A Igreja tem
buscado acolher e orientar os casais de modo que não se vejam frustrados os
projetos matrimoniais ao mesmo tempo em que tenta assistir os casais em segunda
união. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
Via de regra, não se pode
esquecer que a situação especial, mesmo que compreensível, não garante
justificativa para admitir à comunhão eucarística os casais em segunda união
que deverão ser instruídos sobre seu estado com a clareza e a franqueza que se
hauri do Evangelho.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
A verdade não exclui a
gentileza, antes a requer de modo a acolher sempre a pessoa reconhecendo a
dignidade da qual é constituída e que deve ser respeitada conferindo ao casal
em segunda união a acolhida misericordiosa de Cristo.<o:p></o:p></div>
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8.0pt;"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 8.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span style="font-size: 8.0pt;"> [Do grego </span><span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 8.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Σχιζοφρένεια</span><span style="font-size: 8.0pt;">] <i>esquizofréneia</i>
(esquizo- + grego phrên, -enós, diafragma, coração + -ia).<span> </span>Para além de um sentido psiquiátrico, onde
esquizofrenia significa “mente dividida” significando a dissociação entre a
realidade e o pensamento da pessoa, se prestássemos atenção à etimologia da
palavra grega perceberíamos a verdadeira doença que toca a sociedade hoje: Um
coração isolado da realidade pelo diafragma dos vícios que debilitam o
escolher.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8.0pt;"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 8.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span style="font-size: 8.0pt;"> Interessante foi a percepção do escritor Luís Fernando
Veríssimo: “Quando o casamento parecia a caminho de se tornar obsoleto,
substituído pela coabitação sem nenhum significado maior, chegam os gays para acabar
com essa pouca-vergonha.”<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8.0pt;"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 8.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span style="font-size: 8.0pt;"> [do grego </span><span style="font-family: Symbol; font-size: 8.0pt;">Sozo</span><span style="font-size: 8.0pt;">] <i>sozo</i>: a palavra grega pode ser tanto
traduzida pelo verbo curar, como pelo verbo salvar.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8.0pt;"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 8.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span style="font-size: 8.0pt;"> Estão aqui estabelecidas finalidades do matrimônio:
bem dos cônjuges, geração e educação dos filhos.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8.0pt;"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 8.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span style="font-size: 8.0pt;"> A indissolubilidade pode ser dita <i>intrínseca</i> (impossibilidade de ruptura do vínculo pelo próprio
cônjuge) e extrínseca (impossibilidade de ruptura pela autoridade pública
embora, neste caso, admitam-se algumas exceções Cf. Cân. 1141-1150).<span> </span><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn6">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftnref6" name="_ftn6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8.0pt;"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 8.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span style="font-size: 8.0pt;"> Cf. CCC. 1603<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn7">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftnref7" name="_ftn7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8.0pt;"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 8.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span style="font-size: 8.0pt;"> CCC. 1617<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn8">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftnref8" name="_ftn8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8.0pt;"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 8.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span style="font-size: 8.0pt;"> Mateus 19,8<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn9">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftnref9" name="_ftn9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8.0pt;"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 8.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span style="font-size: 8.0pt;"> CCC. 1655<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn10">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftnref10" name="_ftn10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8.0pt;"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 8.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span style="font-size: 8.0pt;"> “Mt 19, 4-5: “Respondeu-lhes Jesus: Não lestes que o
Criador, no começo, fez o homem e a mulher e disse: Por isso, o homem deixará
seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e os dois formarão uma só carne”<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn11">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftnref11" name="_ftn11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8.0pt;"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 8.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span style="font-size: 8.0pt;"> CNBB. Aos Jovens com Aféto. Subsídio Afetividade e
Sexualidade v. II. Brasília: Edições CNBB, 2011.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn12">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftnref12" name="_ftn12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8.0pt;"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 8.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span style="font-size: 8.0pt;"> <i>Ibidem, </i>fascículo
28.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn13">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftnref13" name="_ftn13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8.0pt;"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 8.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[13]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span style="font-size: 8.0pt;"> Isto é, obrigação de responder pelas ações próprias,
pelas dos outros ou pelas coisas confiadas.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn14">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftnref14" name="_ftn14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8.0pt;"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 8.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[14]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span style="font-size: 8.0pt;"> In: CASTRO, Flávio Cavalca de. Casal em Diálogo. 7Ed.
Aparecida. Editora Santuário,2007. p.7.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn15">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftnref15" name="_ftn15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8.0pt;"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 8.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[15]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span style="font-size: 8.0pt;"> Familiaris Consortio, n 83 in </span><a href="http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/apost_exhortations/documents/hf_jp-ii_exh_19811122_familiaris-consortio_po.html"><span style="font-size: 8.0pt;">http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/apost_exhortations/documents/hf_jp-ii_exh_19811122_familiaris-consortio_po.html</span></a><span style="font-size: 8.0pt;"> consultado em 04/10-2011<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn16">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftnref16" name="_ftn16" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 8.0pt;"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 8.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[16]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span style="font-size: 8.0pt;"> “A reconciliação pelo sacramento da penitência - que
abriria o caminho ao sacramento eucarístico - pode ser concedida só àqueles
que, arrependidos de ter violado o sinal da Aliança e da fidelidade a Cristo,
estão sinceramente dispostos a uma forma de vida não mais em contradição com a
indissolubilidade do matrimónio. Isto tem como consequência, concretamente, que
quando o homem e a mulher, por motivos sérios - quais, por exemplo, a educação
dos filhos - não se podem separar, «assumem a obrigação de viver em plena
continência, isto é, de abster-se dos actos próprios dos cônjuges»” Ibid. n 84<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn17">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftnref17" name="_ftn17" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[17]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
<span style="font-size: 8.0pt;">Cf. CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ, Carta aos
Bispos da Igreja Católica a Respeito da Recepção da Comunhão Eucarística por
Fiéis Divorciados Novamente Casados, n 6 in </span><a href="http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_14091994_rec-holy-comm-by-divorced_po.html"><span style="font-size: 8.0pt;">http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_14091994_rec-holy-comm-by-divorced_po.html</span></a><span style="font-size: 8.0pt;"> consultado em 04/10-2011<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn18">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftnref18" name="_ftn18" title=""></a><span> </span><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[18]</span></span><!--[endif]--></span></span>
<span style="font-size: 8.0pt;">(1 Cor 11,27-29)</span><o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn19">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Segunda%20uni%C3%A3o.docx#_ftnref19" name="_ftn19" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[19]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> <span style="font-size: 8.0pt;">Cf<i>. Familiaris
Consortio</i>, n 84</span><o:p></o:p></div>
</div>
</div>
<div>
<div id="ftn19">
</div>
</div>
Ascendat ad Tehttp://www.blogger.com/profile/10726554442159722427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7698904203760346236.post-942803641197959922011-09-28T17:09:00.000-03:002011-09-28T17:35:42.479-03:00Deus e o Homem<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center; text-indent: 18.0pt;">
<div style="text-align: center;">
INTRODUÇÃO<o:p></o:p></div>
</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS2nH_-jKEnuzolJNYf_w_Zd4ab69N2f8ZGO-_Y3ew4WuzQHM3ImsnBM06uf9-f79fVURCIR-EMICD5hlqv22nK1MqdLpEiXF9hGZNQHvjIew0NyJrh3gq80DHUp2n-XE-cM_jPdNefGxc/s1600/cri.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="310" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS2nH_-jKEnuzolJNYf_w_Zd4ab69N2f8ZGO-_Y3ew4WuzQHM3ImsnBM06uf9-f79fVURCIR-EMICD5hlqv22nK1MqdLpEiXF9hGZNQHvjIew0NyJrh3gq80DHUp2n-XE-cM_jPdNefGxc/s400/cri.png" width="400" /></a>Abordar de maneira simples e direta a questão da dignidade do homem a
partir da Constituição Pastoral <i>Gaudium
et Spes</i> é uma tarefa que requereria um grande esforço e demandaria um
espaço de tempo quase que infinito, já que o assunto toca o nosso mistério mais
significativo: a nossa união ontológica com Deus e nosso agir em vista dele.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Propomo-nos de uma forma singela a apresentar de forma breve, mas
buscando um olhar espiritual, a dignidade do homem. Fazemo-lo a partir da
relação entre DEUS E O HOMEM, isto é, criador e criatura através de uma
pergunta que a muito ecoa na história do pensamento humano e que buscamos sua
resposta pelo caminho da Palavra de Deus.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Em seguida, queremos mostra que esta descoberta gera um agir e que este
agir está fulcrado na consciência moral do homem que reproduz, em seu silencio,
o grito de auto- conhecimento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Não pretendemos esgotar o assunto, antes lançamos questionamentos sobre o
HOMEM E DEUS, acompanhando um movimento anabático que requer do homem
conhecimento de si e domínio de seu ser rumo ao que se orienta naturalmente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Essa resposta só pode ser apreendida se, no âmbito do amor, entendermos
que nossa diretriz máxima e irrevogável, comunicada por Deus, deve ser seguida
retamente e aperfeiçoada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Ainda uma advertência deve ser feita: conhecer-se a si mesmo é o
principio do conhecimento de Deus, isto é, conhecer sua consciência e dignidade
é conhecer-se diante de Deus.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<o:p> </o:p> </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 54.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 54.0pt; text-align: justify; text-indent: -36.0pt;">
I.<span style="font: normal normal normal 7pt/normal 'Times New Roman';">
</span>DEUS E O HOMEM<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 180.0pt; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 180.0pt; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
“<i><span style="font-family: Symbol;">Pantwn crhmatwn metron estin anqrwpoV, twn men
ontwn, wV estin twn d</span>´</i><i><span style="font-family: Symbol;">ouk ontwn wV ouk estin</span></i>”<a href="file:///E:/tabalhos%20academicos/STM%20o%20Homem.doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">[1]</span></span></span></a><i><o:p></o:p></i></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 180.0pt; text-align: right; text-indent: 18.0pt;">
<i>(Protágoras)<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Colocar o problema da dignidade do homem numa perspectiva teológica é
antes de tudo estabelecer o nexo entre ele e seu Criador, estabelecer a sua medida
e seus limites buscando uma compreensão do
homem, que é magnânima, mas que nunca ultrapassa Deus, seu autor e fim
último. A dignidade do homem é antes de tudo, reflexo de sua condição
criatural. Nascido das mãos de Deus é coroação da criação, marcado pela
contingência é eterno mendigo de Deus. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
O homem tem naturalmente a capacidade de domesticar tudo a sua volta, e
de buscar intervir em sua realidade no sentido de transformar e aperfeiçoar o
ambiente para sua vivencia e conveniência, de forma que todas as coisas lhes
são ordenadas. Imprime com isso sua marca no mundo e procura um fim ultimo para
si e sua obra. Muitas vezes acomodou-se em si mesmo e, de certa forma, acabou
por perder-se em suas medidas das coisas e de si mesmo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
1.1. A pergunta que grita mesmo no silêncio.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 180.0pt; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
“<i>Quid est homo?</i>”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
A pergunta que acaba por nos
assaltar, em dado momento da vida é exatamente sobre a essência e existência
deste ser em especial que encerra em si uma fortaleza inexpugnável e uma
fraqueza abissal, esta pergunta ressoa
nos corações da humanidade desde há muito tempo, vários ensaios de
resposta foram propostos, uns radicais e outros simplesmente fatalistas. Uns
cheios de esperança e outros dotados de um profundo <i>non sense</i>. Uns tentaram exaustivamente enclausurar o ser do homem
em um conceito de essência, outros simplesmente preferiram somente a existência
que se diz a medida do tempo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Todas as questões propostas e discutidas sobre o homem, tem em si um “Q”
de verdadeiro, mas encerram muitos aspectos que acabaram por resvalar sua
imagem e, por conseguinte, a sua dignidade natural de forma a desconfigurar o
verdadeiro rosto do homem, dotado de uma dignidade impar e de uma série de
características que compõem o seu ser homem em plenitude, justamente por que
evocam uma característica com essência inegável.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Resgatar, em nossos dias o rosto, reconstruindo o homem e captando dele
sua proveniência não é trabalho de pouca monta, já que se a dignidade é grande,
igualmente grande foi o estrago feito, não só por teorias laterais ou erronias,
mas por uma profunda marca da práxis amoral e antinatural de nosso século, prática
esta que foi forjada ao longo do tempo, como a chuva que corrói, aos poucos, a
maior das rochas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Essa pergunta, que se apresenta no silêncio das reflexões, e grita ao
mundo com um espantoso e sonoro berro que não foi dado, causa a inquietude e a
tranqüilidade, revela a fraqueza e a fortaleza, revela e vela o mistério do
homem de hoje e de sempre.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Compreender essa pergunta é responder sem respondê-la! É, muitas vezes,
saciar-se de migalhas na busca de
compreender aquilo que somos sem nunca encerrar a questão num conceito plástico que não nos leva senão a
uma decepção, já que nossa dignidade alça vôos mais altos que nossa própria
mente não consegue conhecer a priori: “Ainda não se manifestou o que havemos de
ser...” <a href="file:///E:/tabalhos%20academicos/STM%20o%20Homem.doc#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">[2]</span></span></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Compreender a dignidade do homem é muitas vezes olhar características
pela impossibilidade de olhar o todo, e não se contentar com elas nem deixar-se
cair na tentação de ficar somente com uma parte, mas saber que ela se encaixa,
positiva ou negativamente num todo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
1.2. Caminho de resposta, caminho de esperança.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 180.0pt; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
“Pois as Sagradas Escrituras ensinam que o homem foi
criado ‘à imagem de Deus’, capaz de conhecer e amar seu Criador, que o
constituiu senhor de todas as coisas terrenas para que as dominasse e usasse,
glorificando a Deus”<o:p></o:p></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 180.0pt; text-align: right; text-indent: 18.0pt;">
(Gaudium et Spes)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 180.0pt; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Apresentar uma chave de resposta é sempre um problema em nível
filosófico, pois existem tantas chaves quanto existem páginas escritas, cada
uma com sua relevância própria e seu caráter próprio.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Contudo, dentro de nossa proposta teológica, nos deparamos com uma série
de testemunhos da Sagrada Escritura, ou que dela decorrem que atestam
claramente a via de resposta a seguir. Contudo, não é impossível conjugar, por
oposição ou por corroboração às teses contidas na Sagrada Escritura. Se
pegarmos o mais nihilista dos autores, veremos que capta do homem uma faceta
que é de fato pertencente ao homem, mas que não diz todo o ser do homem, e que
está igualmente expressa, de certa forma na Sagrada Escritura.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 180.0pt; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
“Basta evocar brevemente os textos bíblicos
principalmente, os dos capítulos iniciais do Gênesis, tão conhecidos, tão
simples, tão ricos e que definem, ao mesmo tempo que a contingência e humildade
do homem, sua nobreza de ‘imagem de Deus’...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 180.0pt; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
O autor sagrado emociona e nos emociona ao escrever
estas verdades essenciais: a de nossa dignidade nativa, a de nossa vocação
régia, a da complementariedade dos sexos na identidade da mesma natureza
diviniforme.”<a href="file:///E:/tabalhos%20academicos/STM%20o%20Homem.doc#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">[3]</span></span></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Entender a complexidade do homem a partir das escrituras (e daí ver o
homem em sua perspectiva religiosa, isto é, enquanto relaciona-se como criatura
com Deus, seu Criador) torna-se uma viagem na dignidade do homem composto da
“linfa” do céu e, ao mesmo tempo, do limo da terra.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 180.0pt; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
“O senhor Deus
formou o homem do barro da terra, e inspirou-lhe no rosto um sopro de vida e o
homem se tornou vivente.” <a href="file:///E:/tabalhos%20academicos/STM%20o%20Homem.doc#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">[4]</span></span></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 180.0pt; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
“Aqui se expressa não só provirmos de uma deliberação
e de uma palavra do Criador, mas que também nas entranhas somos aparentados com
o Cosmos, ao Jardim que Ele nos deu para cultivar. A poesia da concepção está
admiravelmente traduzida naquela escultura<a href="file:///E:/tabalhos%20academicos/STM%20o%20Homem.doc#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">[5]</span></span></span></a>
medieval que representa adão ainda emergindo, quanto ao busto, do barro moldado
pelas mãos de Deus, mas já trazendo no rosto os traços de seu modelador.” <a href="file:///E:/tabalhos%20academicos/STM%20o%20Homem.doc#_ftn6" name="_ftnref6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">[6]</span></span></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 180.0pt; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Assim, estabelecido a origem do homem a partir da Sagrada Escritura como
caminho de resposta à questão do homem, chegamos a algo que nos deixa
boquiabertos. Um estupor diante desse mistério da criação que se impõe inegável
diante de nossa inteligência. O homem em relação com o Cosmos e o homem à
semelhança de Deus!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Vislumbrar esse mistério e contemplar essa dignidade é antes um ponto de
partida para compreender todo o nosso “<i>modus
vivendi</i>”, que um ponto de chegada. Este estupor antes de paralisar, aguça o
nosso ser e nos atrai para tal mistério.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
O homem, nesta perspectiva é sempre um ser complexo e sempre necessitado
de um Ser que o dê significado. É alguém que domina, sempre em função de Outro
como um fim ultimo não só de si, mas de todas as coisas que manipula, e é
dominado posto que “fizeste-nos para ti, e inquieto está o nosso coração,
enquanto não repousa em ti”<a href="file:///E:/tabalhos%20academicos/STM%20o%20Homem.doc#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">[7]</span></span></span></a> .
Sua dignidade se mistifica, na sua origem divina e se desmistifica na sua
compreensão ontológica e relacional com o mundo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
O caminho está traçado, resta-nos caminhar ou rejeitar essa estrada, que
embora estreita, é bela justamente porque encerra nosso ser humano e nosso ser
divinizado por amor de Deus que se dá e nos interpela por uma resposta.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<o:p> </o:p> </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 54.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 36.0pt; text-align: justify; text-indent: -36.0pt;">
II.<span style="font: normal normal normal 7pt/normal 'Times New Roman';">
</span>O HOMEM E DEUS<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 180.0pt; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 180.0pt; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
“<i>Por ser imagem
de Deus o individuo humano tem a dignidade de pessoa: ele não é apenas alguma
coisa, mas alguém. É capaz de conhecer-se, de possuir-se e de doar-se
livremente e entrar em comunhão com outras pessoas, e é chamado por graça a uma
aliança com seu Criador, a oferecer-lhe uma resposta de fé e de amor que
ninguém mais pode dar em seu lugar.</i>”<i><o:p></o:p></i></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 180.0pt; text-align: right; text-indent: 18.0pt;">
<i>(Catecismo
da Igreja Católica, n. 357)<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
De fato a dignidade do homem provém de um lacre na alma que o identifica
como criatura de Deus dotada de uma incrível virtude. Na consciência o homem
descobre e decifra um código segundo o qual age, mas que não é elaborada por
ele mesmo e à qual está obrigado. Tal dignidade faculta o individuo a responder
livremente aos apelos de seu coração por algo de eterno e a agir segundo esta
perspectiva constante em si.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
É um movimento diabático, de convite e resposta, que envolve o homem em sua totalidade e o faz
agir de acordo com uma norma a qual não pode rejeitar e que lhe diz faça isso e
não aquilo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
2.1. O silêncio que possibilita um grito<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 180.0pt; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
“<i>A consciência é
uma Lei de Nosso Espírito que ultrapassa nosso espírito, nos faz imposições,
significa a responsabilidade e dever, temor e esperança... É a mensageira
daquele que, no mundo da natureza bem como no mundo da graça nos fala através
de um véu, nos instrui e nos governa. A consciência é o primeiro de todos os
vigários de Cristo.</i>”<o:p></o:p></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 180.0pt; text-align: right; text-indent: 18.0pt;">
<i>(Newman)<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<o:p> </o:p>No silencio da consciência do homem, uma palavra ecoa para o bem dele
mesmo que traz como conseqüência pratica e imediata o bem de outros e que é
reflexo, por própria condição de criatura, como vimos, de Deus.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Essa intimidade que circunda o homem o impulsiona ao bem moral,
ratificando a própria dignidade do homem. Assim, quanto mais obedece aos
ditames da reta consciência, mais o homem naturalmente se aproxima de Deus e
mais reconhece Nele seu próprio rosto, desvendando os mistérios de si e de seu
Sumamente Outro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Contudo, para ouvir a vos de sua consciência é necessário um altíssimo
grito! O grito do “eu mesmo”, isto é, o conhecimento de si em uma escala cada
vez mais crescente. O adágio socrático “Conhece-te a ti mesmo” faz referencia
perfeita a este grito do auto conhecer-se. De fato a possibilidade que nos
proporciona a consciência é o grito de nós mesmos de nossa dignidade, vontade e
inteligência conjugada nas ações livres.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
O homem diz o seu ser no que faz, isto é, no seu agir revela Deus em sua
intimidade na consciência. Tal é a implicância e exigência desta dignidade: a
retidão da consciência moral.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
O Concílio, fazendo eco a Pio XII, ao afirmar que: “A consciência é o
núcleo secretíssimo e o sacrário do homem onde ele está sozinho com Deus e onde
ressoa a sua voz”<a href="file:///E:/tabalhos%20academicos/STM%20o%20Homem.doc#_ftn8" name="_ftnref8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">[8]</span></span></span></a> quer nos
propor exatamente a dignidade da consciência que precisa conhecer-se à luz de
Deus em sua intimidade única. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Assim, na busca de formular e dirigira as ações, o conhecer-se e o
conhecer a Deus são duas diretrizes que incidem na mesma consciência em vista
do bem. Não se pode de fato ignorar a consciência, uma vez que esta propõe um
agir segundo tais parâmetros. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Desta forma a dignidade do homem, só se realiza e tem sentido na ação
consciente para o bem, tanto o moral quanto o metafísico, que é proposto
naturalmente. Fazer o bem constitui o
ordinário e natural na vida do homem e é exatamente esse agir que o conforma ao
seu criador e o dignifica como criatura para o bem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<o:p> </o:p><o:p> </o:p> </div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center; text-indent: 18.0pt;">
CONCLUSÃO<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Nestes pequenos parágrafos nos detivemos em estabelecer o ligame entre o
Deus e o homem, enquanto criador que dota a criatura de capacidade e dignidade
para encontrá-lo em todas as coisas e, ao mesmo tempo, a transcendê-las rumo
descoberta de si, que desemboca necessariamente num agir segundo Aquele de quem
é imagem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Depois de tantas teorias e práticas parciais de compreensão do ser do
homem apresentamos um caminho de contemplação do rosto de Deus e, por
conseguinte, do rosto do homem e, tendo chegado na contemplação de sua
dignidade, estabelecemos o agir segundo a consciência.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
É evidente que não pretendíamos esgotar a questão, ao contrário, pretendíamos levantar questionamentos sobre
um caminho seguro que nos mostrasse o homem em sua dignidade e em seu agir que
a revela.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
É fato que outros pontos mereceriam um olhar mais atencioso, mas que
romperia com nosso escopo: o de descobrir na dignidade e auto-conhecimento do
homem, um caminho para Deus.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<table border="1" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoTableGrid" style="border-collapse: collapse; border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-yfti-tbllook: 1184;">
<tbody>
<tr>
<td style="border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 432.2pt;" valign="top" width="576"><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
BIBLIOGRAFIA<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<b><i>Fontes<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 45.0pt; text-align: justify; text-indent: -27.0pt;">
<b><i>Concilio Vaticano II, </i></b><i>Constituição Pastoral Gaudium et Spes. </i>Petrópolis,
Vozes, 1968.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 45.0pt; text-align: justify; text-indent: -27.0pt;">
<b><i>Catecismo da Igreja Católica – Edição
típica vaticana. </i></b>São Paulo, Loyola, 1999.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 45.0pt; text-align: justify; text-indent: -27.0pt;">
JOÃO PAULO PP<b><i>.</i></b> II, Carta encíclica <i>Veritatis Splendor.</i> São Paulo Paulinas, 1993.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 45.0pt; text-align: justify; text-indent: -27.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 45.0pt; text-align: justify; text-indent: -27.0pt;">
<b><i>Obras consultadas<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 45.0pt; text-align: justify; text-indent: -27.0pt;">
SADA, R e MONROY. <b><i>Curso de Teologia Moral, </i></b> 2º Edição. Lisboa, Rei dos Livros, 1992<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 45.0pt; text-align: justify; text-indent: -27.0pt;">
S. AGOSTINHO. <b><i>Confissões</i></b>. São Paulo, Paulus,
1984.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 45.0pt; text-align: justify; text-indent: -27.0pt;">
GOMES, C. F. <b><i>Riquezas da mensagem Cristã.</i></b> Rio
de Janeiro, Lumem Christ, 1981.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 45.0pt; text-align: justify; text-indent: -27.0pt;">
MORA, J.F. <b><i>Dicionário de Filosofia.</i></b> São
Paulo, Martins Fontes, 2001.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 45.0pt; text-align: justify; text-indent: -27.0pt;">
<br /></div>
<div>
<br />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///E:/tabalhos%20academicos/STM%20o%20Homem.doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt;">[1]</span></span></span></a> “O homem
é a medida de todas as coisas, das que são enquanto são e das que são enquanto
não são”<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///E:/tabalhos%20academicos/STM%20o%20Homem.doc#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt;">[2]</span></span></span></a> 1Jo 3,2<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///E:/tabalhos%20academicos/STM%20o%20Homem.doc#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt;">[3]</span></span></span></a> C.F.
GOMES, <i>Riquezas da Mensagem Cristão, </i>p.
239.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///E:/tabalhos%20academicos/STM%20o%20Homem.doc#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt;">[4]</span></span></span></a> Gn 2,7<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///E:/tabalhos%20academicos/STM%20o%20Homem.doc#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt;">[5]</span></span></span></a> Nota de
D. Cirilo: H. de Lubac alude a essa escultura existente na Catedral de Chartres
em “O Drama do Humanismo Ateu”, tr., Porto, pág. 15.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn6">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///E:/tabalhos%20academicos/STM%20o%20Homem.doc#_ftnref6" name="_ftn6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt;">[6]</span></span></span></a> <i>Riquezas da Mensagem Cristão, </i>p. 239. <i><o:p></o:p></i></div>
</div>
<div id="ftn7">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///E:/tabalhos%20academicos/STM%20o%20Homem.doc#_ftnref7" name="_ftn7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt;">[7]</span></span></span></a> S.
AGOSTINHO, <i>Confissões, </i>p. 15.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn8">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///E:/tabalhos%20academicos/STM%20o%20Homem.doc#_ftnref8" name="_ftn8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt;">[8]</span></span></span></a> <i>Constituição Pastoral Gaudium et Spes</i>, n 16.<o:p></o:p></div>
</div>
</div>
Ascendat ad Tehttp://www.blogger.com/profile/10726554442159722427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7698904203760346236.post-5307945761631388482011-09-09T11:04:00.000-03:002011-09-09T11:07:50.598-03:00Ligar e Desligar<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-outline-level: 2; text-align: justify;">
</div>
<table border="1" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoTableGrid" style="border-collapse: collapse; border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-yfti-tbllook: 1184;">
<tbody>
<tr>
<td style="border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 457.0pt;" valign="top" width="609"><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-outline-level: 2; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 28.0pt; margin-top: 0cm; mso-outline-level: 2; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Achei no “rescaldo” do meu
arquivo digital da época de faculdade um trabalho apresentado sobre um tema
interessante: “Ligar e Desligar”. Não lembro bem, mas tenho a impressão de
que esse trabalho foi feito em grupo e como é de se esperar, não lembro,
tampouco, quem foi o grupo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 28.0pt; margin-top: 0cm; mso-outline-level: 2; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Espero que seja boa a leitura e
possa ajudar a compreender o tema.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 28.0pt; margin-top: 0cm; mso-outline-level: 2; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 28.0pt; margin-top: 0cm; mso-outline-level: 2; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Deus abençoe<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-outline-level: 2; text-align: justify;">
<br /></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-outline-level: 2; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-outline-level: 2; text-align: justify;">
INTRODUÇÃO<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Neste trabalho, de forma concisa, apresentar-nos-á os termos “ligar” e
“desligar” no seu significado bíblico e na sua compreensão e aplicação
eclesial.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Partindo, em primeiro lugar, da Escritura, dar-se-á a interpretação dos
textos que se referem a estes termos ou que sejam muito próximos destes<span style="color: red;">.</span> Após, tomando como base trechos do Catecismo Romano
e do Catecismo da Igreja Católica, passar-se-á à compreensão e aplicação
eclesial do “ligar e desligar”. Por fim, vislumbraremos, na Constituição Dogmática
sobre a Igreja, “Lúmen Gentium” do Concílio Ecumênico Vaticano II, os
supracitados termos e o que o concílio tem a dizer sobre eles.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
I. TEXTOS
BÍBLICOS RELACIONADOS AOS TERMOS E SUA EXPLICAÇÃO<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Abordar-se-á agora aos textos de Mt 16,19-20; 18,18 e Jo 20,19-23, pois
são os textos que tratam do assunto em questão. Haverá ainda alguma referência
a outros textos que façam algumas ressonâncias a ele.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<b>1.1. Os textos do evangelho de
Mateus: Mt 16,19; 18,18<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
“A ti darei as chaves do Reino de Deus: o que ligares na terra ficará
ligado no céu; o que desligares na terra ficara desligado no céu” <a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Ligar%20e%20Desligar.doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">[1]</span></span></span></a>. “Eu
vos asseguro que o que ligardes na terra ficará ligado no céu, o que desligares
na terra ficará desligado no céu” <a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Ligar%20e%20Desligar.doc#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">[2]</span></span></span></a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Estes dois textos, segundo Gonzalo Flórez<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Ligar%20e%20Desligar.doc#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">[3]</span></span></span></a>,
se referem ao poder de perdoar pecados cometidos após o Batismo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
O primeiro texto, Mt 16,19 se insere na profissão de fé petrina e na
missão confiada pelo Senhor aos apóstolos, sobretudo a Pedro, chefe deste corpo
apostólico. Segundo Schoëckel, “Pedro terá as chaves de acesso ao Reino de Deus
e terá o poder de julgar, perdoar e condenar, ratificado por Deus” Tal poder é
dado também aos outros apóstolos, como fica claro no texto de Mt 18,18. <a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Ligar%20e%20Desligar.doc#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">[4]</span></span></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Na comunidade judaica, os termos “ligar” e “desligar” se relacionam ao
poder que tinham os principais da comunidade de separar da mesma comunidade
alguns dos membros, seja por má conduta ou doutrina errônea. Primeiro, o
infrator era afastado da comunidade (ligar) depois, podia cumprir uma pena – se
arrependido – e, por fim, ser readmitido na comunidade (desligar). “Ligar” e “desligar”
eram o máximo de poder religioso dos dirigentes. Tal procedimento foi seguido
nas comunidades Judeu-Cristãs.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
A Penitência vivida na Igreja nos primeiros séculos adapta-se a este modo
de entender o poder de ligar e desligar: começa afastando o pecador da comunhão
eucarística, para terminar por readmiti-lo à mesa do Senhor. <a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Ligar%20e%20Desligar.doc#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">[5]</span></span></span></a> A
ação de ligar manifesta a ruptura da aliança com Deus por parte do pecador,
ligando-o ao domínio do diabo para que se disponha a sair desta escravidão e do
seu influxo maligno. <a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Ligar%20e%20Desligar.doc#_ftn6" name="_ftnref6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">[6]</span></span></span></a> <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
O afastamento de um membro, por um tempo, da vida litúrgica da comunidade
e a sua posterior re-incorporação, mais que uma medida moral ou disciplinadora,
explicita a necessidade de viver em verdade e sinceridade a união com Deus e
com os irmãos. A comunhão entre os membros do Corpo de Cristo é um mistério que
deve manifestar-se na vida dos Cristãos, caso em contrário, cabe à Igreja fazer
com que seus filhos trilhem o caminho da reconciliação com Deus e com os
irmãos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Por fim, tais textos podem ser entendidos, tendo diante dos olhos a
missão e a natureza da Igreja. O poder de “ligar” e “desligar” se refere ao
governo da Igreja em todos os seus aspectos (doutrinal, disciplinar,
caritativo, etc.) e também a sua intervenção em relação aos pecadores. Como a
Igreja pode ser entendida também através de categorias jurídicas e
disciplinares, tal interpretação também é válida. “<i>La reconciliación de los pecadores derivaria del ejercicio de la
potestad jerárquica de la Iglesia, em
cuanto atiende a la unidad y disciplina de sus membros.</i>”<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Ligar%20e%20Desligar.doc#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">[7]</span></span></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<b>1.2. Os textos do evangelho
segundo João (Jo 10,19-23)<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 108.0pt; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-left: 108.0pt; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
“Ao entardecer desse dia, o primeiro da semana, os
discípulos estavam com as portas bem fechadas, por medo dos judeus. Jesus
chegou, pôs-se no meio deles e lhes diz: ‘ – A paz esteja convosco! ’ dito isto
mostrou-lhes as mãos e os lados. Os discípulos se alegraram ao ver o Senhor.
Jesus repetiu: ‘ – A paz esteja convosco!’Como o Pai me enviou, eu vos envio’ .
Disse isso, soprou sobre eles e disse-lhes: ‘ – Recebei o Espírito Santo. A
quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; a quem os mantiverdes, ficarão
mantidos”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 108.0pt; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Schoëckel apresenta, na Bíblia do Peregrino, em comentário muito
elucidativo a respeito do texto:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-left: 108.0pt; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
“O poder de perdoar ou imputar pecados soa como
variante de Mt 18,18 e Mt 16,19. A expressão polar (os dois termos) pode
significar totalidade (cf. Is 22,22) o poder simbolizado pelo controle da porta
‘Eu lhe porei no ombro a chave do palácio de Davi: o que ele abrir ninguém
fechará, o que ele fechar ninguém abrirá)’ os verbos estão na passiva
teológica, ‘ficam perdoados’ (por Deus). É um poder que discerne e julga que
reconcilia ou exclui, que se dá em primeiro lugar aos discípulos, e que eles
exercerão de formas diversas (aqui entram as interpretação e explicação
posteriores): admitindo ou não o batismo; na penitência também sacramental
(embora imputar ou reter pecados não seja ato sacramental, mas sim exercício de
poder).”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 108.0pt; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
A saudação do Senhor<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Ligar%20e%20Desligar.doc#_ftn8" name="_ftnref8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">[8]</span></span></span></a>
aos discípulos virá a por fim no medo humano diante do sobrenatural. A paz é
fruto da presença do Ressuscitado. O <u>envio</u> <u>dos</u> <u>discípulos</u>
análogo ao seu próprio envio, da parte do Pai, se relaciona com a ação do
Espírito Santo na Igreja. <u>Jesus</u> <u>sopra</u> sobre os discípulos <u>e</u>
<u>lhes</u> <u>dá</u> <u>o</u> <u>Espírito</u> <u>Santo</u>, que aparece como
dom de consolação, congregação e assistência no cumprimento da missão dos
crentes e discípulos de Jesus. “<i>Todo lo
que precede em la discripcion de esta primera aparición de Jesús a sus discipulos
no viene sino a resaltar la importancia del ‘logion’ final: ‘A quienes
perdonéis los pecados, lês quedam perdonados; a quienes se los retengas (o
imputeis), les quedan retenidos (o imputados)</i><a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Ligar%20e%20Desligar.doc#_ftn9" name="_ftnref9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">[9]</span></span></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
O perdão dos pecados é apresentado como um poder dado por Jesus para ser
exercido na e pela Igreja e não como um mandado de anúncio. Tal poder no Novo
Testamento é uma graça fruto da redenção, presente de Cristo para a Igreja. Os
discípulos tornam-se “<i>portadores del
perdón que El mismo ha conquistado y comunicado</i> <a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Ligar%20e%20Desligar.doc#_ftn10" name="_ftnref10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">[10]</span></span></span></a>”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Quando Jesus diz “... a quem mantiverdes (retiverdes) ficarão mantidos
(retidos) <a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Ligar%20e%20Desligar.doc#_ftn11" name="_ftnref11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">[11]</span></span></span></a>”, fica
mais explicito que ele deu aos seus discípulos poder sobre o perdão dos
pecados. O verbo reter no Novo Testamento significa sujeitar, agarrar ou
apoderar-se de alguém; no caso ele apareceu contraposto a perdoar, com o
sentido de imputar ou de reter.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Tal texto é muito próximo do texto de Mt. Pode-se dizer que, embora
provenientes de tradições diferentes, há uma interdependência entre eles que
tornará mais e melhor compreendido esse poder de ligar/ reter e desligar/
perdoar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
II. “LIGAR” E “DESLIGAR”
NO CATECISMO ROMANO E NO CATECISMO ATUAL.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Além da visão bíblica sobre os termos “ligar” e “desligar” e a sua
compreensão na Igreja, agora, passa-se a tratar desses termos e seus
respectivos significados para a Igreja enquanto são apresentados pelos
catecismos, seja o Catecismo Romano (pós-concílio tridentino) seja o Catecismo
da Igreja Católica (pós-concílio Vaticano II). Tal abordagem permitirá uma
compreensão pastoral acerca do assunto em questão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<b>2.1. “Ligar” e “desligar” no
Catecismo Romano<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
No Catecismo Romano, os termos “ligar” e “desligar” encontram-se na
segunda parte, que trata dos sacramentos, no capítulo quinto, destinado ao
sacramento da Penitência, no parágrafo onze. O fato de os termos situarem-se no
tratado dos sacramentos, em especial o da penitência, mostra a compreensão da
Igreja, sobretudo (e não exclusivamente) no contexto da absolvição ou não dos
pecados. Diz o Catecismo Romano:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 108.0pt; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-left: 108.0pt; text-align: justify;">
“... nos atos e palavras do sacerdote reconhecemos a misericórdia de
Deus, que perdoa esses pecados. Isto é, que provam, absolutamente a palavra do
Salvador: ‘Eu te darei as chaves do Reino dos céus... Tudo o que desligares na
terra, será desligado também no céu’”<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Ligar%20e%20Desligar.doc#_ftn12" name="_ftnref12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">[12]</span></span></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 108.0pt; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Portanto, a Igreja consolida-se, após Trento, na compreensão e na
vivência do sacramento da Penitência como a atualização e realização eclesial
das palavras do Senhor a Pedro. A interpretação de Mt 16,19 e 18,18 juntamente
com a de Jo 10, 19-23 fundamenta o sacramento da Penitência e o seu caráter de
“reunir” o pecador a Deus e à Igreja ou de mantê-lo desunido deles caso não os
procure ou os procure sem arrependimento necessário.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<o:p> </o:p><b>2.2. “Ligar” e “desligar” no
catecismo da Igreja Católica</b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
O atual catecismo apresenta os termos, ou o tema do poder dito “das
chaves” em dois momentos diferentes: O primeiro, na primeira parte – a
profissão de fé Cristã: o Capítulo III – Creio no Espírito Santo; Artigo X – creio
no perdão dos pecados; item II – o Poder das Chaves. O segundo momento, na
Segunda Parte – A celebração do mistério Cristão; Segunda Seção – Os sete
sacramentos da Igreja; No capítulo II – Os sacramentos de cura; no Artigo IV – O
sacramento da Penitência e da Reconciliação; item VI – O sacramento da penitência
e da reconciliação. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Nessas duas ocorrências, quer “ligar” e “desligar”, quer “o poder das
Chaves”, estão inseridos no horizonte do perdão dos pecados e da reconciliação
do Cristão pecador com Deus e com a Igreja. Em primeiro lugar, enfatiza-se o
Cristo que confere aos apóstolos um poder e uma missão de perdoar os pecados:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-left: 108.0pt; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
“Depois da ressurreição, Cristo enviou seus Apóstolos
para anunciar a todas as nações o arrependimento em seu Nome em vista da
remissão dos pecados (Lc 24, 47). Este ‘ministério da reconciliação’ (2Cor
5,18), os Apóstolos e seus sucessores não o exercem somente anunciando aos
homens o perdão de Deus merecido para nós por Cristo e chamando-os à conversão
e à fé, mas também comunicando-lhes a remissão dos pecados pelo Batismo e reconciliando-os
com Deus e com a Igreja graças ao poder das chaves recebido de Cristo.” <a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Ligar%20e%20Desligar.doc#_ftn13" name="_ftnref13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">[13]</span></span></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Depois se acentua mais a dimensão eclesial desse perdão:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-left: 108.0pt; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
“Conferindo aos Apóstolos seu próprio poder de perdoar
os pecados, o Senhor também lhes dá a autoridade de reconciliar os pecadores
com a Igreja. Esta dimensão eclesial de sua tarefa exprime-se principalmente no
solene palavra de Cristo a Simão Pedro: ‘Eu te darei as chaves do Reino dos
céus, e o que ligares na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra
será desligado nos céus’ (Mt 16,19)...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-left: 108.0pt; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
As palavras “ligar” e “desligar” significam: aquele
que excluirdes da nossa comunhão, será excluído da comunhão com Deus; aquele
que receberdes de novo à nossa comunhão, Deus o acolherá também na sua. A
reconciliação com a Igreja é inseparável da reconciliação com Deus” <a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Ligar%20e%20Desligar.doc#_ftn14" name="_ftnref14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">[14]</span></span></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Estes dois textos, que dispensam comentários, deixam claro, portanto que
a Igreja encara quer o “poder das Chaves”, quer o poder de “ligar” e “desligar”
como dons de Cristo para os seus com o fim de edificar a Igreja através do
perdão dos pecados, readmitindo os fieis na comunhão com a comunidade e com
Deus mesmo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<o:p> </o:p> </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<o:p> </o:p>III. “LIGAR” E “DESLIGAR” NA LG 22</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
A Constituição Dogmática sobre a Igreja, do Concílio Vaticano II; ao
tratar da ordem dos bispos e da sua participação no magistério e no regime
pastoral dos Apóstolos, e união com o sucessor de Pedro; acaba por tocar o tema
do “poder das chaves” e dos termos “ligar” e “desligar”. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-left: 108.0pt; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
“...a Ordem dos Bispos, que sucede ao colégio
apostólico no magistério e no regime pastoral, e na qual perdura continuamente
o corpo apostólico em união com a sua cabeça, o Romano Pontífice, e nunca sem
ele, é também detentora do poder supremo e pleno sobre a Igreja universal, mas
este poder não pode ser exercido senão com o consentimento do Pontífice Romano.
Só a Pedro o Senhor pôs como rocha e portador das chaves da Igreja (cf. Mt
16,18s) e constituiu pastor de toda a sua grei (cf. Jo 21,15ss); mas o oficio
que deu a Pedro de ligar e desligar (cf. Mt 16,19), é sabido que o deu também
ao colégio dos apóstolos, unido com sua cabeça (cf. Mt 18,18;28,16-20).<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Ligar%20e%20Desligar.doc#_ftn15" name="_ftnref15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">[15]</span></span></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
O Concílio afirma que as “chaves” foram confiadas a Pedro, isto é, que o
papa é o detentor do poder pleno e supremo sobre a Igreja. As “chaves”, aqui,
são lidas como autoridade máxima, submetida à Palavra, sobre toda a Igreja. O
oficio dado a Pedro de “ligar” e “desligar” também é lido como autoridade e
pastoreio sobre toda a Igreja; mas sobre este ofício é dito que também foi
confiado aos demais apóstolos e, assim, também aos bispos, com a condição da
comunhão com o papa, cabeça do colégio episcopal. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Aqui, os termos “ligar” e “desligar,” são empregados, não negando seu
sentido de exclusão e re-inclusão na comunhão, ou aquele de perdoar ou reter os
pecados, mas no sentido mais amplo que tem o ministério<span style="color: red;">
</span>dos apóstolos na Igreja. Os poderes de excluir e de re-incluir na
comunhão e de perdoar ou de reter os pecados estão contidos naquele mais amplo,
confiado pelo Senhor aos seus apóstolos e aos seus sucessores.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
“Ligar” e “desligar”, na LG 22, indicam, pois, o poder ou a capacidade
dos apóstolos e dos seus sucessores, de administrar na terra os bens do céu e
de agir na terra em nome Daquele que está no céu. Os sucessores dos apóstolos
são assistidos e confirmados em seu pastoreio, ensino e santificação do povo de
Deus pelo próprio Deus, desde que o façam em comunhão com o sucessor de Pedro,
inclusive no que concerne ao sacramento da Penitência.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Portanto, “ligar” e “desligar” aparecem no Concílio Vaticano II
indicando, sem excluir o seu sentido para o sacramento da penitência, a
autoridade e o poder apostólico do papa e dos bispos (autoridade, poder,
concedidos a eles, por Deus, em Cristo, no Espírito Santo, através da sucessão
apostólica) para o serviço de santificação, ensino e pastoreio do povo de Deus.
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
CONCLUSÃO<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Ao fim deste trabalho, fica
patente que os termos “ligar” e “desligar”, contidos em Mt 16, 19 e em Mt 18,
18 podem ser interpretados basicamente de duas formas:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
A primeira interpreta os
supracitados termos referindo-os a Jo 20, 23, ao perdão e à retenção dos
pecados, poder que o Ressuscitado dá aos doze e que é paralelo ao significado
de “ligar” e “desligar”, pois esses termos se referiam à exclusão e re-inclusão
de membros das comunidades judaicas que tivessem cometido alguma falta grave.
Essa primeira interpretação ligou os termos em questão ao contexto penitencial,
pois eles provêm daí, e à prática da penitência, consolidando-se, por fim, na
Confissão sacramental com absolvição dos pecados. Os Santos Padres e a tradição
catequética e doutrinal da Igreja reforçam essa via de compreensão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
A segunda, interpreta “ligar”
e “desligar” no contexto do poder de governo dado pelo Senhor a Pedro em Mt
16,18 e as Doze em Mt 18,18. Tal interpretação enfoca o carisma que os
apóstolos presididos por Pedro receberam para ensinar a verdadeira doutrina,
santificar o povo e guiá-lo para a salvação; poder que foi transmitido aos
bispos e ao papa. Eles, com seu ministério agem em nome e com o poder de Deus
para o bem da Igreja e Deus possibilita e confirma tal ministério: o que é
ligado na terra é ligado no céu. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
Essas duas interpretações não se contrapõem, mas se completam. De fato, a
administração do sacramento da penitência e o perdão dos pecados próprio deste
sacramento são realidades incluídas naquela maior e mais ampla do ministério
dos bispos e do papa e de sua mediação para a Igreja. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 18.0pt;">
<br /></div>
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">Portanto, “ligar” e “desligar” são termos que se
referem à mediação das realidades salvíficas de Cristo para a Igreja, no ministério
dos bispos, sucessores dos apóstolos unidos ao papa; sendo também referentes ao
perdão dos pecados, que é parte desta mediação salvífica e expressão mais
eloqüente dela. </span>
<br />
<div>
<br />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Ligar%20e%20Desligar.doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt;">[1]</span></span></span></a> Mt
16,19.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Ligar%20e%20Desligar.doc#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt;">[2]</span></span></span></a> Mt
18,18.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Ligar%20e%20Desligar.doc#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt;">[3]</span></span></span></a> G.
FLÓREZ, <i>Penitencia y unción de enfermos</i>,
Madrid, 2001, p. 66.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Ligar%20e%20Desligar.doc#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt;">[4]</span></span></span></a> A Bíblia
do Peregrino, São Paulo, 2002. Comentário ao texto de Mt 18,18.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Ligar%20e%20Desligar.doc#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt;">[5]</span></span></span></a> <i>Ibidem</i>, p 67.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn6">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Ligar%20e%20Desligar.doc#_ftnref6" name="_ftn6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt;">[6]</span></span></span></a> <i>Ibid</i>, p.70.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn7">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Ligar%20e%20Desligar.doc#_ftnref7" name="_ftn7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt;">[7]</span></span></span></a> <i>Ibid</i>, pp. 71-72.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn8">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Ligar%20e%20Desligar.doc#_ftnref8" name="_ftn8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt;">[8]</span></span></span></a> <i><span lang="EN-US">Ibid.</span></i><span lang="EN-US"> p.73.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn9">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Ligar%20e%20Desligar.doc#_ftnref9" name="_ftn9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt;">[9]</span></span></span></a> <i><span lang="EN-US">Ibid</span></i><span lang="EN-US">, p. 74.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn10">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Ligar%20e%20Desligar.doc#_ftnref10" name="_ftn10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt;">[10]</span></span></span></a> <i><span lang="EN-US">Ibid</span></i><span lang="EN-US">, p. 75<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn11">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Ligar%20e%20Desligar.doc#_ftnref11" name="_ftn11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt;">[11]</span></span></span></a> Jo
20,23.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn12">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Ligar%20e%20Desligar.doc#_ftnref12" name="_ftn12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt;">[12]</span></span></span></a>
CATECISMO ROMANO, Petrópolis, (sem data) p. 318.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn13">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Ligar%20e%20Desligar.doc#_ftnref13" name="_ftn13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt;">[13]</span></span></span></a>
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, Petrópolis, 1993, n. 981<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn14">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Ligar%20e%20Desligar.doc#_ftnref14" name="_ftn14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt;">[14]</span></span></span></a> <i>Ibid</i>, nn. 1444-45.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn15">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Ligar%20e%20Desligar.doc#_ftnref15" name="_ftn15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt;">[15]</span></span></span></a>
CONCÍLIO VATICANO II, <i>Constituição
Dogmática </i>“<i>Lumen Gentium</i>”,
Petrópolis, 1968 n. 22.<o:p></o:p></div>
</div>
</div>
Ascendat ad Tehttp://www.blogger.com/profile/10726554442159722427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7698904203760346236.post-12929819792109721132011-08-30T19:53:00.002-03:002011-08-30T19:59:47.759-03:00Três moedas para um grande tesouro<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">Três moedas para um grande tesouro</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Fiz uma pregação no Cerco de Jericó da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, no Centro de Rio Bonito, quando celebrei uma das missas que achei interessante. Para partilhá-la com os amigos que nos acompanham, resolvi postá-la em meu blog quebrando o jejum de alguns meses sem novos artigos. A passagem do evangelho que comento é Mt 13, 44-46. Separei três moedas para comprarmos a grande pérola à qual Jesus compara o Céu.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><a href="http://www.4shared.com/audio/jx3-zuk7/Trs_moedas_para_um_grande_teso.html">http://www.4shared.com/audio/jx3-zuk7/Trs_moedas_para_um_grande_teso.html</a></div></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
Agradeço novamente o talento do amigo Luan Xavier por nos conduzir à oração com sua canção! </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Que Deus nos guarde! </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Com minha bênção!</div>Ascendat ad Tehttp://www.blogger.com/profile/10726554442159722427noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7698904203760346236.post-53505452427718792182011-05-14T14:36:00.003-03:002011-05-17T14:07:30.048-03:00Você no caminho de Emaús!<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">No ultimo domingo, dia sete de maio, dias das mães e aniversário da cidade de Rio Bonito, RJ, celebramos, numa missa campal para mais de três mil pessoas, o Terceiro Domingo da Páscoa. Estavam reunidas as três paróquias de nosso município sob a presidência do Pe. Eduardo Braga, pároco de Nossa Senhora da Conceição no Centro de Rio Bonito. Concelebrávamos Pe. Marcos André e eu, que tive a honra de pregar a homilia.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiODSrAOy941CbU4oZunWfSsqmk6fw4JCY-DrsqT2_1VopP71UiDG22gFCH2KTbdiJxaN8YgMlSfMVv6PhWPd9M10gRxCpYhFJ3b5H6Nzjp-j2zcuyLUh4RWCYNnzJ2jkcOaSNhduXrXk4I/s1600/Mensagem+do+Pe.+Fabiano.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="241" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiODSrAOy941CbU4oZunWfSsqmk6fw4JCY-DrsqT2_1VopP71UiDG22gFCH2KTbdiJxaN8YgMlSfMVv6PhWPd9M10gRxCpYhFJ3b5H6Nzjp-j2zcuyLUh4RWCYNnzJ2jkcOaSNhduXrXk4I/s320/Mensagem+do+Pe.+Fabiano.jpg" width="320" /></a></div><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Meditamos no evangelho do dia, os Discípulos de Emaús, por isso dei o título desta homilia de “Você no caminho de Emaús” e gostaria de trazer a gravação para que possamos meditar juntos. <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Agradeço à gentileza de Luan Xavier que nos emprestou sua voz e à comunidade Servir que nos auxiliou com sua técnica musical. <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
Quero agradecer ainda a homenagem do leitor que nos enviou a foto montagem que publicamos. Obrigado pelo carinho.<br />
<br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><a href="http://www.4shared.com/audio/-UupII5F/Voc_no_caminho_de_Emas.html?">Você no caminho de Emaús</a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Boa meditação!<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><a href="http://www.4shared.com/audio/-UupII5F/Voc_no_caminho_de_Emas.html?">http://www.4shared.com/audio/-UupII5F/Voc_no_caminho_de_Emas.html?</a><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div><br />
</div>Ascendat ad Tehttp://www.blogger.com/profile/10726554442159722427noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7698904203760346236.post-43611713577913600622011-03-22T02:22:00.000-03:002011-03-22T02:22:51.372-03:00O Ser Humano não está em extinção!<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"> <img height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg97gSjIfNckuMJGO0NG0XoeIeZ6VyOJDhrJ9q3UU8JIY7xbo0cKM1ictJd6540y6srE6eWKGJyXgt1c0qwL_2R_LMwVtfNjIPtNNP-yq-KmmwH1-QMlroClQdqFKH9wDQFHgat7z1m6Gw/s320/campanha-da-fraternidade-2011.jpg" width="230" /></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">21 de março de 2011. Chega a revista “Época”, da qual sou assinante e procuro ler com freqüência para estar inteirado das notícias do país. Uma página de merchandising, um carro nas seguintes. Folheando, folheando... Página 13... Opa! Primeiro Plano: “Personagem da semana: ‘Pinpoo, a volta do cão prodígio’.” </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">Um vira-lata desaparecido que foi reencontrado depois de 15 dias desaparecido, após ter sido despachado num aeroporto por meio de uma empresa aérea. Página seguinte a integra da matéria, com um final feliz: “Às 22 horas da quarta-feira, dia 16, Nair Flores [a dona do vira-lata] recebeu uma ligação eufórica da mulher do sargento da Brigada Militar Paulo Ribas da Silva, de 53 anos. Ele e dois soldados do batalhão encontraram o cachorro nas cercanias do Salgado Filho [aeroporto em Porto Alegre]. ‘Quando soubemos da fuga, virou questão de honra capturar o cachorro, que andava nas redondezas’ conta Ribas, dono de dois cães. Por três dias, ele bolou estratagemas para capturar Pinpoo”.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">Mais uma página e uma anta! A chamada da matéria, na coluna “Fala Brasil” noticiava que o IBAMA conseguira autuar um fazendeiro de Mato Grosso por caça ilegal de animais silvestres por meio de exame de DNA. O fazendeiro havia dito que a carne que secava ao sol era de porco, quando na verdade era de capivara. Dizia ainda que em 2008 os agentes apreenderam uma porção de carne moída cujas análises demonstraram ser carne de anta.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">Lá pelas tantas, na página 41, um cachorro da raça mastiff tibetano, nomeado Hong Dong vendido por 2,5 milhões [o cão mais caro do mundo] dividia a edição com a propaganda da Petrobras, que trazia a foto de uma tartaruga marinha nadando, e anunciava que “todo ser vivo é igual. Todos precisam de água” e que a empresa iria investir, até 2012, R$ 500 milhões no Programa Petrobras Ambiental, que inclui a preservação de recursos hídricos.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">Para os leitores, até aqui, nada de mais. Preocupação com animais, ecologia, recursos hídricos. Tudo na mais perfeita ordem se não nos deparássemos, fora das páginas da revista, com a depreciação do ser humano. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">Ao que parece, os animais, a natureza e a ecologia são preferidas à preservação do ser humano. Essa idéia, apesar de não ser uma novidade, tem sido passada muito fortemente (ao mesmo tempo em que veladamente) em vários ambientes. Essa corrente de pensamento tem nome: neo-naturalismo e equipara à natureza humana a natureza vegetal e animal. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">Um expoente deste pensamento é <a href="http://spot.colorado.edu/~tooley/CurriculumVitae.html">Michael Tooley</a>. O neo-naturalismo propõe a redução qualitativa e quantitativa do ser humano para garantir a continuidade da perspectiva ecológica. Assim, é preferível a morte de um recém-nascido que a tortura de um animal ou a queimada de florestas.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">Para quem achou exagerada e absurda a proposta, saibam que isto não está longe de nós! Por exemplo, as câmaras de vereadores de Florianópolis e do Rio de Janeiro proibiram a pesquisa cientifica com alguns animais, mas, não raro, vemos muitíssimos políticos defenderem o aborto, as pesquisas com células tronco embrionárias e a morte de anencéfalos.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">Na contramão daquelas nefandas opiniões, afirma o Papa Bento XVI, ao enviar sua mensagem por ocasião da<a href="http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/messages/pont-messages/2011/documents/hf_ben-xvi_mes_20110216_fraternita-2011_po.html"> Campanha da Fraternidade de 2011</a>:</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-left: 150.0pt; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">“O homem só será capaz de respeitar as criaturas na medida em que tiver no seu espírito um sentido pleno da vida; caso contrário, será levado a desprezar-se a si mesmo e àquilo que o circunda, a não ter respeito pelo ambiente em que vive, pela criação. Por isso, a primeira ecologia a ser defendida é a “ecologia humana” (cf. Bento XVI, Encíclica <i><a href="http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/encyclicals/documents/hf_ben-xvi_enc_20090629_caritas-in-veritate_po.html">Caritas in veritate</a></i>, 51). Ou seja, sem uma clara defesa da vida humana, desde sua concepção até a morte natural; sem uma defesa da família baseada no matrimônio entre um homem e uma mulher; sem uma verdadeira defesa daqueles que são excluídos e marginalizados pela sociedade, sem esquecer, neste contexto, daqueles que perderam tudo, vítimas de desastres naturais, nunca se poderá falar de uma autêntica defesa do meio-ambiente.”</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">Com este simples parágrafo o Pontífice solapa não só as perspectiva de Tooley, mas também as idéias de Skinner, para quem a verdade é um objetivo alcançado através do mensurado e quantificado, isto é, um conhecimento válido e experimental, enquanto os conceitos como pessoa, natureza e dignidade humana, bens fundamentais e outros perdem sua cientificidade; as idéias de M. Farrell, D. Lyons e T. Scanlon que reconhecem o direito a vida e seus correlatos (direito a ser concebido na família e através do ato conjugal), mas insistem que esses direitos não estão necessariamente presentes em casos concretos e pontuais e podem ser deixados de lados para o crescimento social; as teses de Foucault que negam a titularidade dos direitos humanos, já que o ser humano é constituído por estruturas inconsciente e, desse modo, a vida da pessoa humana pertence ao grupo que detém o poder de modo que, quando o proletariado tomasse o poder, poderia coagi-la com violência sangrenta; os absurdos de H. Triston Engelhardt e R. Dowokkin (dois autores muito presente na área da bioética) que, embora aceitando a natureza humana, seu valor e o conceito de pessoa humana, afirmam a distinção entre ser humano e ser pessoa, abrindo caminhos de morte, por que só pessoas têm direito e em particular direito a vida, mas que, o ser humano só é pessoa quando é adulto capaz de arrazoados e responsável por seus atos de modo que os não nascidos, doentes, deficientes são seres humanos, mas não pessoas e por isso não têm direito a vida e podem ser mortos.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">Decerto, o leitor pode não ter conhecido os autores que citamos neste artigo, no entanto, certamente já se deparou com essas idéias, de modo velado ou não e, pode até ter concordado com elas sem ver o que está por detrás de cada um dos arrazoados sem razões legítimas e sem saber que, no fundo, concordava como uma cultura de morte. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">Vem em nosso auxílio o Magistério Papal de Bento XVI que nos ensina que: </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-left: 150.0pt; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">“O primeiro passo para uma reta relação com o mundo que nos circunda é justamente o reconhecimento, da parte do homem, da sua condição de criatura: o homem não é Deus, mas a Sua imagem; por isso, ele deve procurar tornar-se mais sensível à presença de Deus naquilo que está ao seu redor: em todas as criaturas e, especialmente, na pessoa humana há uma certa epifania de Deus. «Quem sabe reconhecer no cosmos os reflexos do rosto invisível do Criador, é levado a ter maior amor pelas criaturas» (Bento XVI, <i><a href="http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/homilies/2011/documents/hf_ben-xvi_hom_20110101_world-day-peace_po.html">Homilia na Solenidade da Santíssima Mãe de Deu</a>s</i>, 1 de Janeiro de 2010).”</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">Não esperemos que o ser humano seja declarado “espécie em extinção” para defendermos os valores da cultura da vida, mas, ao contrário, nos empenhemos com atitudes de vida para um mundo que entenda, viva e colabore para que outros tenham vida plenamente. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 36pt;"><br />
</div>Ascendat ad Tehttp://www.blogger.com/profile/10726554442159722427noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7698904203760346236.post-8170932395994302012011-02-08T11:15:00.001-02:002011-03-21T09:50:35.833-03:00“Prova de amor maior não há que doar a vida pelo amigo”<div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><br />
<div style="text-align: justify;">Pensava no mistério de Deus que insiste em nos surpreender com momentos e pessoas que não imaginávamos, mas que tanto necessitávamos. Pensei na paróquia, nos paroquianos, nos amigos mais próximos, em mim e, finalmente no grande Dom de Deus que agora nos une. Que belo mistério que celebramos!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Não deve ser a paróquia um pouquinho de nossas casas? Aqui deve acontecer o mistério do amor: prático e gratuito. Cada um dos paroquianos que aqui se reúne para amar a Deus sobre todas as coisas deverá sempre buscar a reciprocidade concreta. Cada amigo que daqui se aproximar deverá antes se aproximar de Deus. E eu – este pequeno e frágil instrumento – devo buscar viver e ensinar a viver esse grande dom: a Amizade!</div><div style="text-align: justify;"><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhll1cHbExdmm733Hf_bWzfABdaWf_OQaJ8z-rIf3caNnl-p69Hkpk4WIPjgi742q8WdKw4ymDE-SKQ9llnPoxpMrmSsloI_ZCk5yKwDxQbYqd_W0C_H5P_5BjfJvv8E8FNrFvvtBilZFpX/s1600/DSC05553.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhll1cHbExdmm733Hf_bWzfABdaWf_OQaJ8z-rIf3caNnl-p69Hkpk4WIPjgi742q8WdKw4ymDE-SKQ9llnPoxpMrmSsloI_ZCk5yKwDxQbYqd_W0C_H5P_5BjfJvv8E8FNrFvvtBilZFpX/s320/DSC05553.JPG" width="320" /></a></div><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
Mas esses elementos: Amor prático e gratuito; reciprocidade concreta; proximidade com Deus; e, por fim, pequenez são os ingredientes de uma Verdadeira Amizade em Cristo. Nisto todos se igualam e são importantes, porque todos, Absolutamente todos, podem oferecer o dom da Amizade!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">É óbvio que nem sempre os amigos fazem o que queremos, mas é certo que todos os amigos sempre buscam fazer o bem. É certo que nem sempre os amigos são tão bons como pensamos ou o quanto desejamos, mas eles sempre buscam fazer o melhor que podem, e por isso são bons ao seu modo. Também os amigos nem sempre são capazes de ser tão grandes quanto imaginamos, mas, às vezes, o que precisamos é de alguém que consiga ser tão pequeno a ponto de chorar ou rir conosco em todos os momentos. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em fim, o que a nossa paróquia – e me sinto feliz e honrado ao dizer “nossa paróquia” – precisa é do grande dom da Amizade que, diante de Deus, nos torna todos iguais. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Por isso, nossa proposta pastoral não pode e nem deve ser outra senão a de deixarmos para lá tudo aquilo que não constrói essa Amizade. Conto com vocês, cada um de vocês, para juntos construir sobre o sólido alicerce da Amizade, uma paróquia na qual possamos receber e transmitir o Grande Dom de Deus.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A Virgem Santíssima, nossa Grande Amiga, porque é mãe, nos assistirá com sua Onipotência Suplicante neste belo caminho que vai requerer nosso esforço.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Com Maria para construir na Amizade uma paróquia que cresce em Santidade!</div><br />
<br />
<br />
<strike><br />
</strike>Ascendat ad Tehttp://www.blogger.com/profile/10726554442159722427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7698904203760346236.post-29474046005275271782010-12-22T12:09:00.000-02:002010-12-22T12:09:40.489-02:00Pio XII era mesmo culpado?<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">Muitas vezes a história, por pior que o pareça, é distorcida e controvertida. O caso mais nefando que se pode contar entre o número destas barbáries é, sem dúvida o caso do Papa Pio XII que foi acusado de apoiar Hitler na chamada “solução final”. Disso o acusaram os autores Rolf Hochhuth, na peça teatral “O Vigário de Cristo”<a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=7698904203760346236#_ftn1" name="_ftnref1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[1]</span></span></span></span></a> e Jonh Cornwell na obra “O Papa de Hitler”<a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=7698904203760346236#_ftn2" name="_ftnref2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[2]</span></span></span></span></a>.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFUPFT5cwelY5QlIwMi7JBLLQyEeMhGz74J6dsbpUeCBN4EcWUsEthk49XwLKNEcOFLrT3tlTt8S45XYLXgsKnSUL4qkqORO2DDbLrhgcz0HJhH452Ix_gXNq2plDxbMoLQ_9wKOye5LbW/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="149" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFUPFT5cwelY5QlIwMi7JBLLQyEeMhGz74J6dsbpUeCBN4EcWUsEthk49XwLKNEcOFLrT3tlTt8S45XYLXgsKnSUL4qkqORO2DDbLrhgcz0HJhH452Ix_gXNq2plDxbMoLQ_9wKOye5LbW/s200/images.jpg" width="200" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">Não obstante a vociferação inútil em prol de denegrir a imagem do Grande Papa dos Judeus, vozes advogadas destinaram seus esforços em trazer à tona a verdade dos fatos de modo a colocar a história de novo no eixo da verdade.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">O jornalista Andrea Tornielli, nascido em Chioggia (Itália) em 1964, licenciado em Letras clássicas, recolheu num volume muito denso e não menos completo, os testemunhos em favor da postura de Pio XII. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">Em seu livro “Pio XII, o Papa dos Judeus” Tornielli procura não só apontar os fatos históricos relativos àquela sombria época, mas os documenta e recorre a inúmeros autores (uma lista bibliográfica de oitenta e um livros consultados) para abalizar a verdade sobre os fatos.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">Tornielli, além de evidenciar os erros de pesquisa de Cornwell, mostra ainda que a aquela pseudo pesquisa que visou denegrir o Papa dos Judeus não foi tão acurada assim, uma vez que os registros de entrada da Biblioteca Vaticana só guardam de Cornwell três únicas visitas. Corrige também, várias vezes, erros de datação cometidos pelo autor de “O Papa de Hitler”.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">Percorre muitíssimos documentos, não só da Santa Sé, mas também de embaixadas e governos para mostrar a voz de Pio XII contra a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Shoa</i> e o nacional socialismo. Outrossim, recorda os grandes manifestos de Judeus agradecidos pela intervenção do Papa na luta por esconder os Judeus perseguidos – desde as grandes deportações em massa, passando pela abertura dos mosteiros, conventos (inclusive a quebra das clausuras papais) e a abertura das nunciaturas até as portas abertas de Castel Gandolfo e do Vaticano que acolheram um número expressivo de Judeus fugidos da perseguição nazi.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">Recolhe tanto os pedidos de intervenção antes e durante a Grande Guerra quanto os agradecimentos enviados por eminentes judeus no pós-guerra. Apresenta em números as ajudas do Papado e apresenta assim a grande influencia da Igreja por meio de Pio XI e Pio XII.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">Da nunciatura em Alemanha ao Trono Pontifício no Vaticano, Eugenio Pacelli traçou o mais importantes liame entre judeus, cristãos e poder temporal por meio de uma intrincada rede de influências – quer oficiais, por meio das nunciaturas, que extra oficiais, por meio de suas ordens secretas aos núncios, bispos, padres e religiosos, em favor de salvar o maior número possível de Judeus.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">O ponto máximo do livro, certamente é tornar claro o labirinto político e diplomático no qual se encontrava Pio XII e que o levou a tomar as posturas políticas que fizeram a história acontecer:</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-left: 180.0pt; text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">“No discurso ao Sacro Colégio por ocasião da festa de Santo Eugenio, Pio XII diz claramente e com todas as letras que há pessoas que, por causa da sua pertença a uma determinada estirpe são submetidas a ‘coações exterminadoras’. ‘Por outro lado, não vos admireis, veneráveis irmãos e dilectos filhos, se o nosso espírito responder com solicitude particularmente cuidadosa e comovida às súplicas daqueles que se dirigem a nós, ansiosamente, atormentados como estão por razão da sua nacionalidade ou <i style="mso-bidi-font-style: normal;">da sua estirpe</i>, por maiores desgraças e com dores mais agudas e destinados, por vezes também sem culpa sua a coacção exterminadoras. Não esqueçam os que regem os povos que aquele que (para usar a linguagem da Sagrada Escritura) ‘detém a espada’ não pode dispor da vida e da morte dos homens, a não ser<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>segundo a lei de Deus, de quem lhe vem todo o poder”</div><div class="MsoNormal" style="margin-left: 180.0pt; text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">(TORNIELLI, A. Pio XII, O Papa dos Judeus. Livraria Civilização Editores, Porto.)</div><div class="MsoNormal" style="margin-left: 180.0pt; text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_MU0CD-Dvw_G6Q2D9p-w5O8HzyMskuzXdmxidjd3R6c-5_Q5n7PMQl3gA1OdwOBTW8ooQCgR4P_7D4zZEBHmcysXVjOszJahZ7xodDj36QQGJKapnjMqhXWWFTF12w_f_zhBXofkBApS0/s1600/digitalizar0002.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_MU0CD-Dvw_G6Q2D9p-w5O8HzyMskuzXdmxidjd3R6c-5_Q5n7PMQl3gA1OdwOBTW8ooQCgR4P_7D4zZEBHmcysXVjOszJahZ7xodDj36QQGJKapnjMqhXWWFTF12w_f_zhBXofkBApS0/s320/digitalizar0002.jpg" width="200" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin-left: 180.0pt; text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">O autor coloca ainda em paralelo com as ações da Santa Sé naquele nefando episódio as parcas ações de autoridades Aliadas em favor dos judeus. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">O Livro Pio XII, o Papa dos Judeus tem 399 páginas que incluem um apêndice com reproduções de autógrafos de Pacelli – incluindo as correções autógrafas de Eugenio Pacelli na <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Mit brennender Sorge<a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=7698904203760346236#_ftn3" name="_ftnref3" style="mso-footnote-id: ftn3;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[3]</span></b></span></span></span></a></i> e foi editado pela editora portuguesa Livraria Civilização Editores, Porto. Um Livro que realmente traz à luz uma parte da história que se tentou manter obscurecida.</div><div style="mso-element: footnote-list;"><br clear="all" /> <hr align="left" size="1" width="33%" /> <div id="ftn1" style="mso-element: footnote;"> <div class="MsoFootnoteText"><a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=7698904203760346236#_ftnref1" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[1]</span></span></span></span></a><span style="mso-ansi-language: DE;"> <span lang="DE">Hochhth R., <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Der Stellvertreter</i>, Rohwolt Verlag, Hamburgo 1963; ________. Il Vicario, Feltrinelli, Milão 1964<o:p></o:p></span></span></div></div><div id="ftn2" style="mso-element: footnote;"> <div class="MsoFootnoteText"><a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=7698904203760346236#_ftnref2" name="_ftn2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[2]</span></span></span></span></a><span lang="DE" style="mso-ansi-language: DE;"> Cornwell, J., Il Papa di Hitler, Garzanti, Milão, 2000. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div></div><div id="ftn3" style="mso-element: footnote;"> <div class="MsoNormal"><a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=7698904203760346236#_ftnref3" name="_ftn3" style="mso-footnote-id: ftn3;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[3]</span></span></span></span></a> <span style="font-size: 10.0pt;">“Com profunda preocupação” de 14 de Março de 1937. Carta Encíclica de Pio XI que fez a condenação expressa e formal dos erros do nacional-socialismo alemão (nazismo).<o:p></o:p></span></div><div class="MsoFootnoteText"><br />
</div></div></div>Ascendat ad Tehttp://www.blogger.com/profile/10726554442159722427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7698904203760346236.post-46101663530229882222010-11-01T11:58:00.001-02:002010-11-22T16:57:55.734-02:00A Conversão Da Princesa<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">O Senhor havia dito que é mais fácil um camelo passar no fundo de uma agulha que um rico entrar no céu (cf. Mt 19,24) e, como sempre, não estava errado! Muitas vezes, junto com a riqueza matéria, social e até cultural, vem um sentimento de auto-suficiência que leva-nos ao fechamento. Por este motivo um rico não entra no reino do céu!</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">O reino do céu é participação em Deus, no Cristo, por meio do Espírito Santo – o que é fruto do amor, uma vez que é a abertura para o bem, quer contemplado, quer experimentado, quer feito. O fechamento a isso (a auto-suficiência, portanto) é o que chamamos de egoísmo.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Não raro vemos também tais atitudes nas pessoas financeiramente menos abastadas e esse fato põe a claro que a “riqueza” de que Jesus fala não está relativa à quantidade de bens, mas à quantidade de apego a nós mesmos e a nossas coisas, de ordem material, emocional ou espiritual. </div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">A Princesa Dona Alessandra Romana dei Principi Borghese, em seu livro “Com Olhos Novos, a história da minha conversão” [Publicado em português pela editora portuguesa DIEL em outubro de 2006], põe diante de nós, nas linhas que testemunham seu encontro com Cristo, o “NOVO de Deus” a que sua gradual experiência a conduziu: a compreensão de que era necessário abandonar-se nas mãos de Deus reconhecendo que “... todos nós não passamos de filhos necessitados de perdão, de compreensão, de amor, de esperança. Mas todos sob um olhar onde convivem misericórdia e justiça.” (BORGHESE, A. Com Olhos Novos, a história da minha conversão. Lisboa. DIEL, 2006 p. 16).</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoF8jzGShmB1XTvbWoUgPhQ9qG112eqTMCSBiZ0KTbkcN4rPE1chQIRG7EeGbuCxrPA9FVuowAAjtr-h4yiQHaubeyfNGHbNXWr2bR9BKe0IwOOaOuHFb1hBhDYCiVew1lxIHofpqPnW9c/s1600/olhos+novos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoF8jzGShmB1XTvbWoUgPhQ9qG112eqTMCSBiZ0KTbkcN4rPE1chQIRG7EeGbuCxrPA9FVuowAAjtr-h4yiQHaubeyfNGHbNXWr2bR9BKe0IwOOaOuHFb1hBhDYCiVew1lxIHofpqPnW9c/s320/olhos+novos.jpg" width="207" /></a></div><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Uma profunda vivência que ultrapassa, com o amor, a mera teoria e, gerando uma mudança no coração fez sua vida ser vista com olhos novos. Ao concluir seu livro, a autora declara sonoramente aos homens e mulheres de hoje:</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 134.7pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">“Seja o que Deus quiser. Digo-o com firmeza, pois doravante sei que minha fé não é cega nem sentimental. É antes um acto de libérrima obediência Àquele que, como vim finalmente a descobrir, estava apaixonado por mim (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ibid.</i> p.190).</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 134.7pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Certamente um testemunho de conversão que também nos levará a considerar a nossa vida com olhos novos.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div>Ascendat ad Tehttp://www.blogger.com/profile/10726554442159722427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7698904203760346236.post-23429986828132705162010-10-23T08:06:00.002-02:002010-10-23T08:12:07.393-02:00Vocação, Medos e Armas<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 20px;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 12pt;"><span style="color: #d99594;"><span style="text-decoration: underline;"><strong><em>Nota:</em></strong></span> Escrevi e publiquei este artigo no Jornal Rio Bonito Católico da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição - Rio Bonito/ Centro, no mês de Agosto de 2010.</span><span style="color: #333333;"><br />
</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #d99594; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 12pt;">CARVALHO, Fabiano. <strong><em>Vocação, Medos e Armas</em></strong>.Rio Bonito Católico, Rio Bonito, Agosto 2010.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; line-height: normal;"> </span></div><br />
Não muito cedo, em minha experiência vocacional com Deus, tive a plena certeza de que era necessário perder o medo para deixar as armas para traz e isso me deu condições de visibilidade no horizonte da vida, que nem sempre é límpido e retilíneo. Creio que, para o jovem de hoje, é necessário também deixar os medos e as armas para traz de modo a assumir maduramente a vocação.<br />
<br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Como seminarista, trabalhei num encontro de jovens cuja média etária era de 15 à 18, e uma pergunta foi feita numa dinâmica: “o que neste mundo lhe causa medo?”. A expectativa de resposta por parte dos organizadores era algo em torno dos assuntos mais expostos na mídia: assaltos, guerra, narcotráfico e problemas de ordem social. Qual não foi a surpresa dos organizadores ao se depararem com uma resposta de outra ordem e dimensão!</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
Pareceu unânime: os jovens tinham medos de ordem pessoal! Coisas como não ser bem sucedido, não saber o que fazer, não conseguir seguir uma carreira ou profissão. Tudo isso revelava um medo de ver seus projetos e planos frustrados por um mundo competitivo e desigual na área pessoal.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
O resultado me fez refletir o porquê de um jovem daquela faixa etária estar tão amedrontado com as perspectivas de futuro se, teoricamente, tem todas as expectativas à sua frente, com todas as oportunidades e o vigor da própria juventude.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
Mas o resultado abriu em mim outra reflexão que me fez entrar nos meus próprios medos! Por aquela época eu estava no terceiro ano de teologia e também tinha dois medos: o medo de ser padre e o medo de não ser padre. Muitas vezes os medos são tão grandes em nós que simplesmente não temos palavras para formulá-los e nem sempre conseguimos pensá-los.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
O medo das responsabilidades do sacerdócio, a preocupação em ser fiel àquilo que queria assumir e de dar conta de todas as coisas relativas à vida do sacerdote já no seminário e o peso de ter que ser bom para ser sacerdote causava imenso medo. Mas essa moeda tem dois lados e o outro lado era exatamente o oposto, o medo de não ser padre, afinal eu já tinha dedicado muitos esforços, muito tempo e vários investimentos de muitas ordens. Tudo isso eram medos.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
Vi que esses medos eram combatidos com armas que nem sempre eram corretas e até muitas vezes agressivas: vaidade para tentar parecer o melhor, atitudes irresponsáveis para fugir aos estereótipos, questionamentos extremamente críticos que geravam exigências exageradas comigo mesmo e com os outros. Paralisava-me pensar em ser ou não ser padre e passei umas semanas nesse beco sem saída tentando achar armas humanas para superá-lo. Cada vez que buscava armas, os medos aumentavam.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
Então, diante de Jesus sacramentado encontrei uma resposta (não por mim, eu mesmo não seria capaz dela, mas uma inspiração): era necessário deixar os medos e as armas! No beco sem saída, a saída era o alto! A lógica era simples: Deus é onisciente, sabe todas as possibilidades: as de eu ser padre, as de eu não ser padre e de ser qualquer outra coisa na vida. Mas esse Deus que é conhecedor de todas as possibilidades é também o Deus que me ama, isto é, não quer meu mal, não quer minha morte. Sendo assim a saída para esse medo era não lutar mais com minhas armas, mas deixar que Deus decidisse por que o que ele fizesse seria bom para mim. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
Aqui o abandono em Deus foi a atitude de segurança, porque Ele me chamou, Ele me acompanha e Ele me espera. Foi quando consegui sair do beco do medo e ver a minha história de vida e vi que minha vocação já tinha sido gravada nela e que cada etapa, cada momento costurava com muita delicadeza uma proposta de amor. Neste momento senti-me pisando num chão, seguro e forte, senti-me no chão de minha própria vida e então o meu sim era mais meu que das circunstâncias, mas meu que dos outros, mais meu que dos medos.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
Só abandonando os medos e as armas pode-se olhar para o alto e descobrir Deus que sempre fez história na história particular de cada um. Com base nessas experiências pessoais com Deus é possível olhar a vida como o “lugar” onde Deus fala e, pisando com segurança e carinho nesta história de vida por Deus construída, pode-se dizer um sim de amor sincero e seguro, por que é Ele mesmo quem garante, no amor, nossas escolhas. Então a resposta à vocação é acertada e a possibilidade de felicidade é concretizada.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
Pe. Fabiano de Carvalho</div>Ascendat ad Tehttp://www.blogger.com/profile/10726554442159722427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7698904203760346236.post-29279536314613483242010-10-20T16:31:00.003-02:002010-10-23T08:14:02.365-02:00Missão<div class="MsoNormal" style="margin-left: 54.0pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 20px;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 12pt;"><span style="color: #d99594;"><span style="text-decoration: underline;"><strong><em>Nota:</em></strong></span> Escrevi e publiquei este artigo no Jornal Rio Bonito Católico da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição - Rio Bonito/ Centro, no mês de outubro de 2010.</span><span style="color: #333333;"><br />
</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #d99594; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 12pt;">CARVALHO, Fabiano. <strong><em>Vocação, Medos e Armas</em></strong>. Rio Bonito Católico, Rio Bonito, Outubro 2010.</span></div><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 20px;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: #d99594; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 16px;"><b><i><u><br />
</u></i></b></span></span></div><br />
<br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-left: 54.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">“A Igreja é chamada a repensar profundamente e a relançar com fidelidade e audácia sua missão nas novas circunstâncias latino-americanas e mundiais. Ela não pode fechar-se frente àqueles que pretendem cobrir a variedade e a complexidade das situações com uma capa de ideologias gastas ou de agressões irresponsáveis. Trata-se de confirmar, renovar e revitalizar a novidade do Evangelho arraigada em nossa história, a partir de um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, que desperte discípulos e missionários.”<o:p></o:p></span></div><div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">(<span style="font-size: 10pt;">Documento de Aparecida, 11)<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;"><span class="Apple-style-span" style="color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 20px;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: #d99594; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 16px;"><b><i><u><br />
</u></i></b></span></span></div><br />
<br />
Com estas palavras o Documento de Aparecida abre uma visão esclarecedora sobre a idéia de missão na Igreja de modo atualizado, sem perder, contudo, a centralidade do mandato missionário: “Ide pelo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mc 16,15).</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">Colocar Jesus novamente no centro da missão é uma tarefa importante para toda a Igreja que, ao mesmo tempo em que se torna urgente, figura como um impulso natural do coração que, tendo encontrado a alegria de ser cristão, deseja comunicar a todos esse mesmo dom.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">A missão, portanto, enquanto é anúncio de uma experiência pessoal com Jesus Cristo tem como base a comunidade dos crentes, a oração e a eucaristia. Esses aspectos não devem ser de modo algum negligenciados na nossa espiritualidade paroquial. Essa é a abertura necessária frente ao mundo para dialogar ao mesmo tempo em que anuncia o mistério da Salvação em Cristo. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">Transformar o anúncio do Evangelho em simples expressão de uma pseudo fraternidade universal descaracterizaria o próprio mandato de Cristo de modo que ocorreria uma cisão entre Reino de Cristo e o próprio Cristo o que acarretaria num empobrecimento do mandato missionário. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">Essa dinamicidade do anúncio missionário da verdade de Cristo, sugere o Documento de Aparecida, é incrementada pelo método “ver, julgar e agir”: “Este método implica em contemplar a Deus com os olhos da fé através de sua Palavra revelada e o contato vivificador dos Sacramentos, a fim de que, na vida cotidiana, vejamos a realidade que nos circunda à luz de sua providência e a julguemos segundo Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, e atuemos, a partir da Igreja, Corpo Místico de Cristo e Sacramento universal de salvação, na propagação do Reino de Deus, que semeia nesta terra e frutifica plenamente no Céu.” (Documento de Aparecida, 19)</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">Sem dúvida alguma, nossa história, mesmo que alguns tentem apagar, está marcada pela influência da Igreja. Neste aspecto, a sociedade em geral é devedora da ação missionária da Igreja. Contudo, esse âmbito histórico não deve nos deixar entorpecido, mas deve nos impulsionar a irmos além e continuar influenciando, contribuindo e corrigindo na sociedade as atitudes humanas. <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">Nossa missão, deste ponto de vista, se estende para outros âmbitos cuja contribuição moral podemos e devemos oferecer, uma vez que, sendo perita em humanidade, a Igreja deseja defender, como de fato defende, o ser humano em sua integridade, do nascimento à sua morte natural.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">Pode-se facilmente perceber que nossa missão não alcança só uma “propaganda” sobre um personagem, mas uma mudança de atitude e uma conversão moral de toda a sociedade, começando pelo individuo.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">Diante de todos esses elementos é necessário empreender uma nova reflexão para uma nova atitude missionária de modo a tornar tão efetivo quanto afetivo nosso empenho missionário que leve a bom termo nossos esforços pelo homem e, através dele, pela sociedade. </div>Ascendat ad Tehttp://www.blogger.com/profile/10726554442159722427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7698904203760346236.post-88674133050877977202010-05-03T13:47:00.003-03:002010-10-20T16:34:37.744-02:00Com Maria no Cenáculo Manifestar a Glória de Deus no mundo<span xmlns=""></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 12pt;"><span style="color: #d99594;"><span style="text-decoration: underline;"><strong><em>Nota:</em></strong></span> Escrevi e publiquei este artigo no Boletim Informativo da Paróquia de São João Batista em Praça Cruzeiro, no mês de Maio de 2010.</span><span style="color: #333333;"><br />
</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #d99594; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 12pt;">CARVALHO, Fabiano. <strong><em>Com Maria no Cenáculo Manifestar a Glória de Deus no mundo</em></strong>.Católicos em Ação, Rio Bonito, Maio 2010.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Da Anunciação à Pentecostes desenrola-se um mistério poucas vezes percebido, mas muito concreto que é atualizado em nossa vida eclesial e pessoal. Esse é o caminho que liga a Virgem Mãe de Deus e Pentecostes à Igreja e, nela, cada um de nós: entrar neste mistério de amor e celebrar com a Igreja o mês Mariano na perspectiva de Pentecostes em vista da santidade.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Esse mistério que une em um só instante o tempo e a eternidade nos faz contemplar a Glória de Deus que: (1) No Antigo Testamento, quando Deus fez descer sobre a Tenda da Reunião sua sombra, encheu o templo (cf. Ex. 40,34); (2) No Novo Testamento, quando a mesma sombra envolveu a Virgem Maria na Anunciação, a encheu com sua graça (cf. Lc 1, 35b) e em (3) Pentecostes, quando o Espírito fecundou a Igreja, sua esposa reunida no cenáculo, a fez testemunhá-lo ao mundo (Cf. At 2).</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Naqueles eventos – aparentemente estanques – o Espírito Santo é o amalgama da vida interior que os une intimamente ao Cristo. Maria, como espelho da Igreja é quem nos traz o exemplo de cristãos e nos ensina a viver no Espírito como Igreja. A mulher que é portadora da promessa para todo novo povo de Deus se deixou fecundar pelo Espírito, do mesmo modo que o antigo povo recebeu o Espírito de Deus. Estende-se uma ligação ininterrupta entre aquele povo que viu a Glória de Deus e a Mulher que dá espaço em sua vida para que a Glória de Deus se encarne e habite em nosso meio.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A Igreja experimenta no Cenáculo aquilo que fora prefigurado na Tenda da Reunião e realizado na Anunciação, deixando-se fecundar pelo Espírito Santo e manifestando ao mundo de maneira inequívoca que nesta Nova Tenda da Reunião, com Maria, está o Cristo vivo: a Glória de Deus no mundo.</div><div style="text-align: justify;">O sentido de Pentecostes é perene e atualizado por meio da mediação de Maria que abre espaço em si para que se realize a prefiguração do Êxodo ao mesmo tempo em que convida a Igreja a abrir-se à fecundidade do amor por meio do Espírito Santo gerando Cristo em nós. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nosso itinerário como cristãos, segue os passos da Igreja: Como Maria, receber o Espírito Santo no Cenáculo e adorar em nós o Deus escondido. Adorá-lo em cada momento de nossa vida (no lar, nas escolas, nas oficinas e escritórios, nas ruas e hospitais)!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nestas atitudes a Igreja, Nova Tenda da Reunião, se une à Virgem Maria, Serva do Senhor e expressa a Glória de Deus que alcança todos os homens em todos os tempos e lugares.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #d99594; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 12pt;"><strong><em><br />
</em></strong></span> </div>Ascendat ad Tehttp://www.blogger.com/profile/10726554442159722427noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7698904203760346236.post-52651882120889043002010-03-21T14:24:00.006-03:002010-10-20T16:35:15.904-02:00São José<span xmlns=""></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9Mv3ld2hwgVJ2HhddnWuDWa7vfc77Riw9HaSINzo58sjuTDZD2yAZfx5cPnr1vahbbaqDHd7RD_GfZFUtq1pJUVSY04-J63RfxM4eqsJ7sIHtYRkCfADni_gF0WZGNdpZp-gKkf2e3m-_/s1600-h/SAGRAD~1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9Mv3ld2hwgVJ2HhddnWuDWa7vfc77Riw9HaSINzo58sjuTDZD2yAZfx5cPnr1vahbbaqDHd7RD_GfZFUtq1pJUVSY04-J63RfxM4eqsJ7sIHtYRkCfADni_gF0WZGNdpZp-gKkf2e3m-_/s320/SAGRAD~1.JPG" vt="true" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #4f81bd; font-size: 20pt;"><strong><em>São José</em></strong></span></div><div style="text-align: justify;">Sobre São José o evangelho não guardou muitas palavras. Seu nome aparece somente 17 vezes ao longo do novo testamento (Mt = 9, Mc = 0, Lc = 6 e Jo = 2). Para comparar, o nome "Maria" aparece, no Novo Testamento, 61 vezes aproximadamente e o nome Jesus 1154 vezes.<br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;">Não se registram quaisquer palavras suas e tampouco sua historiografia. Contudo, seu exemplo silencioso é muito eloqüente. Desde o princípio da Igreja, os Padres da Igreja puseram em relevo a figura de São José como guarda da Sagrada Família. Assim se expressa Leão XIII na Encíclica <em>Quamquam Pluries</em> "As razões pelas quais o beato José deve ser padroeiro especial da Igreja, e a Igreja se empenha muito à tutela e ao seu patrocínio, nascem principalmente do fato que ele foi esposo de Maria e pai putativo de Jesus Cristo. Daqui vieram todas as suas grandezas, a graça, a santidade e a glória." (Leão XIII, Pp. Quamquam Pluries 10).<br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;">Exemplo de vida doméstica, São José foi esposo casto de Maria e Pai putativo de Jesus e, por isso, é chamado Patrono da Igreja, conforme lembra João Paulo II já na introdução da encíclica <em>Redemptoris Custos:</em> "assim também guarda e protege o seu [de Cristo] Corpo místico, a Igreja, da qual a Virgem Santíssima é figura e modelo" (n. 1).<br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;">Humilde e sempre pronto, obedeceu aos desígnios de Deus, mesmo quando não os compreendia. Exemplo de amor fiel a Cristo e à Virgem nos convida a imitação das virtudes dos grandes Patriarcas do Antigo Testamento: Amor incondicional a Deus, Empenho voluntário e amoroso com o plano de Deus, Fortaleza diante dos homens para escolher sempre o bem, pureza para saber ouvir e guardar em seu coração a voz de Cristo, humildade no serviço.<br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;">Ao educar aquele por quem se fez o céu e a terra, sabendo que Jesus era-lhe submisso e ao custodiar castamente à Virgem Maria, demonstra na sua humildade e zelo puríssimo o modelo de pai de família, ao mesmo tempo em que é modelo de vida consagrada.<br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;">São José é de fato nosso pai, uma vez que estamos unidos a Cristo, e é nosso exemplo uma vez que ele mesmo associa-se à fé aceitando unir-se à Virgem Maria no amor pelo "sim" que ela mesma dera ao anjo na anunciação: "Pode dizer-se que aquilo que José fez [<em>a </em><em>puríssima 'obediência da fé'</em>] o uniu, de uma maneira absolutamente especial, à fé de Maria: ele aceitou como verdade proveniente de Deus o que ela já tinha aceitado na Anunciação" (João Paulo II, Pp. Redemptoris Custos, 4).<br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;">O Papa Bento XVI, em 25/07/2009, por ocasião do qüinquagésimo aniversário da proclamação do Patriarca São José como Padroeiro da Igreja Universal, por Pio IX, nos aconselhou à devoção a São José dizendo: "Se considerarmos as hodiernas calamidades que afligem o gênero humano, torna-se mais evidente ainda a oportunidade de intensificar o tal culto [ a São José] e difundí-lo ainda mais entre o povo cristão".<br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;">Hoje nós somos convidados a, imitando São José em suas virtudes, chegar ao Cristo que nos chama ao Pai. Assim, seguindo a trajetória de fé que o Patrono traçou com sua vontade forte de amar, devemos nós caminhar com fortaleza, obediência, perseverança e amor puríssimo para chegar às mesmas glórias com que o Pai Adotivo de Jesus foi coroado: O CÉU!</div>Ascendat ad Tehttp://www.blogger.com/profile/10726554442159722427noreply@blogger.com1